quarta-feira, abril 30, 2008

Divagações sobre a vida "escrava"

Depois de tantos problemas, semana passada decidi que era hora de acabar com essa maré baixa. Comecei a agilizar e me concentrar nuns projetos e as coisas melhoraram.
Algumas pessoas me procuraram pra ter aula de português e bambolê, fiz o bambolê mais bonito até hoje e fui para 3 entrevistas de trabalho. Além disso vários amigos pedindo pra eu cuidar da casa deles enquanto eles estão viajando.

Hoje comecei meu novo trabalho que por enquanto vou deixar no suspense (questão de não relacionar a empresa com este post no Google). No começo fiquei bem feliz porque já estou sem emprego há muito tempo. É uma empresa que está crescendo muito, que tem negócios no Brasil, bem profissional. Mas aí vem meu dilema. O trabalho é chato demais e monótono porque só há 3 pessoas (contando comigo) no escritório e os outros 2 são parentes. Por isso, não posso atender telefonema pessoal, nem e-mail ou messenger, o que eu também entendo. Acontece que depois de passar anos trabalhando de freelance na rua, esse horário rígido de 8 às 5 acaba comigo. Como as pessoas arranjam tempo pra resolver certas pendências com um horário assim? O dono está me pagando o que eu pedi mas um dos fatores de ter estudado jornalismo é o gosto pela correria. Geminiana, ativa, eu sempre curti trabalho dinâmico. Mesmo que seja num escritório mas que tenha muita gente.
Os amigos brasileiros dizem: puxa , pelo menos é algo pra pagar as contas. É, tudo bem. Mas será que estou errada em querer algo que eu curta fazer mesmo ganhando pouco? Talvez seja a influência de andar praticamente só com artistas, não sei. Eu ando louca pra trabalhar com produção ou algo relacionado ao meio-ambiente.

Ou ainda, se fosse viável eu sairia voluntariando pelo mundo.

sexta-feira, abril 25, 2008

Conexões

Pelo jeito não foi só comigo. Foi uma semana difícil pra todos os amigos, digo todos mesmo. Acho que nunca reparei tanta gente se sentindo assim.
Será que estamos todos tão conectados que todo mundo fica
down ao mesmo tempo? Será o tal do Mercury in Retrograde?
Mas no próximo post prometo que trago boas notícias.

domingo, abril 20, 2008

Semana Difícil

Desde o último domingo, a bruxa anda solta. Várias histórias tristes.
Eu já andava agoniada com a minha dificuldade de achar trabalho mas esta semana...
Hoje quando no momento em que finalmente faria meu primeiro vídeo caseiro de bambolê, o Pimpy foi atacado por 2 cachorros. Tadinho, todo machucado no aniversário dele. Ele nunca se machucou assim, nem quando caiu do 3º andar. Eu pra separar a briga, tive que agarrar a mandíbula do outro cachorro e lógico estou com algumas mordidas.
Além disso, vários amigos em depressão no momento. Acontece muito em cabeças complexas e inconformadas. Não sei mas por mais que eu goste da minha comunidade, como são todos um bando de malucos, parece que grande parte tem vários problemas na vida amorosa. Eu sei que isso é normal mas o nível de distorção da realidade é grande por aqui. Muitos amores platônicos que deveria ser algo que a gente passa na adolescência, não aos 30 anos.
Pensei muito se comentaria isso mas a história mais triste foi uma garota de 26 anos que tirou a própria vida. Uma pessoa que lamentavelmente nunca conseguiu ser feliz e queria fazer isso há muito tempo. Ela passou o Natal na minha casa uns anos atrás e eu a vi poucas vezes. Estamos muito triste pelo nosso amigo que tinha um amor incondicional por ela. Na sexta fizemos uma cerimônia na praia por ela e por ele. Independente de ser próximo ou não, é algo que sempre choca.

Até meus 25 anos a idéia de suicídio me passou pela cabeça inúmeras vezes. Eu sei que jamais tentaria mas eu entendo quando alguém passa por isso. A vontade só parou depois que me mudei para esse lado do mundo. Hoje, eu amo a vida profundamente e nunca mais tive nenhum pensamento como esse. Eu amadureci, cresci, aprendi. Mas se um dia, alguém falar que está pensando nisso, por favor, leve a sério e tente ajudar. Muita gente diz que estas pessoas estão só querendo chamar a atenção. Não interessa o motivo. Ajude! E se você um dia pensar nisso, por favor, fale com alguém. A dor no outro lado pode ser pior que a dor aqui. Hoje eu sei que há saídas deste estado de infelicidade e de agonia e é possível aprender a ser feliz.

sábado, abril 19, 2008

Som da Ilha

Um dos vários reencontros desta vez no Brasil foi a festa do curso de jornalismo da UFSC. Me diverti muito naquela noite revendo todo mundo e tive a oportunidade de ver a banda de 3 amigos meus de longa data: Ulysses na guitarra, Caio Cezar na voz e Ledoux na bateria. A gente se acabou dançando com um samba-rock muito gostoso da Coletivo Operante.

quinta-feira, abril 17, 2008

Fotos

O Caio Cézar é um amigo de Floripa e grande fotógrafo. Algumas pessoas simplesmente tem um olhar que vai além de nós simples humanos. Hoje encontrei um blog dele que infelizmente ele não atualiza mais mas vale a pena ver as fotos.
Amanhã tem mais projeto dele.

quarta-feira, abril 16, 2008

Into the Wild

Este foi um dos filmes que me encantaram no ano passado. Baseado no livro de mesmo nome escrito por Jon Krakauer, o personagem virou um ícone para os aventureiros. História baseada na vida de Christopher McCandless que após terminar a faculdade, deixou tudo pra trás e saiu de carona até o Alaska. O diretor Sean Penn esperou 10 anos pela aprovação da família para fazer o filme. E tudo foi gravado in loco, sem efeitos especiais. Emile Hirsch até remou de caiaque pelo Colorado, o que foi a parte mais assustadora pra ele.

Lembro quando saí do cinema e vi as diferentes reações das pessoas dependendo da experiência de cada uma. Eu amei tudo: fotografia, atuação, edição e principalmente a história de uma pessoa em busca de aventura, desafios e viver seu idealismo 100%. Já as duas senhoras ao meu lado disseram: que absurdo o que ele fez, sair assim e deixar os pais aflitos. Que egoísta!

Aqui vai um trecho:
Gostaria de repetir o conselho que lhe dei antes: acho que você deveria promover uma mudança radical em seu estilo de vida e começar a fazer corajosamente coisas em que talvez nunca tenha pensado, ou que fosse hesitante demais para tentar. Tanta gente vive em circunstâncias infelizes e, contudo, não toma a iniciativa de mudar sua situação porque está condicionada a uma vida de segurança, conformismo e conservadorismo, tudo isso que parece dar paz de espírito, mas na realidade nada é mais maléfico para o espírito aventureiro do homem que um futuro seguro. A coisa mais essencial do espírito vivo de um homem é sua paixão pela aventura. A alegria da vida vem de nossos encontros com novas experiências.

Adendo: há uma entrevista no Washington Post feita com um amigo de Chris que eu gostei.

terça-feira, abril 15, 2008

A Filha do Demo

Imagina um desenho em que a filha do Diabo é a namorada do DJ Jesus, que seria o segundo Messias enviado a Terra? O pai da garota de 21 anos acredita que ela é o Anticristo e que estão na missão de conquistar o mundo mas nada dá certo. Lucy, the daughter of the Devil foi criado por um pessoal de San Francisco e foi ao ar no ano passado no Cartoon Network. Eu só assisti um até agora. Adivinha qual? DJ Jesus vai tocar no Burning Man. É muito engraçado! Agora quero assistir o resto.

quinta-feira, abril 10, 2008

Lendo

God on your own - Findind a spiritual path outside religion by Joseph Dispenza
Eu nunca aceitei a idéia de ler esses livros "new age" mas depois de ler Profecia Celestina por insistência de uma amiga, comecei a gostar. Não é obra de literatura e muita coisa é puro chavão mas é gostoso relembrar coisas que às vezes ficam esquecidas.
Esse é sobre encontrar um caminho espiritual fora da religião. Feito pra mim que nunca simpatizei com religiões e a forma que eles impõem e julgam comportamentos e condutas na sua vida pessoal.

terça-feira, abril 08, 2008

Ouvindo

"Handlebars" do grupo Flobots de Denver não pára de tocar nas rádios. A primeira vez que eu ouvi, achei a música meio retardada até começar a prestar atenção na letra. Eu adoro letras com mensagens políticas e esta é fantástica. Eu geralmente não sou ligada em hip hop mas gosto quando se combina instrumentos como esta que tem violino e sax. Começa como uma canção infantil e o ritmo vai ficando mais pesado assim como a letra.

segunda-feira, abril 07, 2008

Mulherzinha macho

Ano passado entrei pela primeira vez na loja Joann's que vende material de costura e tal. Fiquei super perdida lá. Sou mais familiarizada com o Home Depot, uma mega-loja que vende material de construção.
Somos criadas no Brasil pra ser sexo frágil. Geralmente não carregamos coisas pesadas. Se tem um casal no mesmo carro, frequentemente é o homem que dirige. Eles que consertam as coisas. Quando eu e o Dan morávamos juntos não tinha isso. Montei móveis, consertei privada, chuveiro, computador o que for e ainda dirigia melhor. Aliás eu nunca fui o tipo de mulher tradicional prendada. Na adolescência quando ia acampar com os meninos, eu fazia a fogueira e eles cozinhavam. Também nunca curti as festas que as mulheres sentam de um lado pra falar de roupas ou fraldas e os homens do outro lado falando de futebol. Não me convidem pra festa assim. Quando fui pro Brasil ou mais ainda, pro Peru, me achei até meio "durona".
Mas aí em Pisco trabalhei com as meninas da Europa, EUA e Oceania e me achei super mulherzinha. Eu lá me matando pra carregar os baldes de areia e cimento e as meninas mandando ver. Não tinha essa de que não posso fazer isto ou aquilo. Na ONG não existia separação de trabalho entre homem e mulher. Quebrei pedra, carreguei carrinho de mão, achando o máximo porque parecia tão diferente e a mulherada na maior naturalidade. Se o homem se oferece pra ajudar deixando a entender que a mulher não consegue, elas ficam super ofendidas.
Tudo questão de perspectiva, certo?

domingo, abril 06, 2008

Fim-de-semana típico em LA

Fazia tempo que não tinha um fim-de-semana tão movimentado. Dois dias em que não parei e ainda não dormi.
Ontem trabalhei numa festa em downtown num antigo corpo de bombeiros (foto) que hoje é usado para eventos. Trabalhei das 9 às 6 da manhã sem nem tempo de ir ao banheiro. Fazia tempo que eu não fazia isto e deu pra lembrar os velhos tempos. Conheci a maioria dos meus amigos quando trabalhava nas festas no loft de um amigo.
De lá fui direto trabalhar num projeto de um evento que acontece em maio (em breve conto mais). Parei na metade do projeto pra fotografar o casamento de uma amiga. Coisa rápida.
Finalmente fui pro Brewery Artwalk, algo que não fazia há 5 anos. O Brewery, como o nome já diz, é uma antiga fábrica construída em 1888. Em 1982, ela passou a ser uma comunidade de artistas distribuída em 300 lofts e que 2 vezes ao ano abre as portas para mostrar e vender as obras de arte que eles criam. São 8000 visitantes durante o fim-de-semana. Havia de tudo: pinturas, fotografias, esculturas, roupas, jóias, aula de culinária e até urnas pra colocar as cinzas do seu bichinho de estimação. Bem mais dinâmico que uma visita ao museu, sem contar que conheço uma boa parte dos moradores.
Morar no Brewery é meu sonho de consumo mas infelizmente eles não aceitam cachorros.
São fins-de-semana assim que lembro das razões de gostar desta cidade. Agora não vejo a hora de poder deitar a cabeça no travesseiro.

sexta-feira, abril 04, 2008

Template

A foto não encaixava direito com o template antigo e como não sou lá aquilo tudo com HTML, resolvi mudar o template. Eu não estou certa se eu gosto deste, então pode ser que eu mude semana que vem novamente.
O que vocês acham? Preferem o último?

Este é o quarto template e o segundo nome (antes, Diário de Bordo) em 6 anos de blog.

Twitter não

Primeiro foi o Friendster, daí todos nos mudamos para o Tribe. Eu sabia da existência do Orkut mas não queria fazer parte. Acabei me rendendo 6 meses depois, o que valeu a pena porque reencontrei muita gente do passado.
Em 2007 entrei no MySpace mais pra negócios e depois de muita insistência veio o Facebook.
Agora recebo convites aqui e ali pra entrar no Twitter. Chega! É network demais.
Seria bom juntar tudo num só mas há diferentes amizades em cada um.

Friendster - foi o grande início e hoje em dia é muito melhor mas agora é tarde demais. Praticamente ninguém usa.
Tribe - são todos os amigos do Burning Man. Definitivamente é meu favorito porque criamos a página do jeito que a gente quer e na primeira página tem as informações necessárias: atualização dos grupos, blogs e fotos. Acho o visual mais limpo também. É lá que a gente se atualiza de tudo o que está acontecendo nesta comunidade, seja de festas ou pessoal. Também onde os bambolezeiros do mundo se comunicam e mostram os novos vídeos. O grande problema do Tribe é que por ser o menos corporativo de todos, frequentemente entra em manutenção.
Orkut - acho praticamente o pior de todos. Lembra quando a página mostrava donut o tempo todo? Está melhor agora já que pode colocar mais fotos, ver a atualização dos amigos e limitar acessos mas acho que ainda deixa a desejar. E esse lance de um roubar identidade do outro? Maior saco.
MySpace - praticamente todo mundo nos EUA está nesta rede. Eu não gosto muito porque acho visualmente terrivel. Raramente abro mas muitos amigos curtem a possibilidade de entrar em inúmeras bandas ou DJs e ouvir a música deles.
Facebook - onde eu encontro os amigos de outros países. Interessante como acessa a sua lista de endereços do hotmail ou yahoo e automaticamente encontra todos os seus amigos. Aliás tem muita coisa interessante no facebook: desde a postagem de fotos onde se linka os amigos ao mais variável tipo de jogos. Provavelmente é o que está crescendo mais e a princípio parece interessante mas depois cansa receber tanto convite pra aplicações bobas.

quarta-feira, abril 02, 2008

Stress

Até semana passada eu estava num baita stress.
Primeiro porque sempre dei abrigo pra todo mundo na minha casa, tanto aqui quanto no Brasil. Agora é minha vez e eu tenho muita dificuldade em pedir favores. Estou tão acostumada a ser independente que a idéia de depender dos outros me apavora. Não sei se procuro um lugar pra morar porque acho que vou sair daqui logo.

Minha outra novela tem sido o seguro-desemprego que depois de entrevistas, ligações, cartas, eu ainda não recebi dinheiro.
Pra melhorar, o Pimpy ficou super doente e enquanto eu estava no veterinário tendo que pagar uma conta de 200 dólares, recebi uma carta do seguro-desemprego que meu pedido tinha sido negado. No mesmo dia eu e o meu ex brigamos. Foi a ponta do iceberg.

Caí num berreiro grande mas depois disto respirei fundo e acalmei. Já estou 100%, vai lá 90%.

Essa semana já fui pra uma aula de Staff (bastão). Minha paixão continua sendo o bambolê mas é sempre bom aprender algo mais. Se você não sabe o que é staff, taí um
vídeo do meu professor.