Depois dos documentários que eu assisti, tenho pensado muito na (ir)responsabilidade da procriação. Eu sei que todo mundo que tem filho diz é a coisa mais maravilhosa do mundo, que sua vida muda e tal. Eu acredito. O amor incondicional realmente é lindo.
Eu já passei por várias fases sobre querer ser mãe ou não. Disse que jamais teria filho até os 28. Depois disse que adotaria. Daí fiquei louca pra ser mãe, tanto a ponto de quase propor a um amigo pra fazermos um. E então comecei a namorar e fui deixando pra lá porque o namorado não queria.
Agora tenho pensado muito no impacto que nossa espécie está deixando no planeta. Não é questão de educar bem, de ser ecologicamente correto, etc. Com a expectativa de vida aumentando a cada geração, o planeta não tem estrutura pra suportar um crescimento populacional tão grande. Estima-se que seremos 12,5 bilhões em 2050. A água potável já é uma preocupação. Nossa superpopulação precisa de mais comida e consequentemente mais terra pra gado e plantações, mais terra para construção de cidades, mais recursos usados para o nosso bem-estar. Nisso vamos tirando o espaço de outras espécies tanto vegetais quanto animais. Quantos animais estão sendo extintos por destruirmos o habitat deles? O planeta não tem capacidade de suportar tanta gente.
Eu sei que é viagem minha e quase impossível de acontecer mas a única solução que eu vejo, seria limitar o número para um filho em cada família, como já foi feito na China. É necessário uma redução da população mundial. Acho que só com o controle demográfico aliado a educação ambiental poderemos ter mais qualidade.
Fui pesquisar sobre o assunto e acabei de descobrir que esta é uma idéia ecomalthusiana.
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quarta-feira, março 10, 2010
sexta-feira, fevereiro 19, 2010
Educação
Ontem na universidade, fiquei um tempo conversando com o coordenador do departamento de línguas. Falamos sobre a situação do ensino e de como o governo está cortando verbas, demitindo funcionários, fechando escolas... Só em Pasadena, cidade ao lado de onde moro, 3 escolas públicas vão ser fechadas este ano.
Também falamos de como está aumentando a diferença de qualidade entre escolas particulares e privadas.
Uma coisa que eu sempre notei é que o ensino de inglês focaliza mais na literatura do que gramática. Há muita análise de texto mas vai falar de preposição? Ninguém lembra mais.
Ele comentou que nos anos 80 ou 90 depois de muita reclamação dos pais, a repetência foi banida pois atingia muito a auto-estima da criança. Todo mundo passava de ano. Aliás, o medo de se sentir "loser"(fracassado) foi a primeira coisa que eu notei no americano. Daí ele disse:
- O resultado foi que tivemos um monte de burros se sentindo o máximo.
Também falamos de como está aumentando a diferença de qualidade entre escolas particulares e privadas.
Uma coisa que eu sempre notei é que o ensino de inglês focaliza mais na literatura do que gramática. Há muita análise de texto mas vai falar de preposição? Ninguém lembra mais.
Ele comentou que nos anos 80 ou 90 depois de muita reclamação dos pais, a repetência foi banida pois atingia muito a auto-estima da criança. Todo mundo passava de ano. Aliás, o medo de se sentir "loser"(fracassado) foi a primeira coisa que eu notei no americano. Daí ele disse:
- O resultado foi que tivemos um monte de burros se sentindo o máximo.
quinta-feira, fevereiro 18, 2010
Carreira
Evito admitir isso mas desde que cheguei em Los Angeles tenho procurado uma nova carreira. Penso, penso logo existo, no entanto não decido. Já me embrenhei pelo jornalismo, comunicação visual, cinema, marketing, arte, eventos, ensino, contabilidade e por aí afora. O que não é de todo mal pois gosto desta diversificação. O problema é que lá se vão 10 anos e continuo pulando de galho em galho.
Continuo ensinando português e não quero parar. Adoro dar aula. Mas não é algo que necessariamente dê pra pagar as contas.
Parece que este ano finalmente estou mais certa do que fazer. Ainda assim, são duas opções. Agora estou optando não tanto pelo parece legal mas pelo o que levo jeito.
1) Sustentabilidade - a causa ecológica sempre teve um lugar especial no coração. Quando tinha 11 anos, já considerava estudar Ecologia no único curso existente do Brasil. A idéia foi descartada pois nos anos 90 o mercado de trabalho era praticamente inexistente. Na adolescência, amigos me chamavam de Mãe Natureza. Além do mais, tenho compulsão de evitar desperdícios. Seria eu pão-dura? Talvez. Mas não é questão de dinheiro. É de desperdício mesmo, independente de vir do meu bolso ou não. Hoje em dia, gerenciar recursos virou necessidade.
2) Finanças - segundo a revista Forbes, atualmente contabilidade é o negócio mais lucrativo na relação custo-benefício. Apesar de eu ser MUITO boa em matemática e administração financeira, a idéia de estudar economia ou algo do gênero me parece a coisa mais chata do mundo. Só que eu sempre acabo envolvida com a parte financeira das empresas e ainda por cima venho de uma família de contabilistas. Entretanto, tenho pavor de trabalho estável de escritório de 8 às 5. Daí descobri o cargo de "bookkeeper" onde a pessoa aparece, gerencia suas contas, paga todo mundo e cai fora como na empresa que eu trabalho. Ainda por cima, ganha muito mais que todos nós. Flexibilidade de horário...taí uma coisa que me deixa feliz.
Apesar disso tudo, nesse momento eu gostaria de estar no Haiti ajudando no que fosse preciso e documentando tudo. Se não fosse o compromisso com meus alunos...
Continuo ensinando português e não quero parar. Adoro dar aula. Mas não é algo que necessariamente dê pra pagar as contas.
Parece que este ano finalmente estou mais certa do que fazer. Ainda assim, são duas opções. Agora estou optando não tanto pelo parece legal mas pelo o que levo jeito.
1) Sustentabilidade - a causa ecológica sempre teve um lugar especial no coração. Quando tinha 11 anos, já considerava estudar Ecologia no único curso existente do Brasil. A idéia foi descartada pois nos anos 90 o mercado de trabalho era praticamente inexistente. Na adolescência, amigos me chamavam de Mãe Natureza. Além do mais, tenho compulsão de evitar desperdícios. Seria eu pão-dura? Talvez. Mas não é questão de dinheiro. É de desperdício mesmo, independente de vir do meu bolso ou não. Hoje em dia, gerenciar recursos virou necessidade.
2) Finanças - segundo a revista Forbes, atualmente contabilidade é o negócio mais lucrativo na relação custo-benefício. Apesar de eu ser MUITO boa em matemática e administração financeira, a idéia de estudar economia ou algo do gênero me parece a coisa mais chata do mundo. Só que eu sempre acabo envolvida com a parte financeira das empresas e ainda por cima venho de uma família de contabilistas. Entretanto, tenho pavor de trabalho estável de escritório de 8 às 5. Daí descobri o cargo de "bookkeeper" onde a pessoa aparece, gerencia suas contas, paga todo mundo e cai fora como na empresa que eu trabalho. Ainda por cima, ganha muito mais que todos nós. Flexibilidade de horário...taí uma coisa que me deixa feliz.
Apesar disso tudo, nesse momento eu gostaria de estar no Haiti ajudando no que fosse preciso e documentando tudo. Se não fosse o compromisso com meus alunos...
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