quarta-feira, dezembro 23, 2015

Cinema 4Dx

Preciso fazer as malas e terminar o trabalho pois eu parto amanhã mas quero comentar rapidinho que fui assistir Star Wars num cinema 4Dx, o primeiro do país. Foi como ir a um parque temático. Além de ser 3D, as cadeiras se mexiam durante as batalhas e você experimenta água, cheiro e vento durante o filme. Não é algo que eu faria o tempo todo mas foi interessante com Star Wars.

A propósito durante toda a minha vida, jamais tinha visto um fenômeno de marketing como esse filme. No Arclight, das 15 salas de exibição, 14 estavam passando o filme e todas estavam lotadas o fim de semana inteiro. Tinha sessão até mesmo às 5 da manhã (e estava lotada).

terça-feira, dezembro 22, 2015

Kurt Cobain

Quando o Nirvana surgiu, eu achava os caras meio bossais e não queria gostar da banda apesar de estar numa fase de rock pesado e me identificar com o grunge. Só que por mais que eu evitasse, o fato é que toda vez que tocava Nirvana, eu me ligava cada vez mais. Eu não queria admitir mas eu adorava a música deles. Me lembro até hoje daquele abril de 94. Eu estava saindo de vez da casa dos meus avós, morando sozinha por definitivo, fui passar na casa de uma amiga e vejo a manchete do jornal. Que choque! E 3 semanas depois foi a vez de um outro ídolo, Ayrton Senna.

Eu só estou 21 anos atrasada nessa história mas eu sempre achei que ele realmente tinha cometido suicídio, mesmo depois de assistir o documentário Kurt & Love (ou algo assim). Achava que tudo não passava de muita especulação baseado na natureza agressiva da Courtney Love. Hoje não sei por que cargas d'agua acabei assistindo inúmeros vídeos sobre a morte dele. Após muitos vídeos e leituras, fiquei com a pulga atrás da orelha e o triste é que a esposa nunca foi questionada pela polícia. Tem muita informação que não fecha com os dados oficiais.

Eu não acho que teorias da conspiração sejam sempre algo sem sentido como muita gente pensa. Algumas coisas eu nunca dei muita atenção, outras acho que apresentam dados suficientes pra ao menos questionar uma história porque nós sabemos que histórias contadas são versões e não fatos.

Pensar na possibilidade dessa mulher realmente ter feito isso e saído completamente impune é de uma tristeza só. Acabar com um ídolo, uma pessoa que estava buscando a paz depois de anos de dor. Coitada da filha também que mal conheceu o pai.

Mais sobre este caso:

http://www.cobaincase.com/
http://21stcenturywire.com/2014/04/03/bleach-blood-lies-a-look-back-on-the-death-of-kurt-cobain-20-years-later-part-one/
https://www.dollarvigilante.com/blog/2014/04/04/who-killed-kurt-cobain-twenty-years-later-the-free-market-lo.html

domingo, dezembro 20, 2015

O lado bom de ser sozinha

é que não tenho que entrar nessa onda consumista de comprar presente no Natal. Essas lojas lotadas de gente nessa época e eu nem preciso chegar perto. Eeeeee!

Alô 2016

2013 foi um ano estressante de conflitos, mudanças, etc. Mal fazia ideia que tinha um tumor se desenvolvendo em mim e no Pimpy. Daí veio 2014. Vixe! Quando 2014 acabou, eu estava animada com o fim daquele ano (ou dois) tão difícil. Me senti grata pelo apoio de tanta gente e vi que era uma lição pra exercitar o let it go mais do que nunca. Eu não imaginava que 2015 seria tão difícil quanto (ou mais). E o let it go foi por água abaixo. Sabe aquelas lutas de iniciante contra alguém experiente que você consegue se recuperar de um golpe, acha força pra se levantar e aí vem outro logo em seguida?
Quem me dera se houvesse uma máquina como no filme "Eternal Sunshine of a Spotless Mind" e eu pudesse tirar da memória certas lembranças da vida. Às vezes temos que passar por momentos de desafios pra chegar no fundo do poço, rever todos os nossos conceitos com outros olhos e aprender com os problemas que a gente enfrenta. E renascer como um novo ser. Que assim seja!
Bem, pelo menos no campo profissional eu tenho motivo pra ser grata. Tive bastante trabalho e esforço reconhecido. Grata pela força que minha mãe me deu. Grata pela minha Nina, minha pequeninha de 4 patas que acabou de fazer 11 anos e que felizmente pode me acompanhar no trabalho. Grata por me dar bem com as pessoas no meu trabalho. Grata por conseguir me virar sozinha desde os 18 anos sem ajuda de ninguém. Grata por mais um ano de vida após o câncer. Grata pela força que meu amigo Darren me deu pra arrumar meu cantinho.
Dizem que os ciclos acontecem de 7 anos em 7 anos e se eu parar pra pensar, 2000 foi o ano que vim pra cá, muita coisa boa rolou e o ciclo terminou com 2007 como um ano fantástico pois eu estava super bem e segura comigo mesma. 2008 deu uma virada dramática.
Quem sabe esse novo ciclo de 7 anos tenha mais auto-estima, positivismo, força, amor, saúde, felicidade, paz e menos stress na minha vida? Está na hora do ciclo ruim acabar, não é?

Daqui a 4 dias eu viajo, então desejo a todos um Feliz Natal e um grande 2016. E que venha o novo ciclo!

Se você também está solteiro e lê inglês, recomendo este post de um ex-aluno, que hoje em dia é life coach na África do Sul: 7 Reasons why you are still single

sexta-feira, dezembro 18, 2015

Dualidade Política

Sempre tive um certo interesse em política. Não é à toa que fui bem envolvida com o movimento estudantil e até participei do Congresso da UNE. Com 13 anos já organizava greve na escola. Sou rebelde por natureza.
Meu envolvimento, no entanto, é limitado pois tudo acaba em muita discussão.
No Brasil agora temos a história do impeachment e a eterna corrupção. Acho que nunca tinha visto uma dualidade tão grande.
Aqui, em pré-campanha presidencial e massacres. Entre os argumentos das pessoas que são a favor de cada um ter a sua arma e as pessoas taxando todo mundo que é a favor de um uso melhor do dinheiro público ser chamado de comunista, dá vontade de...
Dá vontade de...
O resto do mundo critica muito os EUA por sua visão imperialista mas o fato é de que este sempre foi um país dividido em suas opiniões. As eleições geralmente são acirradas. Lembram da absurda Guerra do Vietnã e as várias grandes manifestações na época contra aquela guerra? Foi quando nasceu o movimento hippie de paz e amor. Bota dualidade nisso.

quarta-feira, dezembro 16, 2015

Coração de Cigana

Nessa mente que eternamente perambula por tantos mundos...
Sempre quis experimentar um pouco de muitas cidades.
Sempre quis morar em vários lugares.
Sonho com San Francisco há muitos anos com sua arquitetura linda e mentes pensantes e ecológicas.
Sonho com Berlim e sua cultura efervescente.
Sonho com Ojai, aqui no ladinho com sua energia hippie e águas termais.
Sonho com Floripa mas não continuo essa frase.
Sonho com uma comunidade perto de uma cidade grande.

Casinha!

Minha casinha está quase pronta!
Falta pendurar uns quadros, me desfazer de uma caixa, comprar uma secadora e me livrar do resto  das coisas do ex que deixou um bocado de coisa quando partiu.
Levou quase 2 anos mas finalmente posso dizer que está bem ajeitadinha.
Ainda tenho vontade de me esconder no mato mas tenho consciência de que sozinha não vai rolar. A solução por enquanto é continuar colocando mais plantas pela casa e jardim.

segunda-feira, dezembro 14, 2015

Natal

Esse vai ser o Natal mais diferente da minha vida. Vou passar dentro de um avião mas não tem problema pois eu não estava com vontade de celebrar nada esse ano. Natal me deixa mais emotiva do que já sou e esse ano não preciso mais disso. Em compensação não vou passar o Ano Novo no invernão. Que bom!

Tirando o Burning Man este ano, eu não tiro férias há 2 anos e aquelas férias nem foi muito férias. Agora falta avisar o chefe de que vou viajar. Não vejo a hora de dar um tempo da rotina. Viajar geralmente é a única coisa que me anima um pouco quando não estou bem.

terça-feira, dezembro 08, 2015

Off grid (sem contas)

O americano é bem conhecido por ser um pouco exagerado: casas grandes, carros grandes e garagens abarrotadas de coisas.
Em contrapartida dessa ideologia, vejo cada vez mais um movimento inverso: o minimalismo. Tenho várias amigas que tentam possuir o menor número de coisas possível e ter uma casa com pouquíssimas coisas, sem um monte de cacareco. 
Além disso, há também o movimento tiny house que tem ganhado força. São casas minúsculas móveis feitas a mão. A intenção com isso é viver com menos dívida e com mais consciência ecológica. 
Hoje assisti um vídeo de um cara residente em San Diego que vai mais além disso, onde ele não tem nem conta de eletricidade ou água. 


Eu tenho uma fascinação por estes movimentos e gosto de ler sobre isso mas fico bem dividida. Uma parte minha gosta de mais conforto e espaço e o pior, sempre tive a tendência de ser super junta-tralha. Não faço questão de luxo mas seria legal ter um escritório/biblioteca/quarto de visita. Já saí pelo mundo com uma mochila por um ano e curti bastante. Trocava as roupas com os amigos a medida que ia trocando de cidade mas fiquei cansada depois de um ano. Agora moro num lugar bem pequenininho e estou mais consciente em relação ao acúmulo de coisas e felizmente já consegui diminuir bastante o volume de coisas mas será que eu conseguiria me livrar de ao menos metade do que eu tenho pra viver num lugar menor ainda do que meu apê? Não sei.
Como eu não gosto de simplesmente jogar as coisas fora no lixo, prefiro esperar a oportunidade pra dar algo pra um amigo que está precisando e aos poucos diminuindo o volume, usando os cremes sem comprar mais, dando louça pra vizinha e por aí vai. 

segunda-feira, dezembro 07, 2015

Visitas

Sempre curti receber visita (desde que não passasse de 10 dias). No tempo que morei no Rio, nosso apê era pousada de Floripa. Daí quando voltei pra Floripa, tinha sempre visita do movimento estudantil e amigos de amigos, até estrangeiros. Uma vez ficaram 6 amigos lá em casa, num apê pequeno de um quarto.
Aqui em LA, no entanto, não recebi muita gente até hoje a não ser um amigo que veio 2x e ficou 4 meses.

Então essa semana recebi a visita de 2 amigões da época da adolescência. Naquela época, eu andava com um bando bem maluco de skatista/surfista e por isso eu era muito moleque. Eu praticamente era a mascotinha da turma e uma das raras meninas que andava com eles. A gente se chamava Ratos do Subúrbio (RxDxSub). Fizemos várias aventuras, pegamos carona pra October, surf trips, muitos porres e muitas festas de penetra. Quando entrei pra faculdade, eu perdi o contato com eles até 2 ou 3 anos atrás quando nos reencontramos pelo Facebook.
Pra relembrar os velhos tempos, aproveitei a chance pra espairecer um pouco e eu e a Nina nos jogamos no carro deles. Esta foi a 6a. vez que fiz a viagem pelo Big Sur. Apesar de algumas lembranças, sempre curti aquele lugar tão remoto no meio da Califórnia. Parei pela primeira vez em Monterey onde visitei o aquário que é super famoso. Eu sei que parece ridículo mas eu me conectei com um badejo gigantesco e nunca imaginei conectar com um peixe assim. A gente ficou se olhando um tempão, mesmo quando mudei de lugar ele me seguiu. Parecia que a gente estava lendo os pensamentos um do outro.
No dia seguinte, visitamos uma amiga em Santa Cruz, me despedi dos amigos quando chegamos em SF e fui pra casa dos amigos em Berkeley, onde conheci a universidade pela primeira vez. Já fui inúmeras vezes pra San Francisco mas nunca tinha passado tempo em Berkeley. Eu adoro cidade de clima universitário. O lugar parece uma mistura de cidade europeia com vila hippie. Super gracinha.
Pra fechar, consegui uma carona de volta pra LA com outro amigo. Eu preciso dar um jeito de sair de LA com mais frequência. Preciso conhecer uns mochileiros que nem eu. Sair da rotina me faz um bem danado.





Biblioteca de Berkeley


sábado, novembro 28, 2015

The grass is greener...

Até meus 28 anos eu achava que jamais ia querer ter filho. E aí aos poucos essa vontade de ter uma família foi crescendo até ficar enorme. Mal estava 2 meses com o Dan e já toquei no assunto mas ele não queria ter filhos, que foi um dos motivos da nossa separação. Depois com o Duda, os dois queriam ter filhos mas por força do destino ou da geografia não rolou.
Agora o tempo está passando mas ainda tenho vontade de adotar. Será possível adotar solteira sem um salário maravilhoso?
Hoje em dia evito ver o Facebook com suas trocentas fotos de crianças. Esses dias eu e uma amiga que é mãe estávamos falando sobre isso e ela disse que é difícil também ficar vendo fotos das amigas solteiras que estão sempre fazendo várias coisas pra si mesma, que elas têm tempo pra curtir o momento delas enquanto ela sempre na função do filho.
Aliás, eu tenho várias amigas mães que falam sobre isso, como elas sentem falta de dormir, de ter um momento quieta, sozinha ao invés de dedicar 24 horas por dia a um outro ser que elas amam.

terça-feira, novembro 24, 2015

Profissão Viajante

Hoje reencontrei um amigo que eu não via há uns 6 anos pois ele estava viajando pelo mundo. Acompanhei as aventuras dele pelo Facebook, trocamos umas palavrinhas aqui e ali esporadicamente mas eu estava super curiosa pra ouvir as histórias dele pessoalmente. Veja bem, esse tipo de aventura é bem comum entre europeus e australianos mas bem difícil de conhecer americanos que fazem isso, já que são bem conhecidos por prezarem muito o conforto e se definirem pelo trabalho duro. Não há muito incentivo para ser mochileiro.
Tim na Antártida
Ele passou alguns anos juntando dinheiro e se mandou. Viajou durante 3 anos e visitou TODOS os continentes, incluindo a Antártida. Depois disso passou um ano e meio na Rússia por causa de um amor que ele conheceu no Brasil. Conversamos sobre a readaptação, as culturas e o conceito de ser viajante. Tem pessoas que viajam pelo mundo mas pra mim SER viajante é diferente. É aquela pessoa que não segue um roteiro pré-definido, que deixa os acontecimentos determinarem o próximo destino. É aquela pessoa que ter contato e aprender com a cultura, os costumes e as pessoas é mais importante do que visitar pontos turísticos.
Eu sou e sempre fui fascinada por tudo isso e até já dei uma circuladinha pelo mundo, quer dizer, Europa, EUA e Américas, mas ainda falta muito mais. Eu adorava viajar sozinha pois lhe força a se integrar mais com as pessoas do local, apesar de que ter passado um tempo na Amazônia com a Anacris foi demais. Hoje em dia, acho que perdi o pique de viajar sozinha mas quem sabe eu não me anime de novo? A vida é muito curta pra ficar num lugar só.

domingo, novembro 22, 2015

Animal Shelter

Aqui nos EUA, como a gente vê em filmes, não tem animais nas ruas. Os cães e gatos abandonados  são levados pro abrigo de animais. Como eu adoro bicho, estava pensando em voluntariar num aqui perto de casa que está lotado mas grande parte dos shelters sacrificam os animais e eu não iria aguentar ver esses bichinhos serem mortos.

sexta-feira, novembro 20, 2015

Estigma da Depressão

Um dos maiores desafios da depressão é a solidão. O pessoal que eu tinha mais contato parou de me procurar quando eles perceberam que eu estava mal. Eram pessoas que eu convivia há 12 anos. 
Como eu não posso contar com família, eles me ajudaram muito durante o meu câncer e o câncer da minha mãe e talvez por isso não quiseram lidar com mais um problema. Mas de fato, ninguém sabe lidar com alguém em depressão.
Um dos meus amigos que costumava ser um dos mais próximos acabou de me mandar uma mensagem após muitos meses perguntando como eu estava e respondeu: não melhorou ainda?

Eu sei que eu tenho que trabalhar o meu amor interno e que não posso contar com ninguém. Vou aprender a ser forte de novo e estar feliz na minha. Em todos os livros que estou lendo, dizem que a solidão é um dos maiores fatores da depressão mas às vezes a gente não sabe como superá-la quando tanta gente quer distância.

Procura-se

Meu pai está desaparecido há 3 semanas.
Tive um sonho com ele anteontem e um mau pressentimento. Não sei o que pensar.
Sabe aqueles bandidos que você vê em filme? Pois é, esses personagens têm filhos também, ou no meu caso, filha.
Nos filmes de mocinho e bandido, você quer que o bandido se dê mal mas às vezes você cria uma simpatia com o personagem. Lembra de Pulp Fiction?
Meu pai sempre levou uma vida de bon-vivant, adora a vida social e pra mim é o grande exemplo que o crime e as drogas não compensam. Depois de conviver com a alta society, ele não conseguiu se adaptar muito a vida simples.
Por um lado, sei que é meu pai e que no fundo tem um bom coração e eu não desejo mal a ele. O lado humano dele me mostrava uma pessoa super carinhosa, brincalhona, positiva, emotiva, risonha, louca por animais e que ajudava a minha vó e as pessoas na rua. Era ótimo com projetos manuais e pintava quadros lindos.
O lado negro... uma das pessoas mais egoístas que eu já conheci. Fez pouquíssima coisa por mim, furava comigo constantemente e vivia prometendo coisas que não cumpria. Nem quando fiquei doente ele foi capaz de me ligar. Ele era extremamente mentiroso e o pior, agrediu seriamente todas as ex-mulheres e infernizou a vida da minha mãe, inclusive a ameaçou de morte. Ele perdia a cabeça por qualquer coisa e virava uma pessoa extremamente agressiva.
Se fosse um estranho que eu visse batendo em mulher, eu teria um grande ódio mas o que pensar quando é teu pai? Não quero ter ódio dele.
Nos últimos 3 anos, assim como eu, ele passou por várias barras e ficou extremamente sozinho. Daí descobri que ele está com Alzheimer e acho que já está bem sério. É muito triste chegar no fim da vida sem ter cultivado família ou amizade porque sempre foi dependente de relações amorosas.
Na época da faculdade eu cheguei a entrevistá-lo pra uma aula de Jornalismo. Eu sempre quis coletar as histórias dele para transformar num livro mas como eu nunca sabia se o que ele contava era verdade ou não, eu deixei a ideia de lado.
Agora nem sei mais se ele está vivo e o sentimento aqui dentro é muito estranho.

terça-feira, novembro 17, 2015

Mais Canal do YouTube

O canal que estou curtindo esse mês é o do Felipe Neto, um dos maiores YouTubers do Brasil. O cara é desbocado que nem eu, quer dizer, acho que ele ganha. É aquele jeito irreverente do carioca, meio palhaço mas com conteúdo. Tem uma ideologia parecida comigo de visão crítica e mente aberta. Contra o machismo, contra a homofobia e contra a mitificação das pessoas. Gostei!
Agora que acabou meu trabalho no YouTube, não sei se vou continuar muito ligada no website mas achei legal descobrir essa nova mídia formadora de opinião onde todo mundo têm mais liberdade de se expressar e de assistir o que quiser e sobre o que quiser. Minha geração usou muito o YT pra assistir videoclipes ou reprodução de vídeos mas nesses meses vi a quantidade de conteúdo que já é produzido exclusivamente pro website. E viva a diversidade!!

Mais Tempo e Casinha

Hoje acabou meu trabalho pro YouTube e esta semana várias aulas terminaram, ou seja, vou ter um bocado de tempo livre. Uma parte já fica pensando: ai meu Deus, tenho que trabalhar mais mas a outra grita: RELAXA UM POUCO, PORRA! Será que eu consigo relaxar? Vou passar de 60 horas de trabalho pra 20 e na real estou precisando. Tenho várias coisas pra resolver que ficaram pendentes esse ano: papelada da minha van, limpar a van que está empoeirada desde o Burning Man, arrumar carro, consultas médicas e principalmente me exercitar. Saudade demais da minha yoga. E nesse friozinho, quero mais é assistir umas séries e ler um pouco da enooooooorme pilha de livros que eu tenho.
Um amigo meu me convidou pra viajar pra umas cavernas em São Paulo mas não sei se estou afim de encarar o Brasil.

Em relação a minha casinha...
Eu nunca morei num lugar que eu achasse que ficaria um bom tempo. Sempre achei que ficaria no máximo um ano e no final ficava 5 pois como eu já disse, tenho pavor de mudança. O lugar que eu moro agora é meio favela. Topei na época porque era o único lugar que encontrei que não exigia contrato de um ano e como estava de mudança pro Brasil... enfim. Só que agora acho que vou ficar nesse lugar um bom tempo a não ser que eu encontre uma forma de me sustentar morando no mato. O meu canto é ultra pequeno (pros padrões americanos). Tiny house movement.Yo! O que na verdade é bom pra mim porque estou com vontade de ter menos coisas. Já me livrei e vendi muita coisa mas ainda falta muito mais. Os CDs, DVDs e livros eu ainda não tive coragem de descartar. Eu sempre quis dar um jeito na casa mas faltava motivação. É aquele tipo de coisa que não consigo fazer sozinha.
Daí um milagre caiu do céu. Um amigo resolveu me dar uma força e vai fazer vários lances aqui na casa: pendurar um rack de panela, montar minha TV na parede, colocar umas prateleiras na parede e me ajudar a montar o depósito externo. Essas coisas de homem ;) Acho que vai ficar bem legal. Essa semana vamos comprar um sofá também. Ele disse que é bom pra ele se ocupar com um projeto (já que também está passando por uma barra) e vocês não têm noção do quanto eu precisava desse empurrão. Eu acho que ele quer compensar porque ele sumiu quando eu estava no hospital. Assim um ajuda o outro. Preciso muito desta motivação pra poder ter coragem de ter visita aqui em casa e até arriscar uma jantinha.
Engraçado que muitos anos atrás, eu dei uma geral total no apartamento da minha mãe. Fiquei 2 semanas jogando os móveis fora tomados pelo cupim, organizando e procurando móveis novos. Agora quando o lance é minha casa eu não consigo fazer.

quinta-feira, novembro 12, 2015

Menos Desperdício

Meu primeiro acampamento aconteceu com 2 semanas de vida. Naquela época minha família acampava na beira do mar e a gente lavava os pratos com areia da praia. Além disso, meu avô tinha um sítio e eu passava muito tempo com os animais. Sempre fui mais ligada em bicho do que gente. Talvez por isso, eu tenha criado um amor gigantesco por questões ambientais. Na minha adolescência tinha um pessoal que até me chamava de "mãe-natureza".
Ainda bem que hoje em dia quem tem consciência ecológica não é tão criticado como antes.
Sou até meio neurótica com desperdício e não tenho a menor ideia porque sou assim.
Vocês já assistiram o filme Wall-E? Aquela montanha de lixo no mundo no início do filme pra mim é uma realidade e eu sempre tento diminuir meu "footprint" no planeta. Quando fiquei na Amazônia e via as pessoas constantemente jogando lixo no rio, eu quase tinha um troço.

Eu acredito que o excesso de pessoas está destruindo o planeta. Então aqui estão algumas coisas que faço pra tentar minimizar meu impacto. O objetivo é gerar a menor quantidade de lixo possível.

1) Reciclagem
Minha composteira providenciada pela prefeitura
Desde os meus 18 anos quando fui morar sozinha, eu separo o lixo reciclável. Se não tem latão de reciclagem no prédio, eu levo pra algum lugar que recicle. Hoje em dia separar lixo é tão automático que quando vou num lugar sem triagem, me sinto ultra estranha.
Mas agora o objetivo é comprar a menor quantidade de embalagens possível, mesmo que seja reciclável. Quanto menos lixo melhor porque reciclagem também é um processo de grande custo, principalmente plástico.

2) Sacolas de pano
Aprendi esse costume na Alemanha nos anos 90. Sempre mantenho várias sacolas no carro, caso eu passe no supermercado. Como eu não gero muito lixo porque evito comprar comida processada, eu não preciso de trocentas sacolas plásticas na minha casa e nem gosto de jogar sacola no lixo. Acho muito desperdício, além de lembrar daquelas imagens de tanta morte de animais marinhos por causa deste problema.

3) Composteira - Desde 2008, todo o resto de comida da minha casa vai pra composteira. Eu curto demais ver o lixo ser transformado em adubo. Acho até meio terapêutico.

4) Reutilização - Dou muita aula em cafés, então sempre que eu lembro eu levo minha própria caneca pra eles não usarem mais material descartável. O mesmo no supermercado quando compro na rotisseria, muitas vezes levava minha própria embalagem mas agora muitos lugares estão usando embalagem comportável que vai vocês sabem pra onde (foto acima).

5) Água - Esse é um problema específico na Califórnia com a seca há 4 anos mas eu reutilizo tudo quanto é água que posso. Deixo um balde no chuveiro pra coletar a água do chuveiro que está esquentando. A água serve pras plantas e pra privada. Aliás tem um ditado aqui que diz: "if it's yellow, let it mellow", ou seja, se é amarelo, deixa quieto. Também rego as plantas com água que deixo a louça de molho. Daí quando chove, ponho um monte de balde lá fora. Quero ver se esse ano consigo um container de captação de água através da prefeitura.

6) Combustível - Evito usar o carro quando eu posso e acumulo coisas pra fazer numa viagem só. Abasteço a noite porque há menos evaporação.

7) Roupas - Raramente compro roupas porque geralmente vou pra "clothing swaps", ou seja, troca-troca de roupas entre a mulherada. Esse domingo tem um. Fiquei orgulhosa nos 3 últimos swaps pois me livrei de mais coisa do que peguei. O que sobra vai pra uma organização que ajuda mulheres de rua a se restabelecerem na sociedade.

E você? Alguma ideia a mais?

terça-feira, novembro 10, 2015

Menos Peso nas Costas

Hoje deixei um dos meus projetos profissionais, um que eu gostava bastante. Fico triste por não me sentir capaz no momento de terminar o trabalho mas preciso melhorar a cabeça e o meu profissionalismo estava falhando.

Faz quase um ano que estou em depressão profunda. Já passei por muita coisa ruim mas esta talvez seja a pior de todas, até pior do que o câncer. Leio livros, tento aplicar na vida, daí melhoro e depois caio de novo.

Nos últimos 2 anos eu passei por um stress de mudança sozinha (adoro viajar mas tenho pavor de mudança ou mesmo fazer mala), fiquei sem lugar pra morar por 6 meses dormindo no sofá dos outros porque estava indo pro Brasil, depois fiquei cercada de caixas por meses sem saber o que fazer (se pegava container pro Brasil), telefone novinho foi roubado, perdi meu cachorro subitamente de câncer (a conexão que eu tinha com o Pimpy era de outro mundo), e logo em seguida passei por uma cirurgia de emergência que também era câncer, meses sem trabalhar sozinha em casa, lidar com problemas de plano de saúde por meses, trocentos exames e médicos, o término de um relacionamento e da amizade que tínhamos (a gente era amigo muito antes de começar a namorar), além do fim dos planos de ter filhos, a depressão, vizinho bully que arranhou meu carro inteiro, o afastamento dos amigos, o sentimento de abandono e o meu pai com Alzheimer. Enfrentar tudo isso sozinha tem sido o maior desafio da minha vida.
Eu sempre me considerei uma pessoa super forte mas não aguentei o tranco dessa vez. Foi muita coisa de uma vez só. Além do mais, ser julgada, criticada e não entendida pelos amigos por estar com depressão não ajuda muito a melhorar.

Sair na rua, conversar com pessoas, ir pro trabalho e fingir que tudo está bem é foda. Porque requer mentir, algo que não gosto de fazer. Então evito sair pra não ter que ouvir a pergunta como você está e ter que mentir novamente. Aprendi a me calar na frente dos outros e esconder o que se passa aqui dentro pra não incomodar mais ninguém.

O sentimento que eu tenho é que estou sendo punida por ser uma pessoa ruim. Não sei. Por que afinal tudo isso está acontecendo de uma vez só? Essa avalanche de problemas quando sinto que vai acabar, mais um problema acontece e cada vez mais difícil se reerguer. Está muito difícil ser positiva com tamanha paulada. Eu quero ver tudo com outros olhos e reencontrar a paz mas a solidão não deixa.

domingo, novembro 08, 2015

Míssil ou OVNI?

O bafafá do fim de semana foi uma luz misteriosa que apareceu aqui em Los Angeles às 6 da noite em plena hora do rush. Assustou muita gente e muitos acharam que era um disco voador. Depois a imprensa avisou que foi o teste de um míssil lançado de um submarino aqui perto. Não vou entrar no mérito da questão de ser disco voador ou míssil mas as imagens são interessantes. Imagina voltar pra casa do trabalho e dar de cara com isto. Inclusive a luz pode ser vista há 3 horas daqui como mostra na foto abaixo tirada de Salton Sea.
Bem que eles podiam ter avisado com antecedência ao invés de assustar tanta gente.


Crédito: Porter Tinsley

Sua Própria Companhia


Com que frequência você faz alguma atividade sozinha(o)? Você curte sua própria companhia como ir ao cinema, à praia, uma viagem, um museu?

quinta-feira, novembro 05, 2015

À Flor da Pele

Sem intenção de me comparar a Clarice Lispector - muito longe disso - mas estou me sentindo no meio do livro Água Viva, querendo externar meus devaneios. Hoje sinto uma mistura de paz e ansiedade ao mesmo tempo. Uma paz de querer olhar pro futuro com novos olhos e viver mais aventuras e uma ansiedade de que algo grande está para acontecer.

Trabalhei como uma louca este ano em festivais, traduções, videogames, YouTube...não exatamente porque eu quis mas porque achei melhor aproveitar as oportunidades que surgiram na minha frente e também como uma forma de ocupar minha cabeça mas agora estou começando a sentir muita pressão de todos os lados, reuniões, deadlines e tudo o que eu quero é dar um tempo de tudo e descansar. Preciso urgentemente de férias. Me sinto como um esquilo estocando suprimentos pro inverno principalmente depois do que aconteceu no ano passado, quando precisei de ajuda financeira dos outros por ficar um tempo sem poder trabalhar.  Também foi bom, depois de tantos anos ralando, ter o trabalho reconhecido e respeitado.

Essa ansiedade que eu não sentia há muito tempo pode estar relacionada com o excesso de trabalho pra terminar aliado à vontade de uma outra mudança radical na minha vida como no ano 2000 quando  me mudei pra cá.

Cada um por si

O tema na minha timeline do Facebook esta semana foi "seu problema não é meu problema". Vários amigos escreveram sobre "amigos tóxicos", sobre manter distâncias de pessoas que reclamam, que tem problemas, etc.

Me dá um nó na garganta quando penso nesse assunto. Por um lado, a gente não quer ninguém sugando nossa energia. Sempre se lê que devemos nos cercar de pessoas felizes, pra cima.

Por outro, as pessoas não tão felizes são as que mais precisam de ajuda.
Por isso acho que as pessoas depressivas acabam se isolando cada vez mais. Até onde vai esse limite de dar força pra um amigo e não se envolver demais?

Me sinto grata por tanta gente ter me ajudado durante meu tempo no hospital no ano passado mas quando o lance é emocional, a coisa complica. Depois eles não entendem porque já perdemos tantos amigos por suicídio. Assim que perdemos alguém, sempre dizem por favor liguem pra mim se precisarem. Depois de uma semana, o pensamento de não me envolva nos seus problemas toma conta de novo.

A minha definição de amizade é estar cercada de gente que está no seu lado nas horas boas e ruins. Apesar que quando não estou legal, eu falho como boa amiga.

Eu sei que depressão é algo mais complicado e geralmente as pessoas não sabem como lidar com isso. É nessas horas que eu penso, será que não estou interpretando direito?

segunda-feira, novembro 02, 2015

Da série coisas que não entendo

Enquanto os estabelecimentos comerciais na Europa deixam os lugares bem quentinhos pra fugir do inverno rigoroso, aqui em Los Angeles eles colocam o ar condicionado no máximo, mesmo no inverno. Pra que? Será que é pra comprar mais bebida quente (nos coffee shops)?

Ciência da felicidade

Estou lendo um livro de um médico sobre a ciência da felicidade. No livro, ele fala que existem 5 armadilhas em que as pessoas acreditam que poderão ser mais felizes mas que no fundo causa uma reação inversa:
- comprar felicidade
- através do prazer
- resolvendo problemas do passado
- superar fraquezas
- forçar felicidade

Ainda estou lendo e depois escrevo mais sobre o assunto.

sábado, outubro 31, 2015

Sossego

A minha caseirice esse ano bateu recorde. Eu adorava sair de casa sempre porque tem tanta coisa pra se fazer em LA. Hoje em pleno Halloween, pretendo ficar tranquilinha em casa. Sempre adorei cidade grande mas ultimamente ando com vontade de morar no mato.

Toques

Não é por nada não mas contato humano faz uma falta de vez em quando...
Eu vivia abraçada com todo mundo antes. Hoje em dia faz muito tempo que não dou um bom abraço em alguém. Parece que quanto mais velho a gente fica, menos contato humano a gente tem.

quinta-feira, outubro 29, 2015

Vlogs alheios


Depois de 2 meses grudada no YouTube todos os dias por causa do trabalho, descobri o canal do Vitor Liberato e fiquei viciada. Nunca me imaginei ligada em vlog mas o cara morou aqui em Los Angeles e é nativo da minha ilha. Tenho assistido os vídeos dele sobre Floripa e confesso que está batendo saudade da ilha. Desde 2007 eu estava indo lá todos os anos mas agora faz quase 2 anos que não apareço. Saudade das trilhas, da natureza, do peixinho fresco e de comer muita ostra.

Tamo junto?

Talvez seja a minha distância do país, talvez seja o fato de uma determinada pessoa ter dito isto mas a expressão "tamo junto" me dá nos nervos.
Eu sou muito ligada em palavras e não gosto quando as pessoas dizem certas coisas da boca pra fora.
Um outro exemplo disso é o americano com seu "I love you" pra cima e pra baixo sem realmente sentir o tal do amor.
Força do hábito.

terça-feira, outubro 27, 2015

Carne x câncer

Toda essa discussão sobre carnes processadas causarem câncer, especialmente no intestino...pois então!
Neguinho faz várias piadas sobre o assunto. Alguns acham que é besteira, outros dizem que um dia a gente vai morrer mesmo. Até concordo mas eu euzinha aqui passei a vida comendo muito salame e linguiça e até fui parar no hospital quando criança por causa disso. Adivinha que tipo de câncer eu tive no ano passado?
Cara, conviver que essa doença no teu histórico é uma merda.
Nas minhas pesquisas tudo indicava este risco em todos os sites que eu li até hoje. A diferença é que agora a Organização Mundial de Saúde reconhece que é tão nocivo quanto cigarro. Fazia anos que o meu consumo de carne tinha diminuído mas sempre fui louquinha por salame e linguiça ou qualquer tipo de carne processada. Pois é, cortei tudo depois da operação. Acho que em um ano comi carne umas 4x. Não vou mentir que às vezes sinto falta mas quando penso na operação, eu fico na boa.
Na verdade estou tranquila de ter cortado quase todo tipo de carne, exceto peixe. Além de ser cancerígeno, a produção de carne é péssima pro meio-ambiente (assunto pra outro post).
As pessoas acham que é sacrifício demais parar com tudo isso. Sacrifício demais é quimioterapia.

segunda-feira, outubro 26, 2015

Escrever ou não escrever?

A vontade de escrever é grande mas a cabeça não anda legal. Às vezes quero desabafar. Às vezes acho que tenho que continuar mantendo tudo aqui dentro mesmo sem expor nada.

quinta-feira, outubro 22, 2015

Minha história de Burning Man

Noite passada teve reportagem sobre o Burning Man no Profissão Repórter. Não me surpreende, já que o festival se tornou super popular nos últimos 6 anos mas é loucura pensar que o nosso lugar ultra-alternativo chegou à Rede Globo. Ainda bem que pelo menos era o Caco Barcellos.

Então acho que está na hora de falar um pouquinho da minha história no Burning Man e a volta ao festival após 8 anos.

INíCIO
Assim que cheguei na Califórnia no ano 2000 me hospedei na casa de uns burners (nome dado a quem frequenta o Burning Man). Eles tinham acabado de voltar e só se ouvia sobre o festival. Quando vi as fotos, sabia na hora que eu queria ir no próximo. 
Fast Forward. 
Mudei de estado, voltei no ano seguinte pra ficar um tempinho em Los Angeles até o Burning Man. Fui na cara e na coragem. Peguei uma carona com alguém que nunca vi na vida, uma barraca e uma bicicleta emprestada e lá fui eu sem conhecer uma alma. Foi a melhor experiência da minha vida.
Primeiro porque amo dançar, segundo porque a energia do lugar é fortíssima.
Aquele lugar é o encontro de todos os "deslo(u)cados" no planeta e por isso é comum dizer "welcome home" pois nos sentimos parte de uma comunidade.
Naquela época, Black Rock City (o nome da cidade) era considerado um lugar só pra hippies mas na verdade quem vai sabe que o festival é o que você faz dele. A organização coloca a estrutura básica mas são as pessoas que fazem a programação em cada acampamento. Oferecem oficinas, rituais, festas, comida, roupas, etc.


VIDA DE BURNER

Eu costumo dizer que quem vai ao Burning Man pega um vírus e não consegue mais parar de falar de lá. Como a maior parte dos amigos é de burners não teve muito problema porque todos eles também só falavam de BM. Hoje em dia eu estou bem melhor, eu juro. 
Vou encurtar a história e apenas comentar que após o primeiro em 2001, eu participei em 2002, 2003, 2004, 2007, 2008 e este ano. 

Amanhã tem mais.



quarta-feira, outubro 21, 2015

Trabalho de vento em popa

O chefão do YouTube Gaming adorou meu trabalho pra Brasil Game Show. Vitória!
Eu não sei por que essa parte da minha vida resolveu dar tão certo este ano. Eu nunca tinha tido tantas oportunidades assim.Talvez eu finalmente esteja aprendendo a lidar e comunicar mais profissionalmente. Ou talvez porque só viva em função de trabalho hoje em dia.

O segredo é não estar num trabalho de segunda a sexta de 8 às 5 que isso é morte lenta pra mim. Estou trabalhando 7 dias na semana o tempo todo mas tenho liberdade de horário. 

Como professora, eu sou responsável por tudo: marketing, horário, pagamento e preparação.
Na NHN, não meto muito o bedelho e tenho bastante liberdade. Sem muito stress a não ser uns deadlines loucos que acabo saindo do escritório a meia-noite.
No YouTube, trabalho na minha, posso palpitar e trazer ideias. Então está bom. Não tem chefe no meu cangote pra me atazanar e assim produzo mais feliz.

Gamer eu?

Quase um ano trabalhando na indústria de games e eu não tenho a menor ideia de como se usar um controller de Playstation. Até agora só Wii, Atari ou celular mesmo.
Tô parecendo a minha vó que reclamava de tanto botão num aparelho.

terça-feira, outubro 20, 2015

Teto para os Sem-teto

Um lindo projeto feito em Oakland no norte da Califórnia no qual se reutiliza objetos jogados fora e as pessoas na rua ganham um teto pra dormir.

segunda-feira, outubro 19, 2015

Brasil?

Depois de conversar com minha melhor amiga no Brasil, veio a ideia de voltar pra lá porque tô carente de colo. 20 anos de amizade e às vezes acho que só ela me conhece de verdade.

domingo, outubro 18, 2015

Viajar?

Estou precisando muito colocar o pé na estrada (ou no avião).  Resta decidir se vou pro Brasil, pra alguma cidade dentro do país ou conhecer um país diferente.

sábado, outubro 17, 2015

Morrer só

Hoje li uma matéria no New York Times sobre pessoas que morrem sozinhas na cidade. Triste mas interessante.
Desde que fiquei doente no ano passado, confesso que esse é um dos meus medos no futuro. Foi difícil passar meses em casa sozinha sem poder me mexer. Imigrante, filha única, sem filhos e solteira, e morando sozinha, essa perspectiva de futuro assusta de vez em quando. É provável que inconscientemente eu mesma tenha buscado isso ou talvez tenha sido uma série de desencontros e más escolhas na vida mas aqui estou.
Só espero que ao menos eu consiga manter algumas amizades.
Eu sei que o blog anda meio pesado ultimamente. Me desculpem. Um dia essa depressão passa.

Da série coisas que não entendo

Por que será que todos os meus vizinhos SÓ escutam mariacchi? Jamais um ritmozinho diferente. Sempre o mesmo tipo de música.
Aliás deve ser muito difícil morar em outro país e estar isolado completamente da cultura local inclusive a língua e sem menor vontade de mudar.

sexta-feira, outubro 16, 2015

Profissão YouTuber

Passei 6 dias trabalhando longas horas pro YouTube atualizando o canal da Brasil Game Show, a maior feira de jogos eletrônicos da América Latina. Após centenas de vídeos e análises, a minha cabeça virou um laboratório de ciências sociais.
- A indústria de games hoje em dia movimenta mais dinheiro que a música e o cinema.
- Os canais mais populares no YouTube são de jogos.
- As crianças hoje em dia assistem mais vídeos do YouTube que desenho animado.

Mas o que realmente me fez pensar é a relação da nova geração com a mídia X relação interpessoal. Grande parte se sente super à vontade na frente de câmeras. A maioria desse pessoal popular no website tem uma narração parecida como se eles tivessem frequentado as mesmas aulas na faculdade. Digo isso porque me formei em Jornalismo e tivemos aulas de como falar na frente de câmeras. No entanto, já ouvi comentários que muitos desses jovens mal conseguem falar com alguém cara-a-cara.

Essa mudança é irreversível. Cada vez mais nos relacionaremos através de telas e menos pessoalmente. Você fala pra milhares ou milhões de pessoas mas na verdade está sozinho num quarto. É muito louco isso.

Outra coisa. O assédio aos YouTubers populares na Brasil Game Show é algo que nunca vi igual. Toda vez que apareciam, precisavam de vários seguranças. Olha só!

quinta-feira, outubro 08, 2015

Limpeza

Por que será que os americanos (generalizando) não ligam tanto pra limpeza da casa deles como nós ligamos? O brasileiro está sempre se desculpando pela bagunça da casa. Os americanos raramente fazem isso e no entanto até calcinha suja no chão com criança engatinhando a gente vê.
E uma vez que uma menina que morava comigo usou a minha panela pra deixar as calcinhas de molho?
Por outro lado, são altamente germofóbicos. Não dividem copos. Não chegam perto de quem está resfriado.
É lógico que existem várias exceções dos 2 lados mas num contexto geral, temos essas diferenças.
Eu raramente vejo uma casa no Brasil que seja muito suja e bagunçada como vejo aqui.

quarta-feira, outubro 07, 2015

Ex-relacionamentos

Em tempos de páginas sociais, quando namoro/casamento termina é um pouco complicado. Eu sempre me orgulhei por ter um ótimo relacionamento com meus ex, inclusive já postei várias vezes sobre isso aqui no blog. O Dan, com quem eu divido a custódia da cachorra há 8 anos desde que terminamos, é como um irmão pra mim. Sempre me apoiou e apoia em tudo. E assim são todos os meus amigos com seus respectivos ex.  É bem comum continuarmos a frequentar a casa um do outro, alguns até viram madrinha e padrinho de casamento. Até hoje eu não tinha vivido nenhum motivo pra uma história terminar em drama.

Este ano, no entanto, a dias do meu aniversário no ápice da minha depressão, meu ex-namorado de mais de 5 anos me exterminou do Facebook dele a pedido da namorada. É difícil entender o porquê da necessidade de apagar a história de cada um assim. Nunca entendi por que o passado incomoda tantos casais. Por que as pessoas acham necessário destruir antigas conexões só porque começaram uma nova relação, como se o passado tivesse que ser completamente apagado e escondido? Isso é tão diferente do mundo que eu vivo mas não deveria estar surpresa porque meu ex já pensava dessa forma. Ele até se recusava a conhecer um ex meu de 20 anos atrás que hoje em dia é um grande amigo, casado e com filhos. Eu sei que isso é comum pra pessoas possessivas fora do meu grupo mas pra mim, que sempre me dei bem com o passado da minha vida, é um tanto quanto incompreensível. E além do mais, machuca, pois nunca tirei as pessoas da minha vida a não ser que elas tenham me feito mal. Eu não vejo a ex de um ex como ameaça. Ao contrário, me ajuda a conhecer mais a pessoa com quem estou.

Ficou aquele gosto amargo de ela que se dane. E essa mágoa corrói o coração. Além disso, foi a primeira vez que um relacionamento sério meu começou a namorar logo em seguida (praticamente um mês depois de dizer que estava vindo pra cá). Foi uma situação super diferente dessa vez porque perdi o namorado e também um amigo (algo que nunca tinha acontecido antes) e acho que nunca tinha me sentido machucada assim.

Vídeos

Estou fazendo um trabalho de freelance para o YouTube e depois de assistir tantos vídeos e ver como a nova geração se sente tão à vontade na frente de câmeras, decidi que quero perder o medo de câmera.
Ontem fiz a primeira tentativa. Eu simplesmente congelo até mesmo pra deixar mensagem em telefone. 
Será que eu consigo?

sábado, outubro 03, 2015

Passadinha por aqui

3:30 da manhã.
Umas 2x por ano me dá uns ataques e fico imaginando que preciso atualizar tudo: escrever no blog, fotografar, trabalhar mais a criatividade, decorar a casa, etc.
Amanhã provavelmente isso tudo já vai ser passado.

Este mês estou trabalhando 60 horas por semana e não acho tempo nem pra lavar o carro. Mas quando tenho tempo livre, me enrolo na internet e também não sou produtiva. Assim pelo menos com o trabalho eu ocupo a cabeça.

Depois do câncer no ano passado e a depressão deste ano, eu penso em transformar este blog em uma coisa mais saúde. Também penso em começar um blog em inglês sobre assuntos relevantes a este lugar pra pessoas deste lugar como coisas que estão rolando na cidade, por exemplo.

Sempre fui ótima com novas ideias e projetos mas colocar tudo em prática aí já é demais, né?

Por enquanto, se eu conseguisse dar um jeito na minha sala já seria de bom tamanho.

quinta-feira, março 05, 2015

Cá entre nós

Estou adorando o trabalho que comecei em dezembro mas cada vez mais eu vejo que não me adapto bem em escritório. Essa coisa de horário fixo não dá certo comigo. Sempre gostei de trabalhar por demanda. Se tem trabalho, eu trabalho. Se não tem, não gosto de ficar de enrolando. Também tenho uma dificuldade tremenda de de ficar sentada na frente do computador por 8 horas. Eu não consigo ficar parada e é por isso que eu gosto de trabalhar em festivais. 

quinta-feira, fevereiro 26, 2015

Pergunta pras mães

Na minha época de adolescência, os pais não gostavam quando os filhos saíam muito de casa. Será que os pais de hoje ficam mais satisfeitos quando os jovens preferem ficar no computador do que sair pra rua?

segunda-feira, fevereiro 23, 2015

Violência urbana


O jornalista Kadeh Ferreira fez esse pequeno documentário sobre o assassinato de Alex Shomaker Bastos, estudante de biologia da UFRJ. Alex foi morto após um assalto num ponto de ônibus na Urca em janeiro deste ano. Frequentei bastante aquele campus na época de movimento estudantil.



Eu amo o Rio de Janeiro. É minha cidade favorita no Brasil mas sou grata de viver numa metrópole onde não me sinta eternamente ameaçada. Acho que viver com essa sensação constante de vigia e insegurança é extremamente estressante.

Daí fica a eterna questão de como resolver o problema da violência. Não sou perita no assunto mas de uma coisa eu tenho convicção: de que se deve contar cada vez menos com o poder político. Hoje em dia acredito que cabe a nós encontrarmos soluções para nossos problemas ao invés de contar com os governantes pois a não ser que os filhos deles morram por causa da violência, dificilmente farão alguma coisa. É lógico que não deveria ser assim mas esperar por eles não dá mais.
Me inspiro muito na mentalidade americana do faça você mesmo. Aprendi muito nesse país que não adianta esperar pelos outros.

O que a comunidade pode fazer em relação a isso?

Tenho certeza de que muita coisa já está sendo feita mas essas são as minhas ideias:

- Seminários entre a comunidade pra trabalharem soluções
- Projetos onde se busca o apoio das empresas privadas
- Ao invés de manifestações, apresentar projetos concretos para deputados e acompanhar para que sejam aprovados
- Parques e complexos esportivos pois eu acho que isso ajuda a ocupar crianças e quem sabe se tornarem atletas ao invés de marginais

O que mais? Quais são as suas ideias?

sexta-feira, fevereiro 06, 2015

Reformulando

Ando pensando em mudar um pouco as caras desse blog já que o bambolê não faz tanto parte da minha vida nos últimos dois anos.
Pois é, após 10 anos bamboleando, confesso que não sinto aquela paixão pelo aro como sentia antes. Em compensação, quero voltar mais à fotografia e encontrar outros hobbies.
Sabe o que pratico há mais de 10 anos e não enjoei até hoje?
Power Yoga.
Completamente apaixonada.

quinta-feira, fevereiro 05, 2015

Blogs hoje em dia

A maioria do pessoal que começou a blogar na mesma época que eu, já largou o blog há tempos. Achei que ninguém mais dava bola pra essa ferramenta mas estava enganada.
Hoje entrei no blog pessoal da minha prima e percebi que cada post dela tem vários comentários. Não é que as pessoas lêem mesmo?
Ela tem um jeito bem despojado de escrever e talvez por isso a coisa dê certo. É uma linguagem "internetês" mas não é infantil.
Estou surpresa de ver que blogs pessoais ainda são lidos.


2015

Esse blog anda abandonado mas ainda não desisti. Tenho muitas ideias em como utilizá-lo mais e às vezes prefiro que alguém venha ler aqui do que no meu Facebook.

Passei o 2º semestre de 2014 bem quietinha me recuperando da cirurgia mas 2015 já está uma correria.

NHN - em dezembro comecei a trabalhar numa companhia coreana de game, uma das maiores daquele país, agora com um ano nos EUA. O trabalho veio do nada através de um email de um ex-aluno. Eu não gosto muito do mundo corporativo mas nesse caso está valendo a pena. É um clima start-up bem tranquilo e meu chefe é super querido. Acho que sou a funcionária mais velha mas estou adorando.

Trabalhar meio-período lá tirou a tensão de sempre estar correndo atrás de aulas.

Aulas - continuo dando minhas aulas mas agora com menos stress de mini-empreeendedora correndo atrás do prejuízo.  Durante as noites, fins de semana e dois dias da semana, é meu tempo reservado pra isso, quando não estou nas trocentas consultas médicas que tenho hoje em dia.

Com esses dois trabalhos não sobra muito tempo mas ainda tenho que arranjar tempo pra me exercitar, o que está bem difícil porque eu sou uma baita preguiçosa e preciso de estímulo externo.

Festivais - se tudo der certo vai ser meu 6º ano trabalhando para o Coachella e Stagecoach e em maio tem 2 outros festivais, o Lightning in a Bottle e essa semana me comprometi a ajudar o Ignite. É um pequeno festival com vários workshops sobre a arte de "flow", manipulação de objetos. Fiquei responsável em criar uma galeria de arte e assim fico super feliz de continuar envolvida com arte.

Além de trabalho, esse ano estou trabalhando muito o estresse e meus conflitos internos. Saúde mental agora é questão de vida ou morte.

Agora só falta achar tempo pra viajar.