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sábado, fevereiro 17, 2018

3ª Semana

Uma coisa que eu aprendi nessa vida é que ninguém sobrevive só de boas intenções, discursos, pensamentos e orações. Na hora do sufoco o que conta mesmo são as ações e atitudes de chegar e fazer. Será a “empatia prática”? E contar com gente assim é impagável. Nesse momento difícil algumas pessoas queridas tomaram as rédeas e não sei o que seria sem elas, tanto amigas da minha mãe quanto amigas minhas. Isso sempre toca meu coração. Como é bom poder contar com apoio, amor, compaixão e atitude. Aquela doação sem esperar nada em troca e puro amor ao próximo. Sou grata pelo resto da minha vida.
Demonstrações de amor contam muito mais que orações a divindades religiosas.

Os resultados de um mundo melhor com mais amor vem das nossas ações, não das nossas intenções. Eu vejo muita gente que prega muita coisa mas na hora do "vamos ver" não age de acordo. Acho que isso serve para a maioria de nós. Apareceram amigos que não vejo há 10 anos oferecendo ajuda todos os dias seja com uma palavra de conforto, uma refeição, qualquer coisa. Obrigada por haver pessoas assim pois não contar com ninguém nessas horas seria muito mais difícil do que já é. As intenções e orações não ajudam a me dar um descanso pra ficar mais forte no processo de estar ao lado da minha mãe. 

Descobri que a lei do direito de morte (eutanásia) foi aprovada no ano passado na Califórnia. Ainda bem. Nunca mais quero ver um ser humano sofrendo desse jeito. Os gritos de dor que escutei no corredor do hospital são aterrorizantes.

Já não estou sentindo tanta falta de casa porque meu pensamento está concentrado na minha mãe. Comentei com os amigos de lá sobre a ideia de ficar aqui um tempo e eles: "não! queremos você aqui onde você pertence". Que bonitinho! O que seria dessa vida sem amigos?

domingo, dezembro 17, 2017

Casamento no México


Ando com preguiça de postar.

No fim de semana passado fui ao meu primeiro destination wedding em Puerto Vallarta no México. Aliás, este ano milagrosamente fui convidada para 2 casamentos (um de última hora), algo que raramente acontece. O primeiro em outubro numa fazenda há 2 horas daqui. E agora este.
Em ambos os casamentos, eu conheço os noivos há 14 anos mas não temos tido tanto contato nos últimos anos então pra mim foi uma surpresa ter sido convidada.
Ter passado 4 dias num hotel de frente pra praia e assistir um casamento lindo de um casal pra lá de fofo foi muito bom. Às vezes me sentia sobrecarregada com tanta gente pois não sou mais tão social como antes mas valeu de qualquer forma. Uns confortinhos desses faz bem de vez em quando.


terça-feira, fevereiro 14, 2017

Amori para Prefeito

É Valentine's Day!
Ótima oportunidade para falar da campanha do amigo Paul E. Amori para prefeito. Na verdade esse amigo era conhecido por outro nome e criou esse personagem há alguns anos quando começou a produzir festas e espaço artístico de Valentine's Day e festivais, tudo em nome do amor. No ano passado ele registrou o novo nome dele, algo bem fácil de se fazer nos EUA e contou que ia se candidatar a prefeito. Eu achei que era zoação mas de repente lá estava o Amori coletando assinaturas para a candidatura pelo Partido do Amor.
No dia 7 de março tem eleições. Como não tem campanha, panfletos e o voto não é obrigatório, muita gente nem sabe sobre as eleições.


domingo, novembro 06, 2016

domingo, julho 31, 2016

A Conselheira

Eu sou a funcionária mais velha no meu trabalho. Daí os meninos vêm tudo me contar da vida deles, inclusive amorosa. Acho bonitinho. Virei a irmã mais velha da galera, pelo jeito.

Ultimamente tenho várias amigas passando por muito aperto, uns problemas bem difíceis e estou fazendo o máximo pra ser a velha Gisele de outrora e ouví-las pra dar uma força. No Brasil todo mundo vinha desabafar comigo. Acho isso tão importante. Por experiência, a sensação de isolamento é a parte mais difícil nessas horas. 

E agora estava conversando com um amigão do Rio. Somos grandes amigos há 22 anos. Felicidades em manter minhas antigas amizades mesmo fora do Brasil há 16. Daí ele tocou num assunto delicado pra mim. Ele está/estava namorando uma colombiana que mora em NY. Todo carioca que eu conheço é super apegado ao Rio mas como ele não tem muito trabalho agora, resolveu planejar de vir. Daí ela se apavorou e terminou com ele por causa da distância. Só que ele disse que essa coisa de terminar via internet não é pra ele e vai vir de qualquer forma mesmo sem o ok dela. Já até arranjou um lugar pra ficar temporariamente. Ele nunca se deu muito bem na área do amor (assim como eu) mas espero que dê tudo certo dessa vez. Ele merece. Caso contrário, valeu a aventura. 

sábado, abril 16, 2016

Amigos = família escolhida

Essa semana uma outra turma da adolescência formou um grupo no Facebook e aí recomeçou a sessão túnel do tempo de novo. Já tinha revivido tempos de outrora com o pessoal da faculdade e os Ratos do Subúrbio. Foi a época em que minha mãe tinha acabado de partir pra outro país e esse pessoal, que me acolheu com tanto carinho e cuidado, influenciou muito a minha formação. Eu nunca tive muita base familiar, então os amigos sempre foram a minha família.
Desde que a depressão começou, houve um distanciamento entre eu e os amigos americanos e sinto mais vontade de conectar com os amigos brasileiros. Na verdade, minha distância com os amigos brasileiros aqui sempre foi devido a dificuldade de marcar alguma coisa com eles, além da possessividade de casais que só não vejo entre os amigos jornalistas e os brasileiros burners.

Hoje um amigo desse grupo mandou esse texto e me identifiquei bastante com isso.

Um jovem recém-casado estava sentado num sofá, num dia quente e úmido, bebericando chá gelado, durante uma visita ao seu pai. Ao conversarem sobre a vida, o casamento, as responsabilidades da vida, as obrigações da pessoa adulta, o pai remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo e lançou um olhar claro e sóbrio para seu filho.
- Nunca se esqueça de seus amigos! - aconselhou. Serão mais importantes à medida que você envelhecer. Independentemente do quanto você ame sua família, os filhos que porventura venham a ter, você sempre precisará de amigos..
Lembre-se de ocasionalmente ir a lugares com eles; faça coisas com eles; telefone para eles...
Que estranho conselho! (Pensou o jovem). Acabo de ingressar no mundo dos casados. Sou adulto. Com certeza, minha esposa e a família que iniciaremos serão tudo de que necessito para dar sentido à minha vida!
Contudo, ele obedeceu ao pai. Manteve contato com seus amigos e anualmente aumentava o número de amigos. À medida que os anos se passavam, ele foi compreendendo que seu pai sabia do que falava. À medida que o tempo e a natureza realizam suas mudanças e seus mistérios sobre um homem, amigos são baluartes de sua vida.
Passados 50 anos, eis o que aprendi:
O Tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa..
As crianças crescem.
Os empregos vão e vêm.
O amor fica mais frouxo.
As pessoas não fazem o que deveriam fazer.
O coração se rompe.
Os pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras terminam.
Os filhos seguem a sua vida como você tão bem ensinou.
MAS... os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo e quantos quilômetros estão entre vocês.
Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo por você, intervindo em seu favor e esperando você de braços abertos, e abençoando sua vida!
E quando a velhice chega, não existe papo mais gostoso do que o dos velhos amigos... As histórias e recordações dos tempos vividos juntos, das viagens, das férias, das noitadas, das paqueras... Ah!!! tempo bom que não volta mais... Não volta, mas pode ser lembrado numa boa conversa debaixo da sombra de uma árvore, deitado na rede de uma varanda confortável ou à mesa de um restaurante, regada a um bom vinho, não com um desconhecido, mas com os velhos amigos. 
Quando iniciamos esta aventura chamada VIDA, não sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante, nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros.

sábado, abril 02, 2016

Adeus


A comunidade do Burning Man em Los Angeles perdeu 2 pessoas na semana passada. Na segunda Erin Storm de 41 anos teve um acidente de ultra-leve aqui em Los Angeles. Na sexta Nicholas Alvarado de 33 anos, mais conhecido como DJ Pumpkin, teve um acidente de carro no Texas quando ia se apresentar num festival.

Eu nunca tinha visto meus amigos sofrerem tamanho impacto com a passagem de alguém como agora com o Nick. Já li mais de 10 artigos em vários websites incluindo o Huffington Post e a revista Billboard, além de vídeos, programas de rádio e centenas ou milhares de homenagens e recordações no Facebook. No memorial que vai acontecer neste domingo (4 de abril), 1300 pessoas já confirmaram presença, algumas vêm até mesmo de outros países. Mais 4 memoriais acontecem neste fim de semana, além do memorial em São Francisco essa semana.

Jamais vou esquecer da expressão de felicidade de todas as pessoas durante os sets do Pumpkin no festival Lightning in a Bottle. Era pura luz e amor. Jamais vi essa reação com nenhum outro DJ na minha vida, e olha que conheço muitos. Pra nós que fizemos parte da produção do festival, se encontrar durante o set dele tinha virado tradição há pelo menos 5 anos. Lá celebrávamos a nossa conexão e aquilo que tínhamos criado.

Por mais triste que seja a partida dele, é bonito ver quanto amor e inspiração ele trouxe, sempre com humildade, risadas e generosidade. Também percebo como essas pessoas que conheço há mais de 10 anos estão muito ligadas uma na outra. Mesmo aqueles que não conheciam o Nick estão sentindo uma tristeza, uma energia pesada e uma vontade de chorar essa semana. É bom ver como eles se unem diante de certas dificuldades organizando fundo de arrecadação, memorial, vídeos e encontros pra poderem compartilhar a dor e histórias.

Não sou muito fã do conceito de deuses e divindades mas acredito muito em energia, conexões, reencarnação, a força do amor e física quântica. O amor é uma energia universal que transcende qualquer divindade, qualquer deus, qualquer religião. Talvez a morte do Nick cause um impacto menor em mim do que em meus amigos pois não vejo como um fim definitivo e a mortalidade já não me assusta tanto. A crença na reencarnação me conforta. Acredito que a morte é parte de um processo contínuo de evolução da alma e nossa vida aqui é apenas um capítulo. Sei que é difícil vê-lo partir tão jovem e ele vai fazer uma falta tremenda mas que bom que ele foi essa fonte de felicidade pra tantas pessoas. Apesar da humildade e simplicidade, ele era um cara forte e corria atrás do que acreditava. Mesmo depois de se tornar famoso no circuito de música eletrônica e festivais, ele nunca teve atitude de estrela e sempre falou com todo mundo atenciosamente.

Abaixo o link de um vídeo lindo dele:

 A Tribute to Nicholas Alvarado aka Pumpkin
While shooting the Dreambox documentary we asked one of the community's best DJs, Pumpkin, what his dream was. Now that he has recently passed away, it is only appropriate to share that Nick was living his dream. Project DreamBox was created in part from the motive that life can be too short not to spend it doing the things we always dream of. May we all live our dreams like Pumpkin did. Rest in Peace Nick. You will never be forgotten. Posted by Project: DreamBox on Sunday, 27 March 2016

Mais alguns artigos sobre o impacto da presença dele:

Beatport
Lost in Sound
Huffington Post

"Music to fall in love to"
One suggestion I have to truly honor his legacy of love, is to fearless express more of it. That doesn't just mean with those easy to love. It's the hardest to love that bring forth the most profound transformation. If there is anything to learn from this, is to not wait, as tomorrow is never promised. Let us not contract with fear, rather e-x-p-a-n-d into untapped depths of love.  Marques Wyatt, DJ

"Your energy liberated me from a past that was holding me back and preventing me from being true to my self. It was that moment in LIB, while enjoying your music, I made the decision to leave it all behind and move on. Years later I find myself in a much better place and finally at peace. No one will comprehend the deep impact you had on my life. Thank you ♥"

On the dancefloor during a Pumpkin set, though, one didn’t feel so much like they were escaping, but rather that everything was going to be okay.

Let us take this unfortunate life lesson to heart – be your own acorn. Find your potential and live every day to its fullest. Tell your friends you love them. Find strength in community and ask for help when you need it. Open up to vulnerability, and hold space for others to be vulnerable. Be brave enough to grieve and cry. Follow your dreams. Live with no regrets. Be present. Embrace your inner Muppet! Appreciate life as a blessed gift and don’t ever take it for granted. And never stop dancing.

segunda-feira, dezembro 07, 2015

Visitas

Sempre curti receber visita (desde que não passasse de 10 dias). No tempo que morei no Rio, nosso apê era pousada de Floripa. Daí quando voltei pra Floripa, tinha sempre visita do movimento estudantil e amigos de amigos, até estrangeiros. Uma vez ficaram 6 amigos lá em casa, num apê pequeno de um quarto.
Aqui em LA, no entanto, não recebi muita gente até hoje a não ser um amigo que veio 2x e ficou 4 meses.

Então essa semana recebi a visita de 2 amigões da época da adolescência. Naquela época, eu andava com um bando bem maluco de skatista/surfista e por isso eu era muito moleque. Eu praticamente era a mascotinha da turma e uma das raras meninas que andava com eles. A gente se chamava Ratos do Subúrbio (RxDxSub). Fizemos várias aventuras, pegamos carona pra October, surf trips, muitos porres e muitas festas de penetra. Quando entrei pra faculdade, eu perdi o contato com eles até 2 ou 3 anos atrás quando nos reencontramos pelo Facebook.
Pra relembrar os velhos tempos, aproveitei a chance pra espairecer um pouco e eu e a Nina nos jogamos no carro deles. Esta foi a 6a. vez que fiz a viagem pelo Big Sur. Apesar de algumas lembranças, sempre curti aquele lugar tão remoto no meio da Califórnia. Parei pela primeira vez em Monterey onde visitei o aquário que é super famoso. Eu sei que parece ridículo mas eu me conectei com um badejo gigantesco e nunca imaginei conectar com um peixe assim. A gente ficou se olhando um tempão, mesmo quando mudei de lugar ele me seguiu. Parecia que a gente estava lendo os pensamentos um do outro.
No dia seguinte, visitamos uma amiga em Santa Cruz, me despedi dos amigos quando chegamos em SF e fui pra casa dos amigos em Berkeley, onde conheci a universidade pela primeira vez. Já fui inúmeras vezes pra San Francisco mas nunca tinha passado tempo em Berkeley. Eu adoro cidade de clima universitário. O lugar parece uma mistura de cidade europeia com vila hippie. Super gracinha.
Pra fechar, consegui uma carona de volta pra LA com outro amigo. Eu preciso dar um jeito de sair de LA com mais frequência. Preciso conhecer uns mochileiros que nem eu. Sair da rotina me faz um bem danado.





Biblioteca de Berkeley


sexta-feira, novembro 20, 2015

Estigma da Depressão

Um dos maiores desafios da depressão é a solidão. O pessoal que eu tinha mais contato parou de me procurar quando eles perceberam que eu estava mal. Eram pessoas que eu convivia há 12 anos. 
Como eu não posso contar com família, eles me ajudaram muito durante o meu câncer e o câncer da minha mãe e talvez por isso não quiseram lidar com mais um problema. Mas de fato, ninguém sabe lidar com alguém em depressão.
Um dos meus amigos que costumava ser um dos mais próximos acabou de me mandar uma mensagem após muitos meses perguntando como eu estava e respondeu: não melhorou ainda?

Eu sei que eu tenho que trabalhar o meu amor interno e que não posso contar com ninguém. Vou aprender a ser forte de novo e estar feliz na minha. Em todos os livros que estou lendo, dizem que a solidão é um dos maiores fatores da depressão mas às vezes a gente não sabe como superá-la quando tanta gente quer distância.

quinta-feira, novembro 05, 2015

Cada um por si

O tema na minha timeline do Facebook esta semana foi "seu problema não é meu problema". Vários amigos escreveram sobre "amigos tóxicos", sobre manter distâncias de pessoas que reclamam, que tem problemas, etc.

Me dá um nó na garganta quando penso nesse assunto. Por um lado, a gente não quer ninguém sugando nossa energia. Sempre se lê que devemos nos cercar de pessoas felizes, pra cima.

Por outro, as pessoas não tão felizes são as que mais precisam de ajuda.
Por isso acho que as pessoas depressivas acabam se isolando cada vez mais. Até onde vai esse limite de dar força pra um amigo e não se envolver demais?

Me sinto grata por tanta gente ter me ajudado durante meu tempo no hospital no ano passado mas quando o lance é emocional, a coisa complica. Depois eles não entendem porque já perdemos tantos amigos por suicídio. Assim que perdemos alguém, sempre dizem por favor liguem pra mim se precisarem. Depois de uma semana, o pensamento de não me envolva nos seus problemas toma conta de novo.

A minha definição de amizade é estar cercada de gente que está no seu lado nas horas boas e ruins. Apesar que quando não estou legal, eu falho como boa amiga.

Eu sei que depressão é algo mais complicado e geralmente as pessoas não sabem como lidar com isso. É nessas horas que eu penso, será que não estou interpretando direito?

segunda-feira, outubro 19, 2015

Brasil?

Depois de conversar com minha melhor amiga no Brasil, veio a ideia de voltar pra lá porque tô carente de colo. 20 anos de amizade e às vezes acho que só ela me conhece de verdade.

quarta-feira, janeiro 23, 2013

Brasil

Passei as últimas 5 semanas no Brasil cuidando da minha mãe que passou por uma cirurgia e curtindo um pouco o verão tropical.
O roteiro geralmente não muda muito: passar tempo com os pais, comer o máximo de frutos do mar que eu puder, tomar umas cervejinhas com os amigos de faculdade e pronto.
O que teve de diferente dessa vez foi finalmente ter feito uma nova trilha pra uma comunidade de 20 famílias que vivem isoladas.

Além disso, organizei um clothing swap, ou melhor, um troca-troca de roupas com a mulherada pra disseminar esse costume e acho que foi um sucesso.

O que valeu mesmo foi a realização do 1º Encontro Nacional de Bambolê. Quase na beira de uma praia tranquila no norte da Ilha de Floripa, o encontro não podia ter sido melhor.  Tivemos participantes do Nordeste ao Sul. Foram 3 dias de oficina, aprendizado, ótima comida e muito amor. Todo mundo se deu muito bem e sem muito stress.

Outra coisa que sempre me surpreende nas minhas andanças por lá é a galera da faculdade. Vinte anos se passaram desde que entramos e todo ano é isso. Nos reencontramos e nunca falta assunto. Isso porque cada um mora num canto do mundo mas fim de ano todo mundo passa na ilha. Eu nunca tinha visto um curso na universidade onde as pessoas continuam mantendo contato a vida toda. E não é um ou outro não. Foram alunos ingressos principalmente entre 1989 e 1998. Vários alunos e até professores se casaram. Isso é o que chamamos de reprodução em cativeiro. Gostoso foi ouvir deles que eu rejuvenesci e pareço mais feliz.
Valeu ainda mais por ter convencido algumas das amigas a começarem a bambolear. Spreading the hoop love, oh yeah!

sábado, janeiro 21, 2012

De volta ao passado

Um grupo no Facebook dos estudantes de Jornalismo da UFSC criado há duas semanas tem me deixado na internet mais tempo do que o normal, e olha que já passo muito tempo no computador. A princípio era pra ser uma coisa mais dos calouros, até entrar o Mutley, meu amigo há 22 anos desde os tempos de 2º grau, que chamou todo mundo "dazantiga".  Agora com mais de 800 membros entre professores, alunos e ex-alunos  desde a abertura do curso em 1979, são centenas de postagens diárias e muitas fotos. Imagina 800 jornalistas juntos e a fome que é de se comunicarem? E eu relembrando uma fase que já estava bem apagada na minha memória.
Após 12 anos nos Estados Unidos, conheci tanta gente nesse meio tempo que minha vida no Brasil parece quase algo de outra encarnação. Está sendo uma delícia reviver esse passado, não que queira que voltasse mas que bate saudade bate.
Tenho ótimas recordações do meu tempo de faculdade, praticamente vivia lá dentro e em congressos, conheci cada pedacinho daquela universidade. Não segui muito a profissão mas não me arrependo um minuto de ter estudado lá. Até hoje nunca vi uma turma de universitários em nenhum lugar do mundo que tenha criado tantos laços como nós criamos naquele curso de Jornalismo na década de 90. Quando volto ao Brasil, são eles que eu encontro.
Como ávida por comunicação que eu sou, está super gostoso reencontrar amigos, rir, ler tudo e comentar, mas não tanto quanto o Mutley, diga-se de passagem. Aí veio o vício pois a cada hora que me afasto a gente perde o bonde andando. Aos poucos tudo se normaliza pois tenho muitos projetos pra tocar nesse início de 2012. Ser dona do próprio negócio requer muito tempo respondendo e-mails e pensando em formas de melhorar.
Apesar do tempo gasto na companhia cibernética da turma nesta semana, esse excesso está servindo de inspiração.  Bateu saudade de escrever. Não só aqui, bateu uma saudadezinha também de mexer com jornalismo. Ter vindo pra cá com pouca experiência em jornalismo, impossibilitou mandar muitas matérias. Trabalhar aqui com nível de inglês que eu tinha também era bem inviável. Eu sei que alguns colegas conseguiram mas eu desviei para o lado artístico. Agora deu vontade. Os contatos são grandes, o inglês é fluente. Será que há possibilidade?

segunda-feira, novembro 15, 2010

Jantares

A maioria dos encontros entre amigos por aqui acontece em restaurantes, que eu acho impessoal e  sempre na correria. Acho bem mais interessante jantares como neste último sábado na casa da Kat e do Jason, ainda mais nessa época do ano com o frio chegando. Foram quase 20 convidados e entre eles, ótimos cozinheiros. Cada um preparou algo especial e tivemos um cardápio com pato, carne defumada, sopa de abóbora e curry, pudim de leite (que eu não preparava há anos), bolo de chocolate, creme brulè, etc.
Eu fiquei estufada e quase passei mal. Não consegui me mexer até a manhã seguinte. Acho que foi a carne, já que eu tenho uma alimentação bem vegetariana.

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Thanksgiving

Novamente passei essa data no deserto. Ano passado acampei em 29 Palms e este ano fiquei em Palm Desert, a 2 horas de Los Angeles. Desta vez sem congelar muito porque ficamos na casa da Dawna e do Kai, amigos de longa data.
Entre os 15 convidados, a maioria americanos, também tinha 3 alemães, 2 brasileiros e um indiano. E a criatividade dos nossos anfitriões fez o jantar ainda mais especial. Eles pintaram 2 portas que serviram de mesa e todos nós tínhamos lugar marcado com desenhos da gente. No dia seguinte também preparamos um jantar indiano coordenado pelo Sai. Todo mundo ajudou a cozinhar e todos saíram chorando de tão apimentado que era.
O único dia de congelar foi quando fomos ao Parque Joshua Tree e nevou. Nossa caminhada não durou muito tempo, já que ninguém imaginou que estivesse tão frio.
Valeu! Esse foi o meu melhor Thanksgiving.

terça-feira, agosto 25, 2009

Verão Gelado em San Francisco

Passei o último final de semana em San Francisco. O principal motivo foi rever a Malu Gaspar, amiga há 14 anos, que hoje mora no Rio. É raro receber visitas do Brasil. Foi ela quem me introduziu o movimento estudantil de comunicação e a autora Clarice Lispector, ambos fundamentais na minha vida.
Minhas visitas a San Francisco consistem em passar boa parte em restaurantes. Desta vez não foi diferente.
No entanto, aproveitei pra rever todos os amigos e ouvir de todo mundo novamente que eu deveria me mudar para lá. Morro de vontade mas o frio neste fim-de-semana me fez pensar se eu aguentaria. Sempre me falaram do frio no verão de San Francisco mas é a primeira vez que vou nessa época e finalmente entendi. A gente andava de luva e cachecol o dia todo! Nunca vi isso. Acho que até o Alaska é mais quente nesta época do ano.
No último dia descobri que o Tobias tinha voltado do Cambodia. Veja postagens anteriores sobre Human Translation. Foi a oportunidade perfeita pra conversar sobre projetos (assunto para um outro dia).

sábado, julho 25, 2009

Casório


Semana passada após 9 anos nos EUA, fui ao primeiro casamento como convidada. Foi lindo porque amo este casal, o Shoghi e a Lily. A cerimônia teve 200 convidados e metade estava chorando quando os noivos leram os votos. Casamento cosmopolita é assim: a cerimônia foi bilingue e a parentada que foi na frente abençoar a união falou em inglês, espanhol, hebraico e bahai. Depois teve a festa onde toda a comunidade burner* apareceu. Aí eles releram os votos e alguns convidados refizeram o discurso com as partes mais apimentadas da história. É comum durante o casamento americano algumas pessoas contarem na frente como eles se conheceram, o que admiram no casal e tal. O Shoghi e a Lily tem apenas 24 anos, difícil ver um casal tão novo casar-se nesta turma mas todos concordam que eles são muito fofos juntos. Raro ver tanto respeito entre 2 pessoas. O que os diferencia de qualquer casal que já conheci é que eles praticam o poliamor. Olhei a definição no Wikipedia em português mas não é tão bem explicado como na versão em inglês pois polyamory difere de poligamia. A maioria das pessoas ficam chocadas quando ouvem falar disso mas eu vou te dizer, a Lily explica de uma forma bem plausível.

A propósito, eu não sou muito chegada em casamento e nunca me vi vestida de noiva atravessando um corredor com um monte de gente olhando pra mim mas esse casamento que vi no YouTube foi legal.

segunda-feira, julho 20, 2009

Cirque Berzerk

Imagine um Cirque du Soleil criado pelo diretor de Edward Mãos de Tesoura, Tim Burton. Sexta passada fui assistir Cirque Berzerk no centro de Los Angeles. Um show sexy, obscuro, gótico onde até o palhaço é meio assustador.
Eles estarão em cartaz até 30 de agosto e eu recomendo o espetáculo.

Agora não posso deixar de comentar que metade do "elenco" e produção são amigos meu. Acompanhei a criação e o crescimento deste circo mas confesso que eles me surpreenderam desta vez. Sinto muito orgulho de ver como eles cresceram e transformaram suas paixões em profissão. A tenda tem capacidade para 1400 pessoas e o show é mais original e profissional que muitos circos que assisti mundo afora. Além do mais, na parte de fora você pode assistir o show da banda Vaud and the Villains composta por 18 membros. Eles tocam no intervalo e após o espetáculo. Há também várias barraquinhas vendendo o melhor da moda "burner" e alternativa da cidade.

quarta-feira, julho 15, 2009

"Open mind"

Eu falo isto todo o ano mas não irei ao Burning Man desta vez. É hora de dar uma trégua novamente. Eu sei que daqui a um mês vou estar louca pra ir porque todos os amigos estarão se preparando mas eu quero muito viajar para outros lugares, principalmente para Ásia.

O engraçado é que volta e meia aparece um amigo brasileiro me contando que agora tem a mente mais aberta para novas experiências. Realmente hoje em dia vejo vários brasileiros nessa comunidade. Fico feliz por muitos deles estarem deixando os preconceitos de lado. Essa semana um me disse que agora ele aceitaria a idéia de ir para o festival no deserto. Esse é um amigo que comia no mesmo restaurante brasileiro absolutamente todos os dias. Imagina? A primeira coisa que eu quis fazer em Los Angeles é justamente provar todos os tipos de comida do mundo. Teve outro que morou comigo 8 anos atrás e agora vive no Brasil. Disse que agora andaria comigo direto se estivesse aqui. Ou seja, eles vêm me explicar que hoje em dia admiram a minha loucura. haha! Pois é, eu adoro novidades, surpresas, quebra de padrões e regras e tentar não pré-julgar nada.

segunda-feira, abril 27, 2009

Às moscas

É como está esse blog. Só pra não perder a mania de dar desculpa vou culpar o Facebook, já que estou sempre atualizando aquele troço.

Estive na região do vinho em Napa há dois fins-de-semana. Motivos: despedida do Orion que está se casando e vai se mudar para Nova York; Tobias que chegou há pouco do Cambodia e não víamos há 2 anos; e por último o Peter que em breve também está se mudando para o Cambodia. Foram ao todo 24 pessoas. Passamos o dia em 2 vinícolas e pudemos colocar a conversa em dia com amigos do norte que não falávamos há um bom tempo. Nada como dias como esses pra voltar pra rotina mais energizada.
Enquanto isso, no deserto milhares de pessoas pulavam no Coachella, o maior festival de música da Califórnia. A companhia de eventos em que eu trabalho de vez em quando, The DoLab, há 4 anos tem um espaço reservado no evento. Eles montam seu próprio palco com DJs e apresentação do grupo Lucent Dossier, que foi destaque no LA Weekly desta semana.

Foto: Katie Lee. Instalação do DoLab este ano.