terça-feira, agosto 29, 2017

Eclipse Solar

"Ser espiritual não tem nada a ver com o que você acredita e sim com o seu estado de consciência."
Eckhart Tolle

Foto: Jamal Eid


Eu confesso que não estava com a menor vontade de ir para outro festival, principalmente um tão longe e sem que eu estivesse envolvida na produção. Cheia de coisa pra resolver aqui e sem muito trabalho. No entanto resolvi não ser furona e encarei a saga.

Ao invés de ir com a minha van, fomos os transportadores de um motorhome pra um amigo usar lá. Assim economizamos a gasolina de 2000 milhas (ida e volta). A intenção era parar em alguns parques nacionais e águas termais mas não tivemos muito tempo, a não ser umas poucas paradas rápidas. Eu nunca tinha dirigido ao norte de São Francisco, então finalmente realizei o antigo sonho de ver o Mt Shasta no norte do estado, um vulcão ainda ativo sempre nevado.

Fomos até Portland - cidade principal do Oregon - pra buscar uma turma e o cara que alugou o veículo e daí partimos para o Oregon Eclipse Festival. Addendum: minha mãe diz que quero morar em todo lugar que visito. Verdade. Amei Portland, uma cidade cheia de árvores e um povo super educado. A entrada pro festival foi complicada. Dirigimos a noite toda numa fila de vários quilômetros que levou 14 horas até a entrada. 

Esse festival tinha me chamado a atenção desde o ano passado pois contou com a colaboração de 8 festivais no mundo incluindo o Universo Paralello no Brasil. Além disso, a arte e a música do Symbiosis Gathering sempre foi de primeira. 

A primeira coisa muito boa deste festival foi o meu acampamento. Há muitos anos ando com a necessidade de encontrar um pessoal mais alinhado com meu estilo de vida e pensamento. Acho que isso finalmente está acontecendo. A harmonia do grupo foi mágica e é tão bom se sentir parte de algo assim novamente. 

Mas vamos ao que interessa: o eclipse. Sinceramente não tinha me dado conta da dimensão e sensação que é ver um eclipse solar total. Eu já tinha presenciado um eclipse total em Floripa em 1994 durante um campeonato de surf mas não tenho a mínima lembrança do impacto causado como foi dessa vez. As cores no céu, a energia, as estrelas em pleno dia, a possibilidade de olhar pro sol por 3 minutos, a cerimônia dos índios Sioux, os protetores da água e 50 mil pessoas. As lágrimas escorriam sem parar e jamais vou esquecer esse momento.

Realização total e agora quero virar uma "eclipse chaser" presenciando outros eclipses pelo mundo. Próximo: Chile/Argentina em 2019

sábado, agosto 12, 2017

Honestidade Radical

Essa semana fui num workshop muito bom sobre honestidade radical. São grupos espalhados pelo mundo - de uma certa forma não deixa de ser uma comunidade - baseados no livro Radical Honesty do Dr. Brad Blanton.
Quem me conhece sabe que eu não tenho problema com honestidade mas ultimamente tenho mantido mais as coisas pra mim mesma pra evitar conflitos. Não quero deixar de ser honesta mas com o cuidado em ter compaixão. Esses estudos falam dos benefícios de não esconder os pensamentos e viver num mundo sem mentiras.
Taí, acho que encontrei meu grupo pois é um dos princípios que sempre admirei.
Primeiro nos apresentamos e uma das coisas que devíamos falar era sobre algo que geralmente não compartilhamos, algo que a gente evita tocar no assunto.
Um dos exercícios que eu curti foi sentar na frente de uma pessoa desconhecida e falar de coisas que você percebe (roupa, física, gestos) e que nos leva a imaginar (a deduzir) alguma coisa. Por exemplo, você percebe que a pessoa está usando calça pra yoga e então você imagina que ela estava chegando do yoga. Coisas simples mas que nos faz perceber que a gente tira várias conclusões incorretas baseado no que a gente vê mas uma coisa não deveria levar a outra.

Mais sobre honestidade radical

terça-feira, agosto 08, 2017

Ecologia e super população

Tá um tal de amiga grávida agora, quer dizer, sempre tem, né? Mas dessa vez a maioria delas são de recém-casadas, até casal que está junto há menos de um ano.
Semana passada uma conhecida postou sobre coisas que ela faz pra contribuir com o meio-ambiente e um dos exemplos dela era não trazer embalagens de viagem pra casa. Ela perguntou o que mais as pessoas fazem e recebeu uma enxurrada de respostas. Dois assuntos polêmicos foram o consumo de carne (assistam Cowspiracy) e o excesso de procriação no mundo.
Por mais que eu gostaria muito de ter tido um filho, o outro lado fica feliz por não contribuir com a super população mundial. São 7,5 bilhões de pessoas no planeta e como não temos predador e a nossa expectativa de vida aumenta a cada década, a nossa reprodução está fora de controle. Mesmo que a gente seja o mais consciente possível e crie o menor impacto possível, só o fato de a gente comer, beber e morar já causa um grande impacto. Para produzir comida em massa, é necessário usar mais água, mais terra e cada vez mais os animais vão perdendo seus habitats. Entre transporte, água potável, esgoto, eletricidade e moradia, acho inviável para o planeta sustentar essa quantidade de pessoas pois convenhamos, podemos até sonhar mas o fato é que jamais teremos 7 bilhões de humanos vivendo em simbiose com a natureza. Eu acredito que a única forma de haver mais qualidade para o planeta, os animais e os humanos seria diminuir a população mundial (além do  aumento da consciência ecológica).
No entanto, muita gente acredita que a maior função do ser humano é procriar, então continuamos com o crescimento descontrolado.

obs: na verdade eu já tinha escrito quase a mesma coisa sobre isso, aqui neste post

quarta-feira, agosto 02, 2017

Big Pine

Second Lake, North Folk Big Pine

Na semana passada fiz uma trilha nas montanhas na Eastern Sierras. Começamos a trilha cedinho e foram 2800 pés de subida, algo como 224 andares segundo o fitbit. Ao todo foram 18km ida e volta e 9/10 horas de caminhada. A trilha leva a 10 lagos formados com o degelo da neve. Nós vimos os 3 primeiros a 10000 pés de altitude. É com certeza uma das trilhas mais lindas que eu já fiz. Como é bom ficar no meio da natureza assim!
Eu nunca tinha feito uma trilha tão longa e no final da subida eu estava tão exausta que arrastava os pés. A volta foi ainda mais difícil. Me concentrei muito pras minhas pernas chegarem ao final.
Fiquei 3 dias sem me mexer direito.
Na volta da caminhada me questionei várias vezes se tinha valido a pena ficar tão dolorida. Agora que a dor passou, eu creio que sim porque aquele visual vai ficar marcado.
Será que encaro outra dessa?