segunda-feira, dezembro 26, 2005

wondering...

Como é que ainda não fizeram carros com um pequeno computador online que além de GPS tem uma central indicando as condições de tráfico na cidade? Seria bem útil em cidades grandes.

como foi seu Natal?

Aqui muitos escritórios fecham um dia antes e um dia depois do Natal. Então o que o povo faz? Vai pras lojas, claro. Dizem que o movimento seria até maior do que antes do Natal por causa das promoções.

Lógico que nessa época do ano bate aquela vontade de estar com meus pais mas como eu não quero chorar sobre o leite derramado, decidir passar com os amigos que não deixam de ser minha família. Como eu não tinha lugar pra passar o Natal, trouxe o Natal até mim. Preparei um jantar aqui em casa que eu pensei que umas 10 pessoas apareceriam e no fim vieram quase 30! Não tinha nem como andar. Estava cercada de gente muito positiva e legal. Valeu a pena!!

Ontem pela primeira vez vendi um bambolê.
E eu cada vez mais feliz!

quinta-feira, dezembro 22, 2005

eu me rendo

Eu não ia postar nada sobre Natal mas é meio inevitável. Primeiro eu quero agradecer a todos pelas mensagens, cartões e cartões visuais. Eu costumava adorar Natal, sempre fui de responder e-mails, mandar cartões, coisa e tal mas desde que eu saí do Brasil parei com tudo isso. Não é por mal, acho que foi uma proteção pra não ficar triste por estar longe da família. Nessa época eu sinto a maior falta dos meus pais e primos mas eu procuro não pensar sobre isso. Acho que vou voltar a curtir Natal quando tiver filhos (se eu tiver).
Pra dizer que não fizemos nada, mandei imprimir alguns calendários maravilhosos do Pimpy e da Nina. Sem brincadeira. As fotos são tão fofas que daria pra vender em lojas. Só isso já furou nossos bolsos.
Daí o Dan que é judeu e nunca celebrou Natal, comprou um pinheirinho psicodélico e pendurou meias. Vai ser o primeiro Natal dele. Agora vamos ter um jantarzinho aqui em casa no dia 24.

ENTAO LA VAI: FELIZ NATAL PRA TODOS VOCES. E uma canção. Mais importante que presente é estar em harmonia, certo?

Pensei que 2005 não seria um ano legal e acabou que eu ando muitíssimo feliz. Cansei de tentar focalizar em uma só coisa e estou exercitando várias coisas ao mesmo tempo, do jeito que eu sempre quis.

Mas mudando de assunto, hoje fui na Toys R'Us. Assustador. Caramba, o que é aquilo? Você costuma levar seu filho lá? O que eu mais vi foram crianças desesperadas pedindo brinquedos lá dentro, correndo com algum na mão. A quantidade de choros e berros: I want it! I want it! foi fenomenal ou melhor ensurdecedor.
Alguns momentos chegaram a ser engraçados, como uma criança que estava no carrinho e agarrava um papel de presente e a mulher na batalha pra tirar da mão. Quando ela conseguia, ele ia lá e agarrava outro no mesmo segundo e assim foi por alguns minutos. Levar o filho nesse lugar é um perigo. Tinham cenas como essa em toda a loja.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Abobrinha

Homem com bigode é como mulher cabeluda. Simplesmente não cai bem.

15 + Sexy

Fim de ano é época de listas. Inclusive na blogosfera. Algumas meninas fizeram uma votação pra decidir os 15 blogueiros mais sexy. O link tá no título.

terça-feira, dezembro 13, 2005

Hollywood eh...

...sem querer, estar no meio de celebridades. Eu nunca vejo ninguém famoso porque simplesmente não presto atenção. Os únicos que percebi foi porque trombamos um com o outro em lojas. Daí de repente eles chegam até nós. Um dos meus alunos é o produtor da série Six Feet Under e de dois filmes rodados no Brasil: Jenipapo e Woman on Top. Eu nunca fiz muita questão de circular nesse meio porque só rola interesses, o que a pessoa pode fazer pela minha carreira e blablabla. Cheguei aqui com vontade de trabalhar nessa área mas vejo cada vez mais absurdos. É a parte de Los Angeles que todo mundo critica e almeja.
Semana passada meu aluno me convidou pra uma (tô pensando no nome correto em português há horas) apresentação especial de Dois Filhos de Francisco pois vai ser o filme representando o Brasil na Academia. Além de Paula Lavigne, quem estava lá era o Walter Salles Jr.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

California eh...

o paraíso dos não-fumantes. É praticamente proibido fumar em quase todos os estabelecimentos. Até mesmo as pessoas que fumam, não costumam fumar dentro de casa, vão pra rua, varanda, janela, seja o que for. Nunca mais voltei pra casa fedendo a cigarro e nem com os olhos ardendo.

quarta-feira, novembro 30, 2005

Memorias

Lembrei agora de uma coisa de quando era criança e nunca tinha pensado sobre isso antes.

Quando passeava nas ruas com minha avó, ela sempre dizia: "Cuidado com os ciganos porque eles roubam criancinhas". Cada vez que eu via um(a), eu morria de medo que eles iam me levar. Eu tinha muito medo mas ao mesmo tempo curiosidade porque eu queria entender porque eles faziam isso. De onde veio essa lenda?

Hoje em dia eu adoro ciganos, o jeito como eles (nós) se vestem e às vezes até me considero uma.

Viajar eh preciso

Por mais difícil que seja sair daqui por causa dos cachorros e do trabalho, meu jeito cigano não me deixa quieta. Surgiu uma oportunidade de sair de carro do Brasil até o Deserto do Atacama em janeiro. Me deu vontade. Ao mesmo tempo, venho pensando na Tailândia há alguns anos.
Chile - aventura de carro, com amigo
Tailândia - de ônibus, sozinha

domingo, novembro 27, 2005

De volta ao lar

Feliz da vida de voltar pra casa. Passamos o Thanksgiving na casa dos pais do Dan no Arizona. Voltei assustada por descobrir que minha sogra é aquele esteriótipo que eu ouvia falar do americano que acha que só os EUA é bom. Tivemos uma discussão longa e um dos inúmeros absurdos que ela falou foi sobre o Brasil ser terceiro mundo. Eu tinha escrito um post enorme sobre isso mas pra que alimentar energia negativa? Só sei que estou desapontada e sinceramente não faço questão de vê-la de novo.

Tirando essa parte, fizemos algumas coisas legais. Finalmente fui num jogo da NBA: Suns de Phoenix contra o Nets de New Jersey. E num showzinho de reggae onde eu e um amigo de LA ficamos bamboleando. No final todo mundo no bar bamboleou também. É muito gostoso ver a cara de alegria do pessoal quando eles tentam.

sábado, novembro 19, 2005

Human Translation

O principal motivo de ter ido pra Napa foi celebrar o aniversário de uma das pessoas mais incríveis que eu conheci nos últimos anos. Ele tem transformado a vida de muita gente, tanto aqui como na Ásia.
Resumindo como tudo começou, Tobias, como muito aventureiro, há 2 anos resolveu viajar de mochila pela Tailândia. Depois de um tempo na estrada, ele sentiu que essa vida de viajante não estava preenchendo um certo vazio. Afinal dizem que mochileiros estão sempre em busca de algo.
Até que ele conheceu uma pessoa que o levou a um orfanato de crianças portadoras de HIV. Passou um tempo nesse orfanato e depois disso acabou conhecendo uns monges budistas que pediram ajuda a ele pra reconstruir a represa da cidade. Ele não tinha 70 mil dólares mas disse que ia fazer o possível pra arrecadar esse dinheiro. Tobias tinha 23 anos e na época tinha acabado de se formar em arte. Ele fez uns desenhos e vendeu pelo E-bay pra dar o dinheiro ao orfanato. Foi o início do Human Translation, a organização que Tobias começou assim que ele voltou dessa viagem e desde então se envolveu completamente com esses projetos.
A história lembra um pouco o filme Diários de Motocicleta e aconteceu aqui, ao meu lado. Tobias é uma das pessoas mais humildes que eu conheço e nos inspira tanto! Como fomos os últimos a partir de Napa, eu pude passar umas horinhas conversando com ele sobre isso.
Porque às vezes a gente vê tantos problemas no mundo mas se sente tão impotente diante de tudo e ele simplesmente nos mostra que com vontade, a gente faz tudo. E que mudar é menos complicado do que a gente pensa. Ao contrário do estilo panfletário que muitos de nós ativistas temos, ele não prega ideologia nenhuma e se você não perguntar, ele nem fala sobre o assunto. Muitas pessoas politizadas costumam reclamar, falar, são ótimas na parte teórica mas na prática pouco fazem. Além de ajudar várias comunidades na Tailândia e Camboja, ele tem inspirado muita gente aqui a fazer o mesmo. Vários amigos estão indo pra Tailândia pra ajudá-lo nos projetos, pessoas que ele sente que estão procurando um sentido maior pra vida deles.
Ele disse que voltar pros EUA é sempre um desafio. Porque tem tanta coisa que ele quer fazer lá. É cada vez mais estranho pra ele voltar aqui e ver pessoas gastando dinheiro com coisas tão desnecessárias enquanto ele sabe que 20 dólares pode salvar a vida de uma pessoa lá.
Não páro de pensar sobre isto tudo.

mais shows

Ontem fomos no show do Dandy Warhols. Bem legal! Pena que eu estava exausta e mal conseguia ficar em pé.
As músicas deles são bem mais psicodélicas que eu imaginava mas com uma pontinha de iê-iê-iê pop tipo dadadada e outros sons musicais que a gente conhece bem.
O problema pra mim é que o vocalista tem uma atitude bem estrela tipo "Eu sou demais!" e além disso eu sempre espero que as bandas interajam com o público num show ao vivo. Se for só pra tocar, prefiro escutar o CD.
Mas em termos de música, eu recomendo Dandy Warhols. Muito bom!
Além disso o show foi na Avalon (que já teve vários outros nomes) mas segundo os boatos, foi o primeiro lugar nos EUA que os Beatles tocaram.

tudo bem por aqui

Só pra informar a família, amigos e interessados que está tudo bem por aqui. Andei um pouco doente depois da viagem porque não comi e não dormi direito. Sem querer, me enchi de coisa pra fazer. Comecei a dar aulas sem parar e preciso terminar vários projetos, além dos trabalhos de aula. Por isso estou meio sumida. Aos poucos eu volto por aqui.

quarta-feira, novembro 16, 2005

Fotos

Ensaio fotográfico sobre crianças trabalhando em depósitos de lixo na Nicarágua.

Um pouco mais estético e menos social: Corpos Pintados

sexta-feira, novembro 11, 2005

Napa

Eu e o Dan estamos indo pro Napa Valley hoje. 8 horas de estrada. Vamos visitar um amigo em St. Helena (junto com outras 10 pessoas). É lá onde estão as melhores vinícolas da Califórnia.

Miss Brasil

Ontem fui na festa da miss Brasil USA etapa de Los Angeles. Não sou muito ligada nessas festas mas agora que estou levando minha dança um pouco mais a sério, quero divulgar pra ver se consigo uns trabalhinhos. Ainda mais que do nada colocaram meu nome na lista.
Me senti como Lost in Translation, completamente perdida num ambiente mais que estranho pra mim. Fiquei pensando em ir embora nas 2 primeiras horas até que finalmente pude assistir a banda do meu ex-roommate que toca sucessos brasileiros dos anos 90 como Skank, Paralamas. Foi divertido. No fim das contas acabei subindo no palco e bamboleando bastante. O pessoal ficou surpreso porque isso tipo de coisa ainda não chegou na nossa terra.
De repente tudo mudou porque o cara que me ignorou mês passado quando fui falar de negócios, virou pra mim e ficou sorrindo todo bobo. Complexo de Cinderella.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Which religion is the right one for you?

Recebi um teste sobre qual religião tem a ver com você.

Eu nunca fui ligada em religião mas tomei um susto quando o resultado deu 96% Satanismo. Eu? Eu nem sou tão "evil" assim. Depois percebi que eles ligaram Satanismo à auto-responsabillidade.
Meus amigos explicaram um pouco sobre Satanismo e como o nome não faz jus à ideologia (que aliás eu nem sabia que era uma religião). O problema é que o nome gera uma péssima conotação, sei lá, vou logo pensando em sacrifícios ou coisas do gênero. Segundo eles, Satã foi banido do céu por ter questionado Deus. Nesse ponto, acho interessante. Porque acho que como cabeças pensantes, deveríamos realmente questionar tudo.
De qualquer forma, ainda não pretendo seguir religião nenhuma. Meus fundamentos são somente não fazer mal às pessoas, ser amável, respeitar e tentar colaborar pra um mundo melhor. Eu poderia ir adiante nessa história mas como eu sei que esse tema é polêmico demais, vou parar por aqui.

Aqui tem um outro teste sobre religião.

Bush tomou na bucha

Muito bom saber que o pessoal aí embaixo deu um "chega pra lá" no Bush. A propósito, o indíce de aprovação dele agora é de 36%, o mais baixo na história dos EUA.
O único presidente que teve um indíce tão baixo foi Nixon e naquela época toda a imprensa estava contra ele ao contrário de agora.
Está cada vez mais claro que os tempos de EUA como potência está chegando ao fim.

Italia

Ô país pra ter gente bonita! Todo professor de italiano no Berlitz é uma "coisa". A mulherada fica toda atiçada.

quarta-feira, outubro 26, 2005

Sexo x Amor

Eu nunca fui de republicar post mas várias pessoas entram no meu blog por causa deste aqui e deixaram uns comentários interessantes. (data original: 26/10/05)

Uma vez quando morava no Brasil, atendi o telefone chorando porque tinha acabado de terminar com o namorado. O homem no outro lado da linha ligou pra mim por engano mas acabou me consolando por um tempo e me fez sentir melhor. Acabamos ficando amigos e acho que conversamos algumas vezes por telefone.
Um dia saímos pra tomar uma cerveja no bar e ele contou que estava casado há uns 2 anos e amava muito a mulher dele. O único problema é que ele tinha muito mais tesão e vontade de transar do que ela. Ela se satisfazia com uma vez por semana e ele queria mais. Ele não queria deixá-la mas não sabia o que fazer. Óbvio que no fim ele esperava um tipo de consolo diferente de mim se é que vocês me entendem mas não forçou a barra. Achei muito legal a sinceridade dele só que esse negócio de ser amante não é comigo.
De qualquer forma ele estava confuso sem saber o que fazer, sem ter a certeza de que trair a mulher era a melhor saída. Ele só gostaria que a mulher sentisse tanto desejo sexual quanto ele.
Lógico que a história dele poderia ser tudo cascata pra dar umazinha mas acho que não, senão ele nem contaria que era casado.
Eu não sabia o que dizer e hoje em dia ainda não saberia. Por isso eu pergunto: qual a melhor saída?
Separação?
Traição (sei que a maioria diz não)?
Será que era uma fase?
Será que há solução?

O que fazer quando você ama uma pessoa, que é sua "alma gêmea" (se é que isso existe) mas não se satifaz na cama?

ei, isso tá parecendo um episódio de Sex and The City. Charlotte teve um problema parecido mas na televisão, o sexo melhorou. E na vida real? Melhora?

Fortune Cookie

No biscoito da sorte de hoje:

"Your principles mean more to you than any money or success."

So true!!

terça-feira, outubro 25, 2005

Hooping video festival

Quer ver o que as hoopers fazem com um bambolê? Através do hooping.org (o site está no lado), eles fizeram um festival e tem uns vídeos muito legais. E não é só mulher que faz isso não. Olha só.






Essa semana fiz meu primeiro hoop. Decorar é meio terapêutico.

trabalhar eh...

no Brasil = pressão para não errar
nos EUA = incentivo para acertar

quinta-feira, outubro 20, 2005

Dicas sobre LA

Praticamente toda semana eu recebo, e-mail, scrap no Orkut ou comentários de pessoas me perguntando sobre viver nos EUA ou de gente que está aqui há pouco tempo e quer fazer amizades. Não me leve a mal, eu adoro fazer amizades. Só que eu mal consigo arranjar tempo pra visitar os que eu já tenho. São 3 trabalhos, aula, cachorro pra cuidar, apartamento pra arrumar, ajuda comunitária, preparação de performance, internet e namorado. Só tenho um dia de folga pra fazer o resto mas eu prometo que vou tentar.

Eu já comentei sobre morar em LA antes, tem alguns posts antigos (14/07/04). Eu não sei exatamente que tipo de informação vocês estão procurando. Então vamos ver que dicas eu posso dar:

- A melhor fonte de classificados na minha opinião é o Craigslist. Lá você encontra tudo que quiser: carro, móveis, trabalho, lugar pra morar ou qualquer outra coisa.

- Pra alugar um apartamento a princípio é difícil porque quase todos os lugares checam o seu crédito. Aqui tudo funciona na base do crédito, até pra abrir uma conta de luz. O crédito é baseado no seu histórico financeiro (quanto você gasta, se paga em dia...). A forma mais fácil de começar o crédito, é pagar suas coisas com cartão de crédito (americano, claro). Quanto mais você usa e paga em dia, melhor o seu crédito. Mas até pra conseguir o primeiro cartão é complicado. Você tem que deixar um depósito de 500 dólares num banco por um ano. Se você vem pra ficar, vale a pena.

- Acho que a melhor opção pra quem não tem trabalho ou lugar pra ficar é se hospedar no USA Hostels Hollywood. Não sei se ainda é possível mas acho que você pode trabalhar algumas horas por dia em troca de hospedagem.

- Pra alugar um quarto na casa de alguém, a média é de 600 a 900 dólares por mês. Existem alguns mais baratos ou bem mais caros. Ou lógico, tentar morar com mais pessoas pra sair mais barato, apesar de muitos prédios terem limites de pessoas por apartamento. Tinha um prédio que eu morava que eram 4 brasileiros num apartamento de um quarto mas muitas vezes só é permitido no máximo 2.

- Se locomover nesta cidade sem carro não é impossível mas complicado. Eu mesma morei aqui por 2 anos e meio sem carro. Los Angeles está longe de ter um bom sistema de transporte público. Passagem de ônibus: 1,60 ou 3 dólares pelo passe diário.

- Em relação a emprego, a maioria dos brasileiros que eu conheço trabalham em restaurantes seja como delivery drivers (entregadores) ou garçom. A forma mais fácil é conseguir um trabalho em restaurante brasileiro. A vantagem desse tipo de trabalho é que você ganha tip (gorjeta). Tem uma lista de restaurantes brasileiros no site Pelourinho. Não pense que isto é sub-emprego de imigrante. Como aqui tem muita gente tentando ganhar a vida como artista, muitos aspirantes a ator acabam trabalhando nessa área por causa do horário flexível. Em 4 horas, você faz o mesmo ou mais do que trabalhando em escritório.

- Os EUA, aos poucos, estão entrando numa recessão. Me assusta pensar que temos mais 3 anos de Governo Bush. Eu acho que aqui na Califórnia é mais difícil arranjar emprego e se manter que em outros lugares. Se você vem por dinheiro, eu recomendo outros estados. Se você vem com vontade de trabalhar com música ou cinema, LA é a melhor opção. A única dica que eu posso dar pra começar nessa área é trabalhar como estagiário pra construir um currículo e conhecer muita gente. Quanto mais contatos, melhor. O currículo ajuda mas não muito. Eles querem é experiência aqui e, pontualidade. Não espere por ordens, sempre venha com idéias.
Eu comecei como estagiária numa empresa e 3 meses depois fui contratada no departamento de comunicação.
Na minha experiência pessoal, as relações de trabalho foram cruciais na minha decisão de ficar. Os americanos são muito profissionais, educados, respeitadores e ótimos gerentes. Dão elogios, pedem por favor, com licença e dizem obrigado. Pra mim, que só gosto de trabalhar através de motivação, não deu muito certo no Brasil. A impressão que eu tive foi de que lá chefe só critica funcionário e eles jamais estão satisfeitos com o seu desempenho. Mas isso sou eu, afinal os brasileiros dizem que estou americanizada.

É isso. Não sei se vocês ainda têm mais dúvidas, qualquer coisa é só comentar/perguntar. Infelizmente vai ser difícil mandar e-mails individuais toda semana.

websites úteis:
Craigslist
Pelourinho
USA Hostels Hollywood

Nebuloso

Estou aqui sentada sem conseguir me mexer pra ir pra aula. Sem ânimo nenhum. Ando sem palavras.
Ultimamente é uma má notícia atrás da outra e junto, a sensação de que algo pior vem pela frente.
Há 2 dias, desde que voltei do funeral, não consigo tirar a imagem do meu amigo da cabeça. Na verdade o funeral foi mais alegre que eu esperava mas foi difícil falar com a família dele. Mais de 200 pessoas compareceram. Algumas pessoas me perguntam se eu era próxima dele. E eu nem vejo isso como uma questão importante. Eu não penso na nossa amizade, penso na pessoa linda que ela era. Uma das mais generosas e amáveis que eu conheci. No nosso grupo não importa quem é próximo de quem porque somos muito unidos.
Adoro a diversidade desse grupo: casados, solteiros, divorciados, nacionalidades diferentes, gente com filho, gente que não quer ter filho, gente de 18 anos, gente de 50, homossexual, hetero, bi. Todas as pessoas são aceitas.


Mas nem tudo é nebuloso. A viagem a Vegas foi legal. Eu não gosto daquela cidade mas o show do Cirque du Soleil - Zumanity - foi maravilhoso! Como eles dizem, é o lado diferente do Cirque. Erótico, engraçado, sempre perfeito.

domingo, outubro 16, 2005

Descompressao

Aos poucos vou voltando ao ritmo. Muita coisa na cabeça mas pouco ânimo de organizar idéias.

Sempre quando alguém próximo morre, nos põe pra pensar em coisas que deveríamos pensar constantemente. De como ser uma pessoa melhor, de ajudar mais, de fazer mais, de reclamar menos. Nossa comunidade anda mais unida ainda, eu nunca conheci pessoas tão solidárias.

Não fui ao Burning Man mas pelo menos fui na Decompression Party, que é uma festa na rua um mês depois do Burning Man pra trazer um pouquinho daquela arte pra cá e matar um pouco a saudade. Não bati fotos porque estava grudada no meu bambolê mas aqui tem algumas dos "LA freaks":

Fotos do Josh
Fotos do Paynie

sábado, outubro 08, 2005

Um daqueles dias


Mais uma vez a gente vê que as pessoas iluminadas partem primeiro. Recebi a notícia de um amigo do nosso grupo (Orangekids) morreu noite passada enquanto dormia. Já perdi vários amigos no Brasil mas aqui é a primeira vez que um de nós parte.
Quando eu era criança sempre dizia que quando eu morrer, espero que seja dormindo. Mas poxa, não aos 25 anos de idade, né?
Joseph Kreeper era um doce de pessoa, sempre pronto pra ajudar qualquer um, sempre de bem com a vida. É muito raro conhecer uma pessoa sempre disposta a ajudar a alguém da forma que ele fazia. Sempre. Sabe aquelas pessoas que são capazes de dar tudo pra ajudar alguém?

Eu tinha várias coisas pra escrever hoje, perguntas, conselhos... Há um mês que venho preparando uma surpresa de aniversário pro Dan. O plano é carregá-lo amanhã de manhã pra Las Vegas e assistir Cirque du Soleil. Tudo reservado: hotel e ingressos. Mas e agora?

Sabe do que eu sinto falta?

De uma lanchonete com salgadinhos baratos feitos na hora. Que saudade de comer uma empanada, coxinha, calzone ou sanduiche natural que não custam 6 dólares no intervalo do trabalho ou da aula.
Por enquanto tenho que me contentar com essas máquinas que vendem chips e nem sabor clássico tem.

Também sinto falta de uma padaria com pães fresquinhos e quentinhos. A maioria dos americanos que eu conheço não é muito chegada em pão.

terça-feira, outubro 04, 2005

Familia de amigos

Quando morava no Hawaii e estava planejando vir pra Los Angeles, todo mundo dizia pra não vir pois LA é uma cidade feia com um povo superficial.
E realmente no primeiro ano eu não suportava este lugar. Até que eu conheci o Paynie que me apresentou pro Mutaytor, que me apresentou pros Orange Kids, que me apresentou pro LA Burners e hoje em dia Los Angeles ficou pequeninho. Não tem um lugar que eu vá que não encontre conhecidos.

Sábado tivemos uma festa maravilhosa na qual meus amigos passaram semanas preparando, decorando e criando um ambiente que eu nunca tinha visto igual. Infelizmente a polícia e os bombeiros apareceram, acabaram com a festa e mandaram 1600 pessoas embora. Hoje o pessoal que organizou o evento precisou da nossa ajuda pra transformar o lugar - um galpão de uns 5 mil metros quadrados - num escritório e acabar com todos os vestígios de ser uma residência (porque se você tem um contrato comercial, é proibido usar como moradia). Os amigos foram chegando aos poucos e lá pelas 11 da noite, pelo menos 30 pessoas estavam lá. Todo mundo querendo ajudar, mesmo depois de passar o dia inteiro trabalhando.
São coisas assim que me fazem sentir tão bem por fazer parte dessa comunidade de pessoas inteligentes, excêntricas, criativas, carinhosas e liberais. A gente torce um pelo outro, se importa um com o outro, se ajuda, apoia e cuida um do outro. Eu nunca tive o conceito e a prática de comunidade tão forte na minha vida, o gostinho de viver em grupo, de compartilhar momentos bons e tristes. Quando eu organizava eventos no Brasil, não aparecia uma criatura pra ajudar. Uminha sequer. Eu nunca me senti tão parte de uma família como agora, mesmo sendo de culturas diferentes. Fora desse grupo, a cidade parece menos interessante, mais tradicional, mais consumista e perde um pouco a graça. Cansei do mundo convencional.

Eric Spaceman escreveu isso:
We represent something new. We aren't hippies, they were easy. We aren't ravers, they were just kids. We aren't hiphop gangsters... we are something else entirely. We play with flaming weapons. We dress in the trapping of tribal warriors. We have jobs and drive nice cars. We gather not for financial gain, but for love. We are this emerging culture that threatens the whole system that they are defending. We are growing faster than they are. They walk into one of our parties and they are scared to death. We are outside of their whole tactical plan. We are some new entity that they don't know how to deal with.

E daqui a pouco começo mais um trabalho (como se não tivesse suficiente). Vou ajudar nossa hoopstar Hoopaliscious com a mini-empresa dela e em troca ela vai me ensinar mais algumas coisas sobre hooping.

quinta-feira, setembro 29, 2005

Que cheiro é esse?

Estava dirigindo de volta pra casa depois de um loooongo dia e sinto um cheiro de queimado:

- deve ser um incêndio. Ué, mas não ouvi nenhuma sirene.
- já dirigi mais de 2 milhas e o cheiro continua. Será que é coisa da minha cabeça?
- peraí, será que é meu carro? Meu Deus, meu carro vai pegar fogo!
- pensando bem, tá na hora de aposentar essa lata velha mesmo. Não ter ar condicionado em Los Angeles é coisa de masoquista.
- mas meu carrinho é tão econômico.
- isso não é cheiro de motor queimado, é cheiro de madeira queimada.
- quando chegar em casa vou pro telhado do prédio ver se tem um incêndio por aqui.

Como eu passei a noite estudando e o dia (12 horas) fora de casa, dirigindo, trabalhando e estudando, estava por fora que desde a noite passada grande parte da cidade está em chamas. Fui dar um cheiro no Pimpy e se ele pudesse entrar ou sair de casa quando bem quisesse, eu ia achar que ele voltou de um luau, de tanto cheiro de fumaça que está no pêlo dele.

Até agora o rastro de incêndio é de 25km(!), só que está a milhas e milhas daqui e mesmo assim as cinzas e o cheiro de fumaça estão estão por toda parte. Essa semana choveu um dia depois de 4 meses sem um pingo. Imagina como está tudo seco.

sábado, setembro 24, 2005

"A vida como ela eh"

Eu estava lembrando de um post de um blogueiro famoso que eu li dia desses e me identifiquei bastante. Muita gente costumava dizer como minha vida é sempre cheia de aventuras, blábláblá. E por mais que isso seja jargão, nós mesmos é que fazemos nossa vida como ela é. Se você quer uma vida calma, você busca por isso. Se você não quer, você faz ser movimentada. Ou como o Alex diz, você pode ver algo interessante em tudo dependendo do seu modo de ver as coisas.

Isso me lembra as primeiras aulas de jornalismo sobre identificar uma notícia.

Semana passada fui na festa de aniversário de 30 anos da nossa hooper more, ou seja, nada mais nada menos do que a mulher que praticamente começou toda essa revolução na Califórnia de misturar dança com bambolê. E lá estavam todas as hoopers profissionais que se sustentam através dessa arte. E lógico que o papo muitas vezes rolavam em volta de... (quanta redundância) ...bambolê. Material, roupas, performances, enfim o business do hula hoop. É raro ver tantas profissionais juntas, por isso nunca tinha testemunhado um papo assim. Gostoso foi receber elogios porque meu estilo é bem diferente (não melhor ou pior) do delas.

O acontecimento interessante dessa semana foi documentar um longa-metragem de terror numa prisão desativada. Perfeito cenário pra filmes deste gênero, tanto que A Hora do Pesadelo foi filmado neste local. Algumas horas, com todos aqueles gritos e aquela escuridão, bateu um medinho. Quando foi fechada em 1965, era a principal cadeia da cidade e tinha 2800 prisioneiros. A energia do lugar é sinistra. As celas eram menores do que eu imaginava e provavelmente muita gente morreu nesta cadeia. De qualquer forma achei a experiência fascinante. Afinal não é todo dia que a gente vai parar num lugar assim e eu sempre tive esse gostinho por lugares abandonados como estações de trem, prédios, casas e agora até prisões.

E o Dan também não pára. Ontem ele foi numa palestra do Al Gore sobre o efeito estufa e voltou completamente impressionado e com mais vontade de ajudar o mundo. Até o amigão dele que votou no Bush está finalmente abrindo os olhos pra todos esses erros que o presidente bundão está cometendo. Adoro quando conscientizamos mais uma "alma perdida".

terça-feira, setembro 20, 2005

Curtas

*** Você pensa que é só no Brasil que tem epidemia de mosquito? Neste verão, 13 pessoas já morreram em Los Angeles, vítimas da Febre do oeste do Nilo transmitido pelo mosquito. A doença ainda não tem tratamento específico e causa danos no cérebro. Mais info.

*** Sempre quando tem um motorista ruim na minha frente, dou uma checada na pessoa e pimba! tá no celular. Ô praga! Praticamente todo mundo em LA passa o tempo todo falando no telefone enquanto dirige e lógico fazendo barbeiragem.

sexta-feira, setembro 16, 2005

Crescer ou nao crescer?

Pela primeira vez na vida sinto que sou "gente grande". Quer dizer, não é a primeira, primeira. Tive essa sensação antes, em breves momentos, quando visitei a universidade que eu me formei pra ver como anda, e quando vejo essa molecada tomando porre e pagando mico. Mas agora ser gente grande está durando mais. Primeiro porque virei professora, segundo porque num dos meus trabalhos, eu preciso me vestir que nem mulher de negócios. Argh! Ai que saudade de trabalhar de jeans e tênis...
Ultimamente me vejo provando roupas que eu jamais compraria há um ano. (update) Até aposentei minha carteira estilo surfista que eu tenho há mais de 10 anos e comprei uma carteira mulherzinha com muitos lugares pra cartão de crédito. Mas é só no visual. Acho que a cabeça ainda não amadureceu.
Por outro lado voltei pra escola. Tirando os inúmeros deveres de casa, estou adorando ser estudante de novo. Tenho vontade de fazer vários cursos mas por enquanto: italiano, fotografia e design gráfico. No primeiro dia de aula eu ria sozinha. Acho que estou gostando mais agora do que 10 anos atrás. Participo mais, falo mais, estudo mais. Pensei que iria me sentir uma "tia" no meio da "molecada" mas tem gente de tudo quanto é idade e mais ainda, gente de tudo quanto é lugar do mundo.

segunda-feira, setembro 12, 2005

Repressao em Utah

Depois de assistirmos toda essa história do furacão Katrina, teve um evento há um mês que mostrou a "eficiência" da Guarda Nacional.
Uma festa ou rave, como você preferir, a uma hora de Salt Lake City. Utah é o estado mais conservador dos EUA e praticamente um estado religioso onde 80% da população é mormon. O evento tinha 1500 pessoas e a expectativa era de 3000. Às 11:30 da noite, os helicópteros chegaram com soldados vestidos como se estivessem numa guerra, a guerra contra a diversão.
O problema é que os organizadores do evento tinham todos os alvarás da prefeitura pra realizar o evento. Tudo foi feito na lei. Os homens chegaram, acabaram com a música na hora e agrediram várias pessoas. Uma mulher baixinha como eu foi falar com os policiais e acabou sendo atacada pelos cachorros e ainda mais 3 soldados. Agora pra que tudo isso? Ninguém reagiu e esse é o tipo de público que de violento não tem nada.
Lógico que eles estavam procurando por drogas mas não justifica acabar com o evento e agredir tantas pessoas.
São nessas horas que eu acho que a polícia perde o sentido de existir. Ver pessoas em New Orleans esperando 5 dias por resgate e em uma hora conseguir helicópteros para acabar com uma festa que seguiu todas as regulamentações.

Mais sobre o assunto:
http://www.music-versus-guns.org/media.html
http://ravebust.castpost.com/
http://www.aymnetwork.com/

quarta-feira, setembro 07, 2005

A vida é feita de vícios


Assim que cheguei na Califórnia, fiquei na casa de um pessoal que tinha acabado de voltar do Burning Man. Eles só falavam de Burning Man o tempo todo até que a curiosidade atacou. Quando eles me mostraram as fotos, eu sabia que tinha que experimentar aquilo. No ano seguinte, peguei uma carona com um desconhecido através de um website, peguei uma barraca emprestada e lá fui eu, sem conhecer nada e ninguém. Loucura? Talvez, mas foi a melhor coisa que eu fiz neste país. Uma vez que você se envolve na comunidade é difícil sair. Meus amigos são "burners" e meu namoro começou lá no meio do deserto.
Tudo o que você quer é que chegue final de agosto pra estar lá novamente.
O festival terminou nesta segunda. Este ano foi a primeira vez que eu não fui e todo dia eu e o Dan falávamos alguma coisa sobre estar no deserto. Agora todo mundo volta com aquela cara de felicidade, bateria recarregada e de que estocou amor necessário pra enfrentar as dificuldades do dia-a-dia. E tudo que vamos ouvir neste mês é como foi maravilhoso estar lá.
Passou!

No entanto, não consigo parar de ver as fotos. É tanta arte, tanta inspiração, tanta criatividade. Eu amo esse pessoal. Foram poucas as vezes na minha vida que me senti tão parte de um grupo ao invés de "um peixe fora do aquário".
O Dan diz que ano que vem ele vai de qualquer jeito. Veremos.

UPDATE: Ouvi dizer que Sting estava acampado ao lado dos meus amigos. Existem apenas 2 artistas nesse mundo que eu tenho vontade de conhecer, por suas ideologias e por cumprirem um papel de cidadão: Sting e Bono.

Fotos by Rand e Jedi

domingo, setembro 04, 2005

Dia de domingo

Hoje o Dan ficou com preguiça de ir pra praia (1h pra chegar na praia que dá pra levar os cachorros) então resolvemos fazer um piquenique no Griffith Park, a maior parque da cidade. Nossa primeira tentativa de comer ao ar livre falhou porque uma abelha apareceu, 2, 3, 4, 5, um enxame. Parecia um filme que eu assisti quando era criança sobre as abelhas africanas assassinas. Tivemos que comer dentro do carro mas depois aproveitamos o sol e o Pimpy finalmente correu pra lá e pra cá. Sempre quis fazer piquenique no parque.

de olho na TV

A cada hora que passa a gente se assusta e se indigna mais com as notícias sobre New Orleans. Não páro de ver matérias na TV criticando o governo americano.
E o presidente: a situação é inaceitável. Ora seu presidente, vai catar coquinho.
Estranho! Antes deste furacão, sempre que a idéia de sair de LA me passava pela cabeça, N.O. era uma das cidades que eu cogitava. Tenho amigos lá, é uma cidade legal, bonita, cheia de baratas, gosto da arquitetura, muitas galerias de arte. Pois é, lá tem furacão, aqui tem terremoto. E nesse caso poderia ser tão ruim quanto porque 3/4 da população conseguiu evacuar. No caso de terremoto não teríamos essa chance.
E mesmo o país mais invidualista do mundo (bom, na Europa muitos países são assim também) ajuda muito as pessoas que estão refugiadas oferecendo transferência de universidade, comida, lugar pra ficar, trabalho, dinheiro.
Muito digno da Venezuela e Cuba em oferecer ajuda. É isso que sempre falo sobre como deve ser um país desenvolvido: mostrar que eles são melhores e mais responsáveis ao invés de ferrar com todo mundo e pensar em vingança.

Alguns blogs sobre o assunto:
LLL - de Alex Castro que tinha acabado de se mudar pra New Orleans
O Biscoito Fino e a Massa - Idelber
Buzz Machine - Jeff Jarvis
Stuck in sac - Leila
Bonassoli - Magoo
(P)arte - Ana
Coisas de Laurinha - Laura
Nothing simple is ever easy - Rosebud

sexta-feira, setembro 02, 2005

Vestido de noiva

A "sogra" passou uns dias por aqui. No primeiro dia estávamos num restaurante e ela veio com uma história de que comprou um vestido de noiva porque a melhor amiga estava vendendo. E o vestido é tão pequenininho que só caberia em uma pessoa que ela conhece. Minha nossa!! A mulher comprou um vestido de casamento pra mim????!!!!!! Ela é louca! Eu nunca tinha visto isso. Eu e o Dan nem falamos em casamento e ela já decidiu até o meu vestido. A gente não conseguia parar de rir e eu estou rindo até hoje. Vou falar o que?
Mesmo que eu e o Dan tivéssemos um casamento formal (o que não está nos meus planos), eu jamais pensei em casar com vestido de noiva. Pois é, eu não sou daquelas mulheres que sonham em casar de branco. Mesmo que eu tivesse uma festa de casamento, eu gostaria que fosse algo bem diferente (tipo uma rave no Tahiti?).

A culpa eh do governo

As pessoas usam muito este argumento como desculpa-chavão para todos os problemas da sociedade. Eu acho que nós também somos responsáveis mas no caso do Katrina eu posso dizer: "A culpa é do governo!". A Cruz Vermelha já recebeu mais de 100 milhões de dólares em doações. Botaram o exército pra impedir os saques nas ruas mas demoraram 5 dias pra providenciar alimentos pra quem ainda ficou em New Orleans. Na televisão, o que mais vemos são perguntas como "Por que o governo está levando tanto tempo pra tomar uma atitude?". Como é que pode um país tão egocêntrico como este ter tido tanta dificuldade pra chegar e ajudar uma cidade dentro do próprio país?

segunda-feira, agosto 29, 2005

Katrina

Dan estava ouvindo hoje na rádio que o motivo da Guarda Nacional de Louisiana não ter ajudado os desabrigados foi que eles foram mandados pro Iraque há pouco tempo. Pois é, muito bem. Lógico que isso a imprensa não divulga. Não é ótimo? A cidade num caos e os soldados no Iraque.

Acho que as autoridades locais agiram bem na evacuação da cidade e imagino agora aquelas pessoas na expectativa de voltar pra casa e encarar tudo que perderam. Muita gente diz que não foi tão ruim quanto se esperava mas a cidade está alagada, não há luz, água potável, alguns prédios caíram, outros pegaram fogo.

Como jornalista, fiquei impressionada com alguns repórteres que ficaram no meio da tempestade pra registrar a força do furacão.

E como todo desastre tem suas consequências. As refinarias de petróleo tiveram que fechar as portas por causa do Katrina. Então lá vamos nós com mais aumento de combustíveis.

sábado, agosto 27, 2005

Vício de e-mail pode ser pior que maconha

Uma nova doença foi identificada em um estudo da Universidade de Londres, patrocinada pela Hewlett-Packard. Trata-se da infomania ou vício de e-mail. Segundo o professor Gleen Wilson, que dirigiu a pesquisa, a ansiedade provocada pela espera de uma mensagem eletrônica é pior do que a observada em dependentes de maconha.

“O uso do e-mail em excesso produz uma queda de dez pontos, em média, no coeficiente de inteligência, enquanto o consumo de maconha produz uma baixa de quatro pontos”, afirma o dr. Wilson.

Wilson citado pelo site IBLNews, explica que as pessoas estão cada vez mais dispostas a interromper férias ou reuniões de lazer para responder a e-mails e mensagens de texto, o que pode reduzir sua agilidade mental.

“O déficit mental equivale ao verificado em uma noite de sono perdida”, diz Wilson.

Já para Stephen Franzoi, professor de psicologia na Universidade de Marquette, em Winsconsin , a infomania pode ser comparada à obsessão dos jogadores em máquinas de cassino. “Eles perdem e continuam na esperança de ganhar. Eles ganham , mas nunca estão satisfeitos. E jogam de novo até perder tudo. Em psicologia, isso é chamado de reforço de proporção variável”, esclareceu Franzoi ao Mulwaukee Journal Sentinel.

quinta-feira, agosto 25, 2005

Meus links de musica local


Se você gosta de jazz-funk-sexy music, você vai gostar de Helios Jive. Richie e Paul tocam vários instrumentos, de sax a bongô. Eles dançam, brincam e são super legais. Ótima música pra dançar. O link está no menu de música ao lado.

Meu outro link é The Mutaytor. Foram as primeiras pessoas que eu conheci por aqui. Uma mistura de Stomp-Cirque du Soleil-Blue Man Group. Vários sets de percussão com 2 programadores de música e muitas performances, com fogo, com dança, bambolê, aerial. Adoro eles!

E tem o Maimou. Meio Portishead. A voz da vocalista Juliana é linda! Essa é uma banda que tinha tudo pra dar certo mas como o show-business é cruel com alguns talentos...

quarta-feira, agosto 24, 2005

No ar e no chao

Minha volta de NY levou quase 24hs:
2 hs pra chegar no aeroporto.
Mais de 2hs de espera no aeroporto.
5hs de vôo até Utah com muita turbulência. Dessa vez assustou todo mundo.
Chego lá e por causa do atraso perco a conexão pra LA.
Mais 40 min esperando pela Van pra me levar pro hotel.
Pego o último quarto vago depois de mais espera.
Na manhã seguinte, eu pensando:
"Pelo menos não tivemos acidentes. Hoje em dia praticamente não há mais acidentes de avião."
Abro o jornal e um avião pegou fogo em Toronto.
Desde então toda semana tem acontecido um acidente.
Ui!

terça-feira, agosto 23, 2005

Bamboleando por ai

Como eu perdi o post de NY e agora ficou pra história, nunca contei aqui sobre a "mini-performance". Descobri que bambolê é bem menos popular por lá.
Estava brincando de bambolê no Central Park e achei a música legal onde os patinadores estavam. Fiquei brincando num canto e começo a ouvir um monte de gente me chamando. Fingi que não ouvi (ai que vergonha que eu tava). De repente olho pra frente e vejo todo mundo me chamando pra dentro da roda e eles não paravam. Lá fui eu, completamente envergonhada, tremendo mas no final foi legal e todo mundo curtiu pra caramba. Eles aplaudiam e gritavam pra cada "manobra" que eu fazia.
Minha primeira "apresentação" fora de casa.

Romance

Não estava prestando muita atenção mas assisti uma entrevista com a atriz Patrícia Arquette. Imagina você assistindo a um filme clássico e de repente seu namorado a propõe na telinha? Ela e o namorado estavam assistindo a um filme do Charlie Chaplin e de repente o garçom no filme se parece com o namorado dela a pede em casamento. Ele usou uma câmera super antiga e fez esse filminho, editou e fez parecer tudo "acidental".
Agora é ou não é a proposta de casamento mais original que existe?

segunda-feira, agosto 22, 2005

Chegou aquela ...

...época em que 35 mil pessoas se reúnem num lago que secou no meio do deserto em Nevada. "no expectator only participants" Durante uma semana vive-se numa cidade - Black Rock City - onde é proibida a compra e venda de produtos. Somente trocas e presentes. A arte comanda tudo, desde as roupas aos veículos e instalações.
Pois é, daqui a uma semana começa o Burning Man e pela primeira vez desde que cheguei na Califórnia eu não irei. O tema deste ano é sobre Ego e Alter-Ego. Todos os amigos estão se preparando mas ao mesmo tempo que eu gostaria de ir pela quinta vez consecutiva, eu sei que aquele lugar já cumpriu a missão na minha vida.

quinta-feira, agosto 18, 2005

Etc.

Ando com preguiça em relação ao blog. São fases. Escrevi um texto enorme sobre NY e perdi tudo. Grrrrrrr! Aí me desanimei.

Encontraram um alligator num lago em LA. Alguém colocou lá porque por aqui não tem esse tipo de animal. Vi um gambá na rua ontem a noite. Nunca tinha visto um.

E ontem tive um discussão com um vizinha. Nada contra russos mas um pouco contra os do meu prédio. Uma coisa que eu adoro sobre cidades grandes é que geralmente ninguém se mete na sua vida. Com exceção do Edifício Martinique onde eu moro. Meu prédio é aberto no meio e todas as noites os russos que não sorriem se reúnem pra falar dos vizinhos. Ontem chegando do trabalho, vem uma mulher que sempre que eu encontro solta alguma reclamação sobre os meus cachorros. Putz, que gente mais pentelha! Geralmente eu levo na boa mas ontem esgotou a minha paciência. E eu: você só reclama o tempo todo. Não sabe como ser mais feliz não? Pára de reclamar!
Pronto! Tá armada a confusão! Quando saí de novo vi o bando de russos olhando pra mim como se estivessem falando de mim. Argh! Quanta fofoca!

De repente eles fazem o favor de me despejarem. Apesar do aluguel barato, eu e o Dan estamos cansados de gente mal-humorada.

Companhias Aereas

Ontem no trabalho estava conversando com uma aeromoça sobre a crise das companhias aéreas. Pura ignorância minha mas nunca entendi o porquê (acho que nunca parei pra pensar) das companhias estarem sempre no vermelho se os vôos estão sempre lotados.
Acontece que o preço das passagens, por incrível que pareça, não cobre os custos da viagem, manutenção, uso do aeroporto, equipe e principalmente combustível. Nos EUA, os preços são baixos por causa da competição mas a cada ano que passa eles reduzem mais e mais a folha de pagamento, seja em salário ou número de empregados. E pela primeira vez o preço do combustível é maior que o custo de funcionários.
Agora entendo também porque as passagens no Brasil são mais caras. A gasolina é muuuuito mais cara que aqui.
preço do combustível na Califórnia em 2003: $1,20 per gallon
preço em 2005: atigindo $3,00 per gallon

sábado, agosto 13, 2005

e essa maldita guerra

Será que daqui a 10 anos vamos ser bombardeados com inúmeros filmes sobre o Iraque do mesmo jeito que fomos pela Guerra do Vietnã? Essa guerra só não pode ser chamada de palhaçada porque tem muita gente morrendo.

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Foi o total de horas que eu trabalhei nesta semana. Ui. De vez em quando tudo bem mas não ia aguentar esse ritmo sempre, ainda mais com um namorado e 2 cachorros.

quarta-feira, agosto 10, 2005

As bruxas estao soltas


Foto de um passeio em Sedona quando demos de cara com uma área onde as bruxas fazem magia branca. Não sei o porquê das pedras empilhadas.

segunda-feira, agosto 08, 2005

Insonia parte 2

São 3 da manhã. Preciso sair de casa em algumas poucas horas pra trabalhar e apesar de cansada, não consigo dormir. Talvez seja pra combinar com o filme que eu estava assistindo: The Machinist onde Christian Bale passa um ano sem dormir. Aliás parece que voltei aos meus 10 anos: insônia e medo do escuro. Era só o que faltava: 31 anos e com medo do escuro. Não sei o que está acontecendo.

sexta-feira, agosto 05, 2005

Eu não queria mas acabei cedendo. Criei um fotolog do Pimpy e da Nina porque eu não páro de bater fotos deles. Apesar de que provavelmente serei a única a conferir. Coisa de "mãe" coruja.

Justificando assassinatos

Al Qaeda ameaça atacar novamente se a Inglaterra não mudar a posição diante da Guerra do Iraque. E Bush afirma: "Os comentários do número dois de Bin Laden mostram que o Iraque é parte da guerra contra o terrorismo, e nós estamos nela".

Agora eu pergunto: mesmo que a Inglaterra saia do Iraque, qual será a próxima justificativa pra mais ataques? Porque pra eles o ocidente é o sinônimo de inferno e parece que nada vai mudar essa idéia. Enquanto isso do lado de cá, Bush encontrou mais um argumento absurdo pra continuar atacando. Porque nenhuma das desculpas anteriores colaram. E a gente no meio.

Isso resume as relações humanas neste planeta: intransigência, ou seja, a resistência em ceder e saber ouvir, que reflete nos casamentos, amizades, brincadeiras de criança e guerras.

Quando entrei na faculdade de jornalismo, era difícil aceitar como as pessoas só pensavam em si mesmo, no egoísmo. Ninguém queria participar de nada que não tivesse relacionado com a própria carreira. Além disso, no lado de fora da universidade, acredita-se cada vez menos e ignora-se cada vez mais os jornais e eu não entendia o porquê de ninguém se interessar pelo o que está acontecendo no mundo. Hoje em dia, eu ando desacreditada também. Continuo acreditando e tentando fazer uma sociedade melhor mas as ações são menos globais e mais específicas. Tipo o que eu posso fazer no dia-a-dia? E se eu puder melhorar um pouquinho o que está a minha volta, acho que já é uma ajuda. De qualquer forma, precisamos de mais.
Mundo sem violência? Já não sonho mais.
Diminuir a violência? É possível.
Conseguiram em Nova York.

quinta-feira, agosto 04, 2005

dando um tempo

Cheguei ontem de NY e continuo super cansada e com preguiça de escrever. Então vai uma foto mesmo.


Central Park

terça-feira, agosto 02, 2005

e eu aqui sonhando acordada...

6hs da manhã.
Dia amanhecendo, Nova york despertando.
Olho pela janela e um homem lava a calçada e a rua ainda não está engarrafada mas já existe um movimento. Algumas pessoas caminham pro trabalho. Ao contrário da Califórnia, a temperatura não baixa muito a noite.
E eu...bem, eu ainda não fui dormir. Hoje é meu último dia na cidade e nessa semana não consegui dormir nenhum dia antes das 4 da manhã. Não sei se é o tal do JetLag.

Costumava ter muitas insônias no Brasil. Dormi bem nos primeiros 4 anos mas agora ela voltou.

Depois escrevo mais sobre NY. Foi uma semana legal, ainda gostaria de fazer algumas coisas mas estou pronta pra voltar pra Costa Oeste pra matar a saudade da família.

sexta-feira, julho 22, 2005

Por que...

...existem mais mendigos homens que mulheres?
Foi um choque chegar em Los Angeles e ver tanta gente morando nas ruas. Em Downtown têm lugares com caixas de papelão uma ao lado da outra. Aqui geralmente são pessoas com problemas mentais, gritando e xigando tudo que tiver na frente.
Mas eu raramente vejo mulheres morando nas ruas. Será que os homens têm mais tendência a ficarem loucos? Qual será a razão?

quinta-feira, julho 21, 2005

De malas quase prontas

Vou andar um pouco sumida no mundo dos blogs.
Esse fim-de-semana vou pra San Diego visitar uma amiga da faculdade que está passando a semana por lá. Tão raro alguém da terrinha aparecer por aqui.
E na terça vou pra NY ficar uma semana, dar uma relaxada, tomar banho de museu, brincar de bambolê com o grupo de lá. Faz tempo que não faço uma viagem de mais de 2 dias. Estou precisando sair da rotina. Nunca tive a oportunidade de conhecer Nova York. Quando estive lá, só fiquei um dia e meio.
Por que NY? Porque uma das minhas alunas de português se mudou pra lá e ficou fazendo minha cabeça. Como ela está com tempo livre pra curtir comigo, achei uma ótima oportunidade.

quarta-feira, julho 20, 2005

De barriga cheia no sinal vermelho

Voltei agora de um "All You Can Eat" (o nosso famoso rodízio) Sushi, super barato. Fui com os colegas de trabalho, Dan e um amigo dele de Seattle que está nos visitando.
Aliás, esse amigo - Lonny - trabalha na área de Saúde e já passou vários anos trabalhando na África e agora tem um novo projeto relacionado a pacientes de Aids. Trabalhou no Peace Corps, Nações Unidas, Unicef e outras instituições e organizações. Ando tão cercada de artistas que esqueci de como gosto dos "idealistas praticistas", gente que pensa além de si mesmo, quer fazer algo pra mudar e na verdade faz. Bem, de uma forma ou de outra somos idealistas apenas com diferentes objetivos, não é?

Voltando pra casa. Páro no sinal vermelho. Olho pra casa do lado e vejo 3 garotas ensaiando uma coreografia do tipo N'Sync (eu nem sei como se escreve). Fiquei rindo sozinha. Acho que a maioria de nós garotas passamos por isso. Na minha época era o Dominó e o Menudo. Ui!

sexta-feira, julho 15, 2005

Um dia eu aprendo

Três palavras em inglês que eu sempre tenho problema com a pronúncia:
- Catholic
- Develop
- Adjetive

Cinco anos aqui e volta e meia ainda erro mas desse ano não passa.

Cobras e Lagartos

O Runyon Canyon fica no final da minha rua, a dois blocos daqui. É um parque bem popular na vizinhança para os humanos e caninos se exercitarem, já que é permitido deixar o cachorro sem a guia (leash). Uma trilha - mais como uma estrada - e ioga de graça de manhã. Sempre que a preguiça dá uma trégua, a gente vai lá porque o Pimpy e a Nina adoram. Ontem nosso passeio foi interrompido por causa de uma cascável que resolveu passear por lá também. Outro risco são os coiotes que pegam cachorros pequenos mas geralmente eles só atacam no pôr-do-sol. De vez em quando me esqueço que moro num semi-deserto.

domingo, julho 10, 2005

Early 30's

Eu acho que passei tanto tempo na frente da televisão durante a minha infância que hoje evito ligar a TV a todo custo. Não gosto mesmo. Tudo quanto é mulher sempre falou do seriado Sex and the City e eu sempre ignorei. Quando fui pro Brasil, até minhas amigas assistiam por lá. Fiquei curiosa e resolvi alugar a 1ª série.
Que desgraça!
Pra tristeza do Dan, já estou pra assistir a 3ª (são 6 ao todo). Ele diz que esse programa exerce má influência sobre as mulheres e ele não quer que eu pense como americana (hahaha).
O pior é que eu adorei e detestei ao mesmo tempo porque de uma forma ou de outra a gente se identifica com as histórias mas se eu páro pra pensar como a gente é neurótica...
...ele vai me ligar, ele não vai me ligar, por que ele não diz que me ama, por que ele não quer que eu conheça a mãe, ai meu Deus, ai como eu sofro, ai quando eu vou casar, ele olhou pra outra, será que ele vai me pedir em casamento... enfim esses homens nos deixam tão inseguras. Cruuuuuuz! Será que eu sou assim? Eu NÃO quero ser assim. Isso é uma coisa gostosa dos 30. Não cheguei no ponto ideal mas me sinto bem menos insegura. E quem quiser que goste de mim como eu sou. A gente sente menos necessidade de afirmação através de um relacionamento. Não gosto de cenas de ciúmes, de possessividade, de falta de confiança, de controle (será que é por isso que nunca dei bem com homens brasileiros?). Nunca delirei nessas coisas de amor da minha vida. Não vejo como falta de romantismo, só vejo como as pessoas mudam com os anos. Gosto apenas de curtir o momento.
Minhas neuras são outras.

mamae pediu

Como o título avisa, esse blog supostamente começou no intuito de manter minha família atualizada sobre o que está acontecendo comigo, já que quase não nos falamos no telefone. Como ultimamente tenho opinado mais do que relatado fatos, hoje recebi um e-mail da minha mãe pedindo pra eu não deixar de contar que tem acontecido por aqui. Por isso vou alternando. Esse blog não é sobre nada. Esse blog é sobre tudo, do jeitinho que é a minha cabeça.

sábado, julho 09, 2005

"This was not a terrorist attack against the mighty and the powerful. It was not aimed at presidents or prime ministers. It was aimed at ordinary working-class Londoners, black and white, Muslim and Christian, Hindu and Jew, young and old. Indiscriminate attempt at slaughter irrespective of any consideration for age, class, religion, whatever. That isn't an ideology. It isn't even a perverted faith. It is just an indiscriminate attempt at mass murder.
Declaração do prefeito de Londres depois de primeiro ataque.
direto do blog Número 12 do Fernando.

sexta-feira, julho 08, 2005

Nao ao medo

Enquanto o mundo fala do ataque em Londres, eu prefiro não comentar muito. Não há muito a dizer. Os jornais já mostram tudo. Além das mortes, eles também aumentam o sentimento mais presente na sociedade hoje em dia: o medo. É contra isso que devemos lutar porque quanto ao terrorismo não faço idéia de como combater. Existe alguma forma de mudar a mentalidade de religiosos radicais?
Os jornais especulam que o governo mais uma vez sabia desse ataque mas ignorou porque não queria cancelar o G-8. Mesmo que soubessem, como evitar um ataque terrorista em transportes públicos? Será que depois da globalização, devemos fechar as fronteiras de nossos países novamente?

Gostei dos comentários no blog de uma amiga pois mostra que muitos americanos tem uma visão mais humanista da situação. Porque estou cansada do preconceito dos meus amigos brasileiros com todos os americanos.

terça-feira, julho 05, 2005

Feriadao

Feriadão que não tinha programado nada e acabou sendo interessante. Bebedeira na sexta com o pessoal do trabalho. Trabalhar em escritório é chato mas pelo menos é uma turma jovem e a maioria é de um país diferente. Bebemos pizco, rimos e dançamos.
Sábado, festa dos OrangeKids. Agora isso sim é que é grupo versátil e alternativo: tem DJS, químico da Neutrogena, modelo das Suicide Girls, webdesigners, dançarinas, músicos, cientistas, programadores de vídeo-game, RP do robô Asimo da Honda (olha o vídeo), gótico, budista, militante, computer geeks, gente que trabalha com crianças na Tailândia, editores, produtores, fotógrafos, pintores, enfim muitos artistas.
Ontem pra fechar um diazinho de praia com os cachorros.

E hoje comecei a semana fazendo besteira. Conversando com um produtor numa empresa super conceituada que produz vários programas de TV - sim, porque eu continuo querendo trabalhar em produção - disse que eles sempre precisam de gente pra escrever os programas. E eu muito burra disse que meu inglês escrito ainda não está no ponto ideal. Imaginei que era pra criar histórias mas o meu negócio é não-ficção. Depois fiquei "matutando" e poxa, eu não deveria ter dito isto. Tá na hora de ser confidente com o meu inglês e meter as caras mesmo que seja uma curta experiência.

sexta-feira, julho 01, 2005

Comer sem culpa

Mireille Guiliano lançou o livro Mulheres Francesas Não Engordam. Finalmente um livro de alimentação e pra emagrecer em que eu concordo.

Isso é o que venho falando a anos, principalmente pro meu namorado mas ele não me escuta. Fazer o que? Eu continuo no meu peso e ele continua engordando. Nada contra ser gordinha(o). Prefiro ser acima do peso do que fazer essas dietas loucas cortando tudo quanto é carboidrato ou coisas do gênero. Ele fica apavorado quando ganha muito peso e faz dieta por 2 semanas. Ele sofre, principalmente quando vê algo gostoso e calórico na frente. Depois volta tudo ao normal. Sempre fui muito de ler livros de nutrição. Engordei 8k nos 2 primeiros meses de EUA e voltei ao normal depois de um ano e meio. É, alimentação e saúde são práticas a longo prazo. Esse negócio de perder 10 kilos em um mês faz mal pra saúde. Tenho várias dicas que fui me acostumando ao longo dos anos e hoje é fácil.

quinta-feira, junho 30, 2005

e falando em cachorros...

Unindo diferenças culturais, crianças, homens e cachorros num só post.

Mães sempre ficam ofendidas se faço alguma relação com pessoas que educam cachorros e pessoas que educam crianças mas o fato é que a cada dia que passa vejo mais coisas em comum. Me desculpe se alguém se ofende com isso.

Hoje operamos a Nina porque ela estava quase na hora de entrar no cio e o Pimpy ia fazer a festa. Aqui todo mundo castra ou liga (tira?) os ovários. Não encontrei injeção anticoncepcional. A única opção é operar, que eles chamam de fix/spay/neuter o bichinho de estimação. Eu não estou muito certa da decisão tomada. Agora estamos aqui apavorados porque parece que os pontos estão abrindo e ela está sangrando.
Todo mundo aqui spay e se você não faz isso, eles te olham de cara feia. Os argumentos são vários: porque o cachorro fica mais obediente e menos agressivo, porque pára de montar em todo cachorro ou perna que vê pela frente, porque não há risco de eles terem câncer nos ovários ou testículos e principalmente porque já tem animal suficiente virando sabão todos os anos. Várias pessoas descobrem que não têm tempo pra se dedicar ao bichinho de estimação (ou vários outros motivos) e acabam dando pra carrocinha, na verdade para o pound ou animal shelter, um lugar que eles passam meses até serem adotados e se ninguém adota, eles sacrificam.

E onde o homem entra nessa história? Uma coisa que sempre pensei em escrever mas nunca tive audácia foi sobre circuncisão. Quando morava no Brasil, achava que só judeu é que passava por isso. Qual não foi minha surpresa em saber que a maioria dos americanos passam por essa operação? Você sabia disso? Eu não fazia a menor idéia. Assim como o cachorro americano, o homem aqui passa por uma operação no início da vida e as pessoas também olham de cara feia se o homem mantém o p... ao natural (são tantos nomes mas nunca sei qual usar). Eles consideram até anti-higiênico e mais propenso a doenças (mesmo argumento na operação dos animais). Eu acho que isso tudo é história pra boi dormir.

Mais uma das nossas diferenças porque castrar um bicho no Brasil é considerado algo completamente anormal e terrível de se fazer. adendo: Outro fator que conta é que lá grande parte não está disposta ou não tem condições de gastar dinheiro com os amigos de 4 patas. Mesma coisa com circuncisão e pra colocar crianças no mesmo balaio, estava lendo um blog em que as crianças fazem a maior bagunça em lojas de departamento por aqui. Geralmente essas crianças são latinas. Porque somos do país em que a liberdade prevalece sobre a disciplina. Gostamos de deixar os pênis, as crianças e os cachorros do jeito que vieram ao mundo.

A única coisa que está mudando é em relação ao corpo feminino. Volta e meia alguém comenta que o Brasil é o campeão mundial em cirurgia plástica mas isto é conversa pra outra hora.

quarta-feira, junho 29, 2005

ghost


ghost
Originally uploaded by Megui.
Essa foto não é montagem.
Enquanto o Pimpy é super fotogênico e posa para a câmera, a Nina não pára quieta. Fui bater essa foto e ela se moveu tão rápido que ficou apenas o espectro.
O resultado taí. Parece um fantasma.

E por falar em cachorro, todo mundo sabe que eu sou louca por cachorro mas às vezes eles me deixam louca, P da vida mesmo. Agorinha mesmo enquanto estava no telefone, o Pimpy comeu minha melhor sandália pra trabalhar, uma das poucas que eu tenho que custaram uma grana. Foi coisa de 5 minutos. Que raiva! Principalmente porque não posso fazer nada pra mudar a situação. Ele nunca tinha feito isso comigo em casa (sempre quando estamos fora).
Essas 2 pestes fofas já comeram vários sapatos, calça jeans, almofadas, o tapete e o carpete. Um baita prejuízo. Já nem dá mais pra decorar a casa a não ser que seja tudo de aço.

segunda-feira, junho 27, 2005

Violencia x Sexualidade

Tema batido mas que sempre me interessa. Ontem fui meio contrariada assistir Batman Begins. Não sou muito chegada em filmes de super-herói mas com namorado insistindo, amigos elogiando, um ótimo cast e o mesmo diretor de Memento, resolvi dar o braço a torcer.
Nem quero falar muito sobre o filme. Aliás depois da temporada de filmes de guerra, estamos na temporada de histórias em quadrinhos nas telas e remakes (A Fantástica Fábrica de Chocolate, A Feiticeira, Se Meu Fusca Falasse...).
Mas sabe o que me surpreende? Que seja tão "feio" mostrar peitos ou bundas para crianças e não há nenhum problema em levar os filhos para assistir um filme tão violento como Batman. Este, defitivamente não é um filme infantil. Imagina a quantidade de imagens violentas que as crianças estão expostas hoje em dia. Qual o resultado disso?

quinta-feira, junho 23, 2005

Entendendo Michael Jackson

Dan está num projeto com Corky Quakenbush, um cara que faz filmes de animação no mais clássico e antigo estilo: frame-a-frame. Tudo manual, tipo aqueles de massinha mas com um humor negro sem igual.
Como aqui na indústria do cinema a gente faz de tudo um pouco, há uns 20 anos, Corky trabalhou com Paul McCartney que gostava de documentar todos os projetos que fazia.
Lá foi Corky gravar os bastidores de "The Girl is Mine", um dueto de Paul e Michael Jackson. Corky estava num canto dentro do estúdio e de repente chega Michael Jackson com cara de criancinha assustada. Estava se escondendo de um bando de crianças que queriam o autógrafo dele. Naquele momento, Corky percebeu que aquele menino em corpo de gente grande jamais teve infância, jamais aprendeu a brincar.

sexta-feira, junho 17, 2005

O que ta rolando

Pois é, parece que a temporada de terremotos chegou. Não, não ouvi nenhum terremoto. Em 4 anos de Los Angeles, só senti terremoto uma vez. Mas sim, estou assustada. Dá vontade de partir e por que será que não tomo uma atitude? É estranho, mas aqui todo mundo é tão tranquilo em relação a isso. Dan costuma dizer que em todos os lugares se corre risco como violência, ataque terrorista, tornado, tsunami, guerra, seja o que for.

Vou pras montanhas neste fim-de-semana pra participar do Orange Kamp. 80 amigos, oficinas, piscina e festa. É um prolongamento da comemoração de aniversário. Ontem tivemos uma reunião na empresa e diretores de várias escolas e da matriz em New Jersey estavam lá e preparavam um bolo-surpresa. Há muito tempo que eu não ficava tão envergonhada.

segunda-feira, junho 13, 2005

Ser imigrante

Hoje estava conversando no trabalho sobre as diferenças de países. Curiosidade: se você mora ou morou fora do Brasil, qual foi o seu maior desafio em se adaptar no novo país? Comida, costume, jeito dos "locais", estar longe da família, língua, clima, trabalho, regras... Me conta aí (se é que alguém lê este blog).
Acho que pra mim foram as regras. Nesse tal país da liberdade que eu moro agora, de liberdade mesmo acho que só o nome da estátua. Bares fecham às duas, há limite de moradores no apartamento, não há barzinhos na praia, praticamente impossível acampar na praia, sei lá são tantas regras. Não é à toa que o pessoal enlouquece no Burning Man. Às vezes é difícil de aceitar tanta falta de maleabilidade, o que por outro lado causa mais organização mas foi uma barreira e tanto.

sábado, junho 11, 2005

Alma gemea?

Você já conheceu alguém que faz aniversário no mesmo dia que você?
Este ano já conheci 2 garotas que nasceram no mesmo dia que eu. Gostamos uma da outra logo de cara.
É engraçado como a gente fica feliz quando isso acontece. É como se a gente tivesse encontrado uma alma gêmea. Isso acontece contigo? Uma pessoa que te entende e nem importa se vocês são completamente diferentes. Mesmo que você tenha acabado de conhecê-la. Provavelmente manias e loucuras da nossa cabeça.

Portugues

Acabou que depois de perambular por vários trabalhos nesta terra, é a língua portuguesa que está me salvando. Estou traduzindo um filme sobre o skatista Mineirinho. Além disso, dou aula de português 7 dias na semana. E ainda por cima pagam bem. Nada consistente mas está bom.

domingo, junho 05, 2005

Star Wars 3 – The Revenge of Syth

(Não leia se você ainda não assistiu)
É estranho assistir a um filme em que a gente já sabe o que vai acontecer e já assistiu a continuação. Podem me chamar de louca mas sempre quando assisto Star Wars, passo um tempo filosofando sobre dogmas.
Pequenas e rápidas impressões:
- liguei muito os mestres Jedis ao padres católicos e sobre o fato de que os Jedis não devem constituir família porque os tornam vulneráveis, sobre eles serem o poder paralelo às instâncias políticas.
- Não gostei da “nova” rainha Padme. O papel dela nesse filme foi insignificante. Sei que ela estava grávida e apaixonada mas mais uma vez vi uma mulher esperando o marido em casa ao invés da rainha decidida e forte que ela era no filme anterior ou a Princesa Lea.
- Discordo do resto do mundo, não achei a interpretação dos atores tão ruim assim. Muito melhor que o Star Wars 1 e 2.
- Gostei da fala do Palpatine que ele diz: o Bem é um ponto de vista
- Fiquei um pouco decepcionada com a transição do Anakin pro lado negro da Força. Esperava um pouco mais de conflito. Melhor que melodrama mas achei atropelado demais. Ele comete um erro, diz “What have I done?” e no minuto seguinte já era aprendiz do Imperador e odiava todos os amigos do não-distante passado, sem o menor pingo de dúvida.
- Tem uma fala do Darth Vader que já foi dita por várias pessoas que eu conheço: "Se você não está ao meu lado, está contra mim." Já notaram como muitas pessoas levam isso bem à sério? Se você discorda do ponto de vista, ela passa te ver como pessoa non-grata.
- Sabe o que acho legal de Star Wars? Atinge um público de 5 a 80 anos. O terceiro episódio foi bem menos infantil.

Tem um amiguinho que escreveu uma análise sobre o filme.

sábado, junho 04, 2005

Sogras

Sempre pensei que essa história de sogra pentelha fosse exagero das pessoas. Mas encontrei uma (ainda bem que ela não lê português). O Dan jamais entra na cozinha, nem pra fazer café. No Dia dos Namorados, ele quis fazer uma surpresa e preparar um jantar. Achei super legal. Ele ligou para a mãe dele pra pedir a receita e ela ficou insistindo pra comprar congelado. Agora me diz qual é a graça de um jantar especial feito de comida congelada? A mulher só come isso. Cruuuz! E ainda insistiu: quero reassegurar o sucesso da comida congelada. Só se for na casa dela. Tudo bem, na verdade ela é gente boa mas temos cultura, costumes, manias, tudo tão diferente. Juntar os meus pais e os dele seria como fazer um novo capítulo do filme Meet the Fockers.

Preguiça

Uma das coisas que eu adoro em LA são os inúmeros festivais. Este fim-de-semana tem o LA Art Fest

O difícil de viajar é voltar a rotina. Ando com uma preguiça total, de escrever, de arrumar a casa e até mesmo de desfazer as malas.
A viagem foi ótima. Logo vou postar as fotos. O Pimpy e a Nina nunca tinham viajado. Passamos o primeiro dia em Flagstaff onde o Dan fez faculdade. A cidade tem um estilo hippie-chic-faroeste. É o ponto de partida pra quem vai ao Grand Canyon e várias outras atrações nesta região como Sedona ou Monument Valley. No inverno as pessoas vão para esquiar. Comemos um fondue maravilhoso e mesmo sendo cidade turística, parece que qualquer lugar é mais barato que Los Angeles.
Sedona é um centro Vortex, ligado em energia, "Nova Era", terapia holística, espiritismo e muita arte. Acampamos em Oak Creek Canyon. Fizemos uma trilha de 6 milhas e no final tinha uma área usada por bruxas de magia branca, cheio de pedras empilhadas. Parecia o filme Blair Witch.
No último dia visitamos o castelo de Montezuma. Eles achavam que Montezuma se escondeu naquela região mas não passa de mais uma "lenda". Os índios construíram esta casa de 6 andares num paredão de pedras.

Sinto muita falta da época que eu perambulava mais por esse mundo. Às vezes tenho vontade de partir desta cidade. Sabe como é, hora de reciclar. E fiquei imaginando...mudar pra onde? Qual será o próximo destino? Só consegui decidir por um lugar: Sidney (um sonho que eu tenho a 15 anos). Também sou apaixonada por San Francisco mas quero me afastar de terremoto.

sexta-feira, maio 27, 2005

Estou indo com a família pra Sedona hoje de madrugada. Há muito tempo que eu não viajo num feriadão.

Mas só pra informar que pra quem gosta de jornalismo "de esquerda", adicionei 2 sites nos links: o Centro de Mídia Independente e o Guerrilla News.

Ontem fui numa festa brasileira que é algo que eu nunca faço por aqui e serviram risoles, empadinha, brigadeiro, caipirinha, guaraná, coxinha e picolé de açaí!! Humm...me esbaldei. Adoro a variedade de restaurantes que há nesta cidade mas os quitutes brasileiros fazem falta.

quarta-feira, maio 25, 2005

segunda-feira, maio 23, 2005

Nao use camisinha (?)

Dan estava comentando sobre o programa 16 minutes e o último foi sobre uma campanha que o governo gastou milhares de dólares pra "reeducar" a população a não usar camisinha e que o correto mesmo era não transar pois camisinhas também causam problemas. Eu já nem me surpreendo mais com esse governo. Mas mesmo com um governo ultra-conservador, como foi possível autorizar uma campanha dessa?
Já é difícil convencer o homem a usar camisinha. Quantas vezes me dei de cara com homens que vêm com o argumento de que não é grupo de risco? Mesmo hoje em dia. Aliás, além de AIDS e gravidez, o grande risco pelo que sei é o HPV porque os homens não mostram sintomas que estão com a doença. Sim, agora querem convencer a população de que todo mundo deve ser assexuado ou deve transar só pra procriar?
Estou tão cansada dos cristãos mostrarem sexo como uma coisa feia, ou pecaminosa ou sei lá mais o que. Estou cansada da sociedade fazer a mulher se sentir culpada se estiver afim de transar só por transar.
Lembro uma vez quando tinha 15 anos e fui passar o fim-de-semana na casa de uma amiga do colégio e o pai veio com esse discurso de que a mulher deve se preservar. Lógico que acabamos tendo uma discussão e eu nunca mais fui convidada a passar o fim-de-semana com eles. A gente não estava nem falando de sexo, estava apenas falando sobre sair de casa porque o filho mais novo podia sair com os amigos e a menina ajudava a mãe na cozinha e só podia sair uma vez por mês. É o cúmulo do machismo. Eu sei que não ia mudar a mentalidade dele mas não dá pra aceitar essa coisa de homem garanhão ser louvado e mulher ser galinha.

quinta-feira, maio 19, 2005

Guerra nas Estrelas

Hoje estreou o terceiro episódio de Guerra nas Estrelas. Eu queria ter batido uma foto da fila pra mostrar pro pessoal no Brasil mas não tive paciência de andar por lá. Conheço muitos cinéfilos mas acampar na porta do cinema por UM MÊS! é excesso de fanatismo, não é não?
Eu sei que todo mundo reclama da nova série, realmente a preocupação com os efeitos especiais foram tão grandes que esqueceram de elaborar melhor o roteiro e trabalhar na atuação dos atores mas confesso que mesmo assim sou fã (não fanática) e não vou perder esse filme numa tela de 40 metros aqui perto de casa.

quarta-feira, maio 18, 2005

Arte

Uma amiga passou a dica. Mórbido e interessante o trabalho desta mulher.
(o link está no título).

sábado, maio 14, 2005

Desvendando Mulholland Drive

Passei boa parte da semana ensinando português para uma atriz que vai passar 2 meses no Brasil fazendo um filme, mais precisamente em Parati. Ela trabalhou num dos filmes mais loucos desta década: Mulholland Drive de David Lynch.
Melissa disse que trabalhar com D. Lynch é fantástico e quando ela perguntou sobre o que era o filme (acho que todos fazemos esta pergunta) ele disse: " what you think it is, that's what it is about."
Ela respondeu uma pergunta que estava na minha cabeça desde o dia em que assisti o filme: qual era a intenção do diretor com este filme. E muitas vezes nas aulas de cinema na universidade, falamos sobre a tal "verdade absoluta". Interessante quando o diretor põe nas suas mãos a escolha da livre interpretação. A verdade é aquela em você acredita (isso soa bem anti-religioso, não?).

terça-feira, maio 10, 2005

Granada no Bush?

Pois então, o presidente "Bucha" estava dando um discurso e alguém jogou uma granada que não explodiu. Já pensou? Que notícia!!! Mas o vice Dick teria que estar ao lado.

Maio: mes de trabalho

É 8 ou 80. Esse mês aconteceu o que eu tanto queria: muito trabalho. Muito mesmo. Amanhã trabalho 12 horas. Estou praticamente virando professora de português em período integral. Tenho 8 alunos e 2 turmas esta semana. E "tomei" gosto. A princípio começou como brincadeira ou hobby e hoje em dia prefiro trabalhar nisso que em outra coisa porque eu faço o meu horário.
Ensino um dos meus alunos pela Internet (na Berlitz). E além disso fui contratada meio período no escritório da Berlitz. Aproveitar que está rolando e eu não sei por quanto tempo.

domingo, maio 08, 2005

Mais shows

Ontem fui no show do Moby no Wiltern, um teatro com capacidade para 3 mil pessoas. Nada como um bom show. Moby não é apenas um músico. Ele sabe como usar o cérebro e tem um senso de humor refinado. O músico favorito dele é David Bowie, que por acaso, estava lá ontem. Falou de como LA tem um comunidade underground de raves/DJs como nenhum outro lugar (eu e meus amigos sabemos muito bem disso).
O show foi bem mais rock que eletrônico e algumas músicas bem mais melódicas que no álbum. Ele tocou covers do Lou Reed, The Doors (para homenagear L.A), Donna Summer, New Order e ...Joy Division (uma das minhas 2 bandas favoritas!!!!).

E este foi o meu segundo show este ano.
Shows que já fui nesta cidade:

- U2
- Violent Femmes (2x)
- Concrete Blonde (2x)
- Radiohead
- Alanis Morissette
- Jack Johnson
- Midnight Oil
- The Breeders
- Godsmack
- Bridge School festival com Dave Mathews Band, Tom Petty, Foo Fighters, Red Hot Chilli Peppers, Beck, Neil Young
- Coachella 2003 e 2004 - Beastie Boys, Red Hot, Jack Johnson, Underworld, Blue Man Group, The Cure, Radiohead, Pixies, Beck, ...

sexta-feira, maio 06, 2005

Dinheiro e mulher

Agora eu entendi porque mulher precisa de homem com dinheiro. Porque homens raramente ajudam a limpar a casa e se ele não tem dinheiro para pagar uma faxineira, você vira dona-de-casa.

quarta-feira, maio 04, 2005

De volta a profissao

Mês passado finalmente voltei a fazer uso do meu diploma. Escrevi uma matéria pra revista Viaje Mais. Deve estar nas bancas agora. Me estressei um bocado mas a-do-rei!!!
Quero muito agilizar esse lado e espero que seja a primeira de muitas.

terça-feira, maio 03, 2005

ai ai
Deu frio na barriga. Quase 3 anos com o mesmo template. Nunca quis mudar com medo de perder meus arquivos mas foi preciso dar uma reciclada. Eu sempre tinha problemas com comentários e talvez agora posso postar imagens.
Quem sabe agora eu ganhe mais leitores...
na verdade não importa. Não estou preocupada com Ibope. A idéia do blog surgiu porque sempre fui cigana e fiquei com preguiça de responder tantos e-mails contando onde eu estava. Já não sou tão nômade assim mas aí a gente curte ter um espaço para se expressar.

Vocês lembram do Oingo Boingo?

Um dos motivos de ter gostado desta cidade após um tempo, foi um grupo/banda chamada The Mutaytor. Música eletrônica misturada com muita percussão e piro-performances. Eu costumava andar com eles o tempo todo. Malucos, excêntricos e muito criativos. Agora faz um tempo que não ando com eles e esta semana conheci o novo baixista (a banda nunca teve instrumentos de corda) e nada mais é que ex-baixista do Oingo Boingo. Eu e o John conversamos um pouco e ele disse que conhece Floripa e se surpreenderam com a quantidade de fãs quando foram ao Brasil.

quinta-feira, abril 28, 2005

Comentários
Por que será que o espaço de comentários no meu blog sempre dá problema de 6 em 6 meses? Acho que já troquei umas 4 vezes pelo menos.

domingo, abril 17, 2005

Tá na MTV

Bambolê 3
Bambolê 3,
originally uploaded by Megui.

Pensei um bocado se deveria divulgar o último vídeo que eu trabalhei ou não. Mas tá aí o link: Catch My Disease do Ben Lee.

quinta-feira, abril 14, 2005

Festa estranha com gente esquisita...

Ontem fui num jantar de aniversário, provavelmente um dos eventos mais interessantes em que já estive. Foi o grupo de 15 convidados mais Hollywood que eu vi: uma cantora de 200 quilos com um sabre de vidro, um maquiador, um "designer" de figurinos que se parecia com John Lennon, um fotógrafo meio esnobe, um coordenador de uma seita amazônica, uma atriz, uma mulher que trabalha em "bondagem japonesa" (sado-maso que se amarra a pessoa inteira ou algo desse gênero), uma dominatrix (que ganha uma fortuna pelo mundo para fazer os homens sofrerem, artista sado-masoquista), um cara meio punk que não sei o que ele faz e um casal de hippies (ela num visual feiticeira).
Este casal, uma vez, foi preso no estacionamento da Disneylândia porque estavam fumando "unzinho" e foram mandados para uma prisão subterrânea embaixo do parque. Contaram que tem um mundo inteirinho lá embaixo supervisionando a fantasia de cima e dezenas de funcionários só assistindo os monitores de vídeo, uma sala de figurinos/uniformes do tamanho de meio campo de futebol e todos aqueles túneis subterrâneos...uau!
Além do jantar, o local tem karaokê com salas separadas pra cada grupo. Eu particularmente não suporto karaokê mas foi engraçado.

quinta-feira, abril 07, 2005

Você tem algum vício?

A gente sempre vê pessoas com problemas de drogas, álcool ou cigarro. Eles querem parar e não conseguem. As pessoas em volta criticam, dizem que é cabeça fraca ou que a pessoa nunca tentou parar pra valer.
Tô começando a entender essa situação porque estou finalmente percebendo (e admitindo) que tenho um grande vício: chocolate. Não ri não que o caso é sério. Como chocolate TODOS os dias há pelo menos 15 anos, se não mais. Antes eu não me importava. Quando a gente começa, nem se liga em parar ou não porque é apenas chocolate. Hoje em dia, se eu não como me dá uma baita ansiedade. Sempre tenho chocolate em casa e está ferrando com a minha pele. Pois bem, resolvi parar. Não aguentei mais que 4 dias. Estou cada vez comendo mais. Me viciei no negócio e levou 10 anos pra eu perceber.

sábado, abril 02, 2005

As alegrias e tristezas de um show nos EUA

Acabei de voltar do terceiro show do Vertigo Tour do U2. Mesmo que você discorde do fato que eles são considerados a maior banda de rock da minha geração, não há como discordar que eles têm a melhor produção. KCT! As luzes daquele show são mais alucinóginas que ácido. "Tapetes" de lâmpadas que desciam e mudavam de cores e o palco redondo tinha luzes no chão...nem sei explicar.
Cheguei lá nem tão empolgada assim mas saí com o sorriso na orelha. Infelizmente não rolou "With or Without You". Eles saíram pra um intervalo e não voltaram. Acho que alguma coisa aconteceu.
Eu admiro muito o Bono por ser um cara que se preocupa com o mundo e agora principalmente com a África. É sempre bom ouvir militantes, traz inspiração pra nunca esquecer que a gente pode fazer mais por esse planeta. O engraçado é que hoje em dia não se acende mais isqueiro em show, ele pediu pra mostrar as luzes dos celulares. Disse que todos nós podemos fazer alguma coisa por esse mundo porque somos todos iguais perante Deus. Ele disse que usava o celular pra ligar para o presidente todos os dias e ele nunca respondia. Hoje ele atende as ligações de Bono.
O local do show também foi muito legal. Uma arena, acho que capacidade para mais ou menos 20 mil pessoas. Aqui a acústica é infinitamente superior mas todo mundo fica sentado e se você muda de lugar, vem um segurança reclamar.
A parte chata, no entanto, são as regras e público. Nada como a empolgação da platéia brasileira. Não pode ficar nas escadas ou corredores. Um saco! Sempre me irrito com isso. Acho que é por questões de segurança mas PQP! Nunca vou me acostumar com isso. No Brasil um lugar daquele ia vibrar com a galera pulando. O único problema é que eles raramente aparecem no Brasil e quando aparece não é muito fácil assistir de perto.

quarta-feira, março 23, 2005

Família aumentando
Como fui esquecer? Dia 22/02 nossa família ganhou mais um membro. Nina chegou aqui com 1/2k e agora acho que tem um quilo e meio. Uma vira-latinha, mistura de chihuahua com yorkie. Loucura ter dois cachorros? Não acho. Pra gente facilitou muito porque não preciso ficar 24 horas jogando bolas pro Pimpy buscar. Além do mais, ele está ficando bem agressivo com outros cachorros mas ele e a Nina se adoram. Brincam o dia todo. Pensei que assim eu sairia mais de casa mas a gente quer ficar com eles o tempo todo. Pelo menos quando eu saio, saio mais tranquila.

sábado, março 19, 2005

Da série MMM - Maravilhas do Mundo Moderno
Desde que comprei meu carro, um dos pneus estava sempre vazando. Pois não é tem um spray pra resolver esse problema? Atarracha no mesmo lugar de encher e o negócio solta um produto no pneu que veta os buracos.

Correria
Esta foi a semana mais corrida que eu tive desde que voltei do Brasil. Acho que ao todo dormi umas 10 horas. E foi ótimo! Gravação, tradução, matéria pra escrever (que eu estava nervosa pra fazer porque fazem anos que não escrevo). Todos trabalhos que eu gostei. Felizmente deu tudo certo e meu ânimo voltou ao normal.

sábado, março 12, 2005

Music + Video
Primeiro repasso o site desse vídeo sobre gatos feito pro Fat Boy Slim. Muito bom!

E na segunda participo do meu segundo videoclipe, dessa vez pro cantor australiano Ben Lee. Ontem na audition nem pensei que eles tinham gostado de mim. Eu jamais imaginei que um dia eu ganharia dinheiro com bambolê. Tipo de trabalho que você nem sente o tempo passar. Que felicidade! Comecei na brincadeira e hoje em dia tenho até "discípulos". Toda festa estou lá dançando com o bambolê. Me desligo do mundo e vou até o espaço provavelmente porque o círculo serve como proteção já que ninguém pode chegar perto. Me deu mais auto-estima e é sexy sem ser vulgar.
Provavelmente para a maioria das pessoas soa estranho falar de bambolê pra adultos. No meu grupo é muito comum. Virou onda total. No hooping.org você encontra alguns vídeos. Há uma lista de discussão sobre bambolê no Tribe.net com 350(!) pessoas. E o que gente faz? Difiícil explicar. No meu caso, apenas danço com o bambolê em volta. Coisa que muitos não conseguem por falta de ritmo. A gente bamboleia no pescoço, no joelho, pula, dá voltas... cada dia se inventa algo novo.

Post-posting

A gravação do videoclipe foi divertida mas eu estava exausta depois de mais de 10 horas no estúdio. Eles adoraram minha apresentação e o grupo inteiro elogiou meu trabalho. Hoje eles postaram algumas fotos no blog do Ben Lee. As fotos não ficaram tão boas mas valeu o registro. E um outro show chamou pra me apresentar no fim do mês. Desse jeito vou virar profissional.

Essa semana está um loucura! De repente surgiram vários trabalhos ao mesmo tempo, que estou apavorada pra terminar uma matéria que tenho pra entregar.

quarta-feira, março 02, 2005

ADD
Toda década aparece uma "nova doença infantil", quer dizer, corrigir um erro na criança. Na minha época eram as botas ortopédicas. Horrorosas. Eu usei. Depois era um tal de usar aparelho ortodôntico (é isso?).
Agora sempre vejo reportagens sobre ADD, Attention Defficit Disorder. Sempre achei essa tal doença uma grande bobagem pois achava normal muita criança ficar distraída e não conseguir prestar atenção na aula. Totalmente contra essa história de medicar contra distração. Em adulto é o famoso "lesado" (será porque fuma um?).
Mas agora tô começando a desconfiar que tenho esse negócio por causa da minha enorme dificuldade em me concentrar. Eu gostaria de ler mais mas preciso ler toda página de livro umas 3 vezes porque minha cabeça se perde completamente. Quando preciso fazer várias coisas ao mesmo tempo, acabo esquecendo a metade. Uma das minhas chefes disse como eu me distraio tão facilmente. Diferente de falta de memória, somente uma enorme distração. E isso me atrapalha muito.

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Chuva
Choveu mais nos dois meses deste ano que no ano passado inteiro. 800mm no ano passado e 1500mm em janeiro/fevereiro. Aqui não tem essa de que só os barracos caem. Aliás, me parece que os ricos são mais atingidos em Los Angeles nos incêndios e deslizamentos. Em 4 dias de chuva, saldo de 3 mortes, ruas que cederam e viraram crateras, buracos em praticamente todas as ruas, enchentes, casas que caíram...esqueci alguma coisa?

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Mulher
Tem uma música do Mundo Livre que eu adoro: Mulher, para cada satisfeita existe um homem morto.
Mulher às vezes tem umas manias que nunca aceitei muito bem. Uma delas é em relação à cor. Tinha uma garota que eu trabalhava e tudo na mesa dela tinha que ser rosa: clips, papel, notinhas, caneta, grampeador. Tem uma outra mulher que eu ajudo - não é menininha não, ela tem uns 35 anos - e tudo que ter purpurina. TUDO na casa dela é brilhante/purpurina: toalha, canetas, roupas, sapatos, hidratante(!) enfim qualquer coisa.

A deliciosa comida "gringa"
Cozinha aqui é quase uma parte dispensável em muitas casas. É tudo na base do fácil e rápido. Você sabia que aqui se vende purê de batata em pó? Argh! Mistura com água e pronto!

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Ônibus parte 2
Andar de "busão" em Los Angeles sai mais caro que ter um carro. Um passe diário custa U$3, mensal custa U$52. De carro eu gasto U$15 e ando por tudo por duas semanas. Nunca vi isso. Nem sei como sobrevivi sem carro por mais de 2 anos nessa cidade.

E ontem durante mais um passeio no coletivo, tinha uma mulher meio que cochilando com um durex na boca. De repente ela acorda, tira o durex e começa a falar sozinha. Era mexicana. Fala um bocado e coloca o durex na boca de novo. De carro eu perdia todas essas histórias incríveis.

sábado, fevereiro 05, 2005

Pela cidade afora
Hoje foi minha terceira aula como professora. Não estava muito empolgada pra ir mas foi só entrar na sala e me animar. Estou adorando dar aula de português. Passar conhecimento dá uma sensação de útil.
Como estou sem carro desde o Reveillon, sempre pego o ônibus pra voltar. O ônibus 4 vai da praia de Santa Monica até o Centro, ao todo 30 quilômetros. Toda vez é uma história, um mendigo que deixa um cheiro desagradável, um bêbado resmungando, cada um falando uma língua diferente, um ator, sonhando em ser famoso, atrasado pra uma audition. Enquanto isso lá fora o ônibus passa por West LA (bairro de classe média alta e estudantes da UCLA), Beverly Hills, a área das lojas pra gays em West Hollywood, a parte dos russos onde eu desço e depois continua pela área dos travestis em Hollywood, East Hollywood (latinos), Thai Town e por aí vai. Isso tudo só numa linha de ônibus.
Lugar Marcado
Na época de colégio eu odiava quando a professora fazia a gente ter lugar marcado. Nunca fui chegada em rotina. Se eu tenho que ir ao mesmo trabalho todos os dias, sempre tomo caminhos diferentes.
O engraçado é que toda aula ou seminário que participo seja como aluna ou professora, as pessoas sempre sentam no mesmo lugar mesmo sem a "tia" dizer. Sempre! Parece uma necessidade do ser humano de ter hábitos: lugar na mesa de jantar, dormir no mesmo lado da cama...

Tô aqui conversando com a minha amiga e relembrando algumas histórias da adolescência. Saiu um sorriso sarcástico no canto da boca. Gostoso relembrar aquelas loucuras, os porres, segredos, beijos escondidos, amigos que viraram amores, amores que viraram amigos.

terça-feira, fevereiro 01, 2005

Refletir é viver
Eu tava lendo o blog da Giorgia que acabou de chegar da Índia. Adicionando com a minha crise semanal, quer dizer mais uma reflexão do que crise e tá feito o bolo existencial. A idéia de quando saí do Brasil era atingir um lado mais espiritual, menos materialista e olha onde fui parar? Los Angeles, a meca do individualismo material no mundo. Felizmente conheci pessoas incríveis mas desde que voltei do Brasil, me pergunto todos os dias o que estou fazendo aqui. Não me defino numa profissão e nessa sei fazer de tudo um pouco, o que tem seu lado bom. A vontade de ser mãe cresce proporcional ao desinteresse por uma carreira. Talvez por isso ando tão acomodada. Tantos projetos legais na cabeça, pouca concretização. Isso me deixa louca.
Será que estou precisando de um novo país?
Coachella Line-up
As atrações do Coachella Festival foram divulgadas ontem. O Coachella é o melhor festival comercial de música na Califórnia. Esse ano tem Nine Inch Nails, Bauhaus, Chemical Brothers, Coldplay, New Order, Wilco, Weezer, Prodigy, Secret Machines e acho que até um brazuca, DJ Marky, na área. Mas depois de Pixies e Radiohead no ano passado, eu fiquei satisfeita.
Além do mais, conseguimos comprar o ingresso mais difícil de se conseguir por aqui: U2!!

domingo, janeiro 23, 2005

Na estrada
Passei o findi em Phoenix, ou melhor, Scottsdale no Arizona. Fomos visitar os pais do Dan. Scottsdale é conhecida pela elite americana que vai jogar golfe por lá. Só um pequeno detalhe: campos de golfe no meio do deserto? Eu hein? Maior parte do Estado do Arizona, que é onde fica o Grand Canyon, é pleno deserto e tudo marrom.

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Death Penalty
Eu não sabia que aqui na Califórnia também existe pena de morte. Ontem Donald Beardsley de 61 anos foi executado com injeção letal pelo assassinato de 2 jovens em 1981 e outra mulher em 1969. Eu costumava a ser completamente a favor da pena de morte alguns anos atrás. A cada dia que passa tenho menos certeza.
Imagino aquelas prisões no Brasil superlotadas de homens que não pensam 2x antes de matar misturados com "ladrões de galinha". Imagino o aperto que eles passam. Me parece que às vezes os próprios prisioneiros implementam esse sistema lá dentro. Então nessas horas tenho dúvida. Será que é melhor mantê-los em prisão perpétua? Será essa a função da prisão? Será que pessoas que cometem diversos crimes merecem ser perdoadas, ou melhor, libertados? Um padre diria que sim mas quando a vida perde completamente o valor na cabeça de alguém... Ao mesmo tempo prefiro acreditar que algumas pessoas podem mudar. Complicado.

segunda-feira, janeiro 17, 2005

Mudanças do dia-a-dia
Sempre vivi em fases alternadas de preguiça e loucura total. Semana passada eu estava completamente sem rumo e confusa. Essa semana tudo mudou. Quero voltar a estudar. Tô com projetos para a comunidade, comecei a dar aula de português em duas escolas, socializando mais e outros trabalhos. Eu gosto de trabalhar cada dia num lugar diferente.

Você já viu alguém exercitar no corredor do prédio? Hoje tinha esse russo de pijama e uma touca caminhando por uma hora em volta do corredor. Isso que a gente mora no lado de um parque. Parecia cena de filme.

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Belezas
O sol apareceu depois de 2 semanas de chuva em Los Angeles e um deslizamento de terra que causou a morte de um pessoal da nossa comunidade. Nunca tinha visto chover assim por aqui. Ao menos agora as montanhas estão mais verdinhas, o que também é raro nesta cidade.
Mas o que me chamou a atenção hoje foram as montanhas cheias de neve, visto da praia. Tão lindo! Acho incrível ter esse visual direto do mar.

quarta-feira, janeiro 05, 2005

O ó do materialismo
Essa semana trabalhei pra uma mulher que na minha opinião é o símbolo do capitalismo consumista. Ela é gente boa mas me assustei com a situação. Eu nunca tinha visto uma pessoa que tenha tanta coisa. No lado dela a gente se sente a mais simples das criaturas. São mais de 100 esmaltes, 10 caixas de enfeites de Natal e aí por diante. Não tem mais onde enfiar coisa porque tudo ela tem que ter em várias cores, tamanho e tons diferentes.
Aliás, como mulher se liga nessa coisa de cor!
Ela não se desfaz de nada jamais e é tão obcecada em comprar que nos fez ligar pra todas as lojas de sapato em Los Angeles pra achar um tênis azul com purpurina. Detalhe é que já tinha comprado o preto do mesmo modelo.
Por isso é que eu digo, viajar é bom que geralmente faz a gente ficar mais desprendido. De uma forma ou de outra, a maioria das pessoas se apega aquilo que tem e não vejo nada de errado nisso se não é exagerado mas nesse nível eu jamais presenciei.

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Freezing cold
Nunca tinha visto tanta chuva em LA, acho que faz mais de uma semana. Hoje até deu 1m de neve aqui pertinho, meia hora de carro. E a chuva continua pelo menos até sexta. Ótima temporada pra snowboard.

Mais filmes
Assisti A Paixão de Cristo de Mel Gibson, um dos piores filmes que eu já vi. Parecia que estava assistindo Sexta-Feira 13 com melhor fotografia e efeitos especiais. São 2 horas de violência ininterrupta com a intenção de que? De ver como Jesus sofreu? Muitos detalhes gráficos do sangue, mais de 10 minutos só monstrando chicotadas. Horrível.