quinta-feira, junho 30, 2005

e falando em cachorros...

Unindo diferenças culturais, crianças, homens e cachorros num só post.

Mães sempre ficam ofendidas se faço alguma relação com pessoas que educam cachorros e pessoas que educam crianças mas o fato é que a cada dia que passa vejo mais coisas em comum. Me desculpe se alguém se ofende com isso.

Hoje operamos a Nina porque ela estava quase na hora de entrar no cio e o Pimpy ia fazer a festa. Aqui todo mundo castra ou liga (tira?) os ovários. Não encontrei injeção anticoncepcional. A única opção é operar, que eles chamam de fix/spay/neuter o bichinho de estimação. Eu não estou muito certa da decisão tomada. Agora estamos aqui apavorados porque parece que os pontos estão abrindo e ela está sangrando.
Todo mundo aqui spay e se você não faz isso, eles te olham de cara feia. Os argumentos são vários: porque o cachorro fica mais obediente e menos agressivo, porque pára de montar em todo cachorro ou perna que vê pela frente, porque não há risco de eles terem câncer nos ovários ou testículos e principalmente porque já tem animal suficiente virando sabão todos os anos. Várias pessoas descobrem que não têm tempo pra se dedicar ao bichinho de estimação (ou vários outros motivos) e acabam dando pra carrocinha, na verdade para o pound ou animal shelter, um lugar que eles passam meses até serem adotados e se ninguém adota, eles sacrificam.

E onde o homem entra nessa história? Uma coisa que sempre pensei em escrever mas nunca tive audácia foi sobre circuncisão. Quando morava no Brasil, achava que só judeu é que passava por isso. Qual não foi minha surpresa em saber que a maioria dos americanos passam por essa operação? Você sabia disso? Eu não fazia a menor idéia. Assim como o cachorro americano, o homem aqui passa por uma operação no início da vida e as pessoas também olham de cara feia se o homem mantém o p... ao natural (são tantos nomes mas nunca sei qual usar). Eles consideram até anti-higiênico e mais propenso a doenças (mesmo argumento na operação dos animais). Eu acho que isso tudo é história pra boi dormir.

Mais uma das nossas diferenças porque castrar um bicho no Brasil é considerado algo completamente anormal e terrível de se fazer. adendo: Outro fator que conta é que lá grande parte não está disposta ou não tem condições de gastar dinheiro com os amigos de 4 patas. Mesma coisa com circuncisão e pra colocar crianças no mesmo balaio, estava lendo um blog em que as crianças fazem a maior bagunça em lojas de departamento por aqui. Geralmente essas crianças são latinas. Porque somos do país em que a liberdade prevalece sobre a disciplina. Gostamos de deixar os pênis, as crianças e os cachorros do jeito que vieram ao mundo.

A única coisa que está mudando é em relação ao corpo feminino. Volta e meia alguém comenta que o Brasil é o campeão mundial em cirurgia plástica mas isto é conversa pra outra hora.

3 comentários:

  1. ueba!!! que legal...

    entao, coisas que pensei no momento. Belgica é famosa pelos chocolates, pelas cervejas (quase mil), batata frita, pelo poirot, que era belga, hohoho... o tim tim ou tin tin, sei la. Pelo menino mijao em bruxelas, pelo monumento atomium, pelas 3 linguas oficiais mais o inumeros dialetos... vixi... quer mais?! vou pensar em mais coisas. Mas me diz direito o que vc tem que fazer.

    beijao

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  2. Megui, quando tive meu filho optei por nao circuncisar o meu filho. Meu marido tambem concordou, apesar dele ser americano. Pra mim, foi uma decisao completamente natural, mas meu marido ficou em cima do muro. Nenhum argumento pro me convenceu.

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  3. hahahaha!

    gostei disso: Gostamos de deixar os pênis, as crianças e os cachorros do jeito que vieram ao mundo.

    qdo a circuncisao eu nao sei, mas acho certissimo castrar os animais. deixa tudo mais facil pra todos. a nao ser que voce queira montar um canil ou um gatil. parece cruel privar os bichinhos de uma vida sexual, transforma-los todos em eunucos bonzinhos. mas pra ter animais indoors tem que ser assim.

    qto as criancas em lojas, latinas ou nao, voce sabe a minha opiniao. ;-)

    bjus!

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