terça-feira, maio 30, 2017

LIB 2017

De volta do LIB. Eu não festei, não dancei e até dormi bastante mas acho que estou desidratada porque estou completamente exausta. Mal consigo ficar acordada hoje.
Eu acho que este foi meu último ano de trabalho em festival. Não é mais pra mim. Vejamos no ano que vem mas realmente deve ser minha aposentadoria.

Este ano cuidei do family camp, que foi bem tranquilo. Meus melhores momentos esse ano foram:

- ao lado da nossa área tinha um ninho de uma águia careca. Eu nunca tinha visto uma. Esse animal é o símbolo do país e ameaçado de extinção. A área em volta da árvore estava protegida pela lei federal com pessoas monitorando o nível de decibeis no local. Inclusive o festival terá que monitorar o ninho que tem filhotes durante 5 anos, com risco de receber uma multa salgada.

- no primeiro dia tive um sonho que encontrei um amigo que eu não via há 4 anos. Dois dias depois descubro que ele estava acampando bem perto de mim. Conversamos por 2 horas. Foi a primeira vez que tivemos "quality time".

terça-feira, maio 23, 2017

Porque eu vou pra festivais

Photo by Andrew Jorgensen
Hoje parto pro meu 13º Lightning in a Bottle Festival. Hoje em dia eu não frequento tantos festivais quanto antigamente. Não me considero "party animal". O que eu gosto mesmo é de estar envolvida na realização de um grande evento. Acho que em 2017 só vou trabalhar neste mas por que ainda curto essa cultura de festivais?

1) dar um tempo da internet
2) me exercitar
3) sair da cidade e ficar na natureza
4) convívio em comunidade
5) alimentação

  1. Eu sei que é necessário dar um tempo de eletrônicos de vez em quando mas é um desafio e tanto considerando que grande parte do meu trabalho é online e toda interação na cidade é feita com alguém grudado em algum aparelho. Esse é o único jeito de eu me afastar um pouco de tecnologia. 
  2. Eu sei que isso não é motivo pras pessoas irem a festivais mas como ainda não encarei uma academia, eu fico animada com a ideia de caminhar milhas por dia e se possível ainda dançar um bocado. Eu preciso de mais exercícios!
  3. Mesmo com milhares de pessoas em volta é bom não estar na cidade. Depois de uns dias, é bom também voltar à cidade e apreciar o nosso próprio chuveiro e privada e sair daquela poeira toda.
  4. Eu não tenho mais vontade de morar no mesmo teto com um monte de gente mas continuo com vontade de morar perto de amigos e de gente que divide os mesmos ideais e se envolver em projetos juntos. Enquanto isso não acontece, acordar num festival para trabalhar e se divertir com amigos sem precisar dirigir no trânsito da cidade é o mais próximo desse ideal de estar em comunidade.
  5. Isso só acontece quando vou a trabalho mas a comida vegetariana que eles preparam pros funcionários é fantástica. Acho que sou a única que engorda nesses festivais.

quarta-feira, maio 17, 2017

Da Série "Me Mordo de Ciúmes"

...ou nesse caso a falta dele.
Ano passado conheci um cara durante um retiro/festival e nos conectamos de cara durante um exercício de conexão e comunicação não-verbal de um workshop. Eu estava num processo de cura de uma depressão profunda e o olhar dele, por incrível que pareça, me deu força. Não foi nada sexual, só energia boa mesmo. Acontece que ele é casado e diga-se de passagem com uma das mulheres mais lindas que já conheci. Também gostei muito dela e ficamos amigas. Em geral mantenho minha distância por causa da minha herança cultural do ciúmes brasileiro.
Na última festa de aniversário que os encontrei, passei um tempo conversando com os dois e depois que ela saiu, eu e ele continuamos conversando por um tempão sobre a viagem que eles fizeram e afins. No final quando me despedi dela, ela disse:
- O Andrew te adora. Toda vez que ele te vê, ele gosta de conversar contigo.

Eu já sabia que essa turma tinha um grande nível de maturidade mas ainda assim fiquei surpresa. Cadê o chilique e a baixaria me chamando de piranha pra baixo? NAO TEM! Minha admiração por essa mulher tão segura aumentou ainda mais e que tranquilidade saber que posso continuar amiga do meu amigo.

Talvez esse seja um dos principais motivos de eu gostar de morar aqui. Paz de espírito sem desconfianças e neuroses.

segunda-feira, maio 15, 2017

Tubarão!

Aparentemente essa época do ano no sul da Califórnia é temporada de tubarão. Já havia acontecido no ano passado mas este ano foram avistados até agora 25 (o número varia de 10 a 25) tubarões-brancos jovens dando um rolê e alguns super próximos da areia.
A primeira notícia surgiu em Dana Point quando o helicóptero avisou para as pessoas que estavam com paddleboard saírem calmamente do mar pois havia 15 tubarões em volta deles. Imagina o apavoro?
Especialistas explicam que agora há uma abundância de comida nessa área para eles como o linguado e a arraia.

Vídeo AQUI

quarta-feira, maio 10, 2017

Santa Marta e Tayrona (2)

Já faz mais de um mês que voltei da viagem e ainda não arranjei tempo pra escrever sobre tudo. 
Os planos até chegar em Santa Marta era passar um ou dois dias acampada dentro do Parque Natural Tayrona mas tudo mudou quando chegamos no resort e bateu o apavoro de carregar um mochilão numa trilha de 2 horas. E diga-se de passagem, trilha que sobe, desce e caminha na areia da praia. Eu teria morrido. Chegando no acampamento do parque, percebemos que foi uma decisão certíssima. Com a umidade na frente da praia, os colchões dentro das barracas não são dos melhores. Deu pra sentir bem aquele cheirinho de mofo. 
Então só passamos um dia lá mas valeu muito. Adorei a trilha que é grande parte pela floresta e o restante final pelas praias. As praias são lindas, a água não tão quente quanto eu imaginava mas super gostosa, clara e limpa. A praia mais famosa e turística é Cabo San Juan que tem um mar mais calmo mas eu fiquei um pouco incomodada com a quantidade de lixo que os turistas deixam. 
Eu preferi La Piscina que tem coral e arrecifes que servem quase como uma muralha. 


Eu continuo uma jornalista de araque com pavor de câmera. Bate o nervosismo e eu falo coisas como tipos de espécies. Eita! Outra coisa. Esta praia não é La Piscina, é Arenales.

No dia seguinte nos mandamos para a última noite em Santa Marta. O centro tem vários barzinhos, lugares para dançar e um por do sol maravilhoso na praia. Bem gracinha a praça principal.