quinta-feira, fevereiro 23, 2017

Composteira

Com toda a umidade neste inverno, minha composteira finalmente encheu de minhoca vermelha ao invés dos bichos brancos nojentos.
Pequenas felicidades do dia-a-dia.

Livrando-se dos preconceitos

Já vou alertando que esse post é sobre a bissexualidade alheia. Eu sempre me considerei uma pessoa super liberal mas de vez em quando percebo um resquício conservador de quem passou grande parte da vida numa cidade relativamente conservadora. Nunca é tarde pra ver que ainda tenho preconceitos e tentar corrigí-los.

Um tempo atrás, um amigo veio me contar que finalmente conseguia se assumir bissexual. Na minha cabecinha veio o pensamento:
- Será que ele é gay mas ainda não consegue admitir isso?
- Será que realmente existe homem que gosta de homem e mulher?

Outro dia uma amiga veio me perguntar se eu entraria numa relação com um homem bissexual e a resposta veio rápido:
- Provavelmente não.

Mas agora meses depois, percebo que esse pensamento é limitado. Se existe mulher bissexual (que aliás parece bem mais aceitável pela sociedade), por que não existiria homem bissexual também? Um dos meus primeiros alunos me disse que muito homem casado (com mulher) dava em cima dele porque eles queriam uma experiência diferente. Outra amiga me explicou que gosta de ver 2 homens juntos porque é uma energia completamente diferente do que ela pode proporcionar, que é algo mais agressivo e ela acha isso super sexy. E convenhamos, acho que a maioria dos homens curte muito fazer sexo anal, não é não? Hoje em dia, me dou conta de que tenho mais amigos bissexuais do que imaginava.
E por que eu me considero tão contra em me relacionar com alguém que gosta do ser humano ao invés do gênero? Eu sei que na minha época de adolescência em Floripa não se falava muito disso mas atualmente esse assunto (ou talvez as pessoas das metrópoles) já falam sobre isso com mais naturalidade.
Hora de expandir mais a cabecinha e perceber que eram preconceitos desnecessários.

terça-feira, fevereiro 21, 2017

Distância da Terrinha

Em janeiro fez 3 anos que não vou ao Brasil. Às vezes parece que faz muito mais. Ao mesmo tempo que me sinto cada vez mais brasileira, eu estou completamente por fora do Brasil em termos de cultura, música, cinema...super desatualizada mas também, né? Última vez que fui a Floripa, só rolava música sertaneja. Daí não dá mesmo.
Bate saudade quando vejo as fotos maravilhosas das praias e do verão. Apesar de curtir bastante a vida cultural na cidade grande, continuo com vontade de ter um quintal com uma grande horta e galinha pois eu já ando bem mais caseira que 10 anos atrás.
O fato é que metade da juventude foi passada na efervescência cultural carioca e a outra parte no sítio do vô com galinha, codorna, coelho, vaca e muita fruta, verdura e legume colhidos na hora. Quero um ar menos poluído, uma estrada menos engarrafada, vizinhos gentis e minha internet, que sem ela não vivo mais. Mas será que não sentiria falta dessa incrível variedade de opções e mentes super liberais?
No sábado, por exemplo, fui num rinque de patinação. Super divertido! No dia anterior, trilha com cachoeira, que aliás tem várias na cidade. Dezesseis anos nesta cidade e raramente falta opção de coisa pra fazer, apesar da preguiça me fazer ficar muuuuuuuuito em casa.

domingo, fevereiro 19, 2017

Hollywood

Quem assistiu Rebelde Sem Causa com James Dean onde há uma cena no Griffith Observatory? Ou Uma Linda Mulher filmado em Beverly Hills? Para um recém-chegado em Hollywood, é impossível não lembrar as várias cenas famosas que assistimos ao longo de nossas vidas. Algumas são claras e mostram pontos turísticos bem conhecidos de Los Angeles como o pier de Santa Monica ou o letreiro e outras mais sutis onde só os residentes reconhecem mas para os amantes de cinema, LA é uma prova de reconhecimento de cenas que nos marcaram.
Em tempos de telas grandes de televisão e Roku TV, eu raramente vou ao cinema hoje em dia a não ser que seja um filme em que vou curtir muito a fotografia.
O filme que escolhi neste início de ano foi La La Land, um musical estrelado pelo gostoso Ryan Gosling e os olhos penetrantes de Emma Stone. Apesar de preferir histórias mais intensas, foi interessante assistir um musical moderno que homenageia a cidade que moro há 16 anos. O filme já começa com um engarrafamento na freeway 105 e de quebra alguém bamboleando. Também fala da vida de ator iniciante e seus testes de gravações. Tem um tom anos 40, já que foi a era dourada dos musicais e pelo protagonista ser um músico de jazz mas sem uma extrema cantoria que eram os musicais da época.

terça-feira, fevereiro 14, 2017

Amori para Prefeito

É Valentine's Day!
Ótima oportunidade para falar da campanha do amigo Paul E. Amori para prefeito. Na verdade esse amigo era conhecido por outro nome e criou esse personagem há alguns anos quando começou a produzir festas e espaço artístico de Valentine's Day e festivais, tudo em nome do amor. No ano passado ele registrou o novo nome dele, algo bem fácil de se fazer nos EUA e contou que ia se candidatar a prefeito. Eu achei que era zoação mas de repente lá estava o Amori coletando assinaturas para a candidatura pelo Partido do Amor.
No dia 7 de março tem eleições. Como não tem campanha, panfletos e o voto não é obrigatório, muita gente nem sabe sobre as eleições.


sexta-feira, fevereiro 03, 2017

Mais Trabalho

Depois de um ano com pouquíssimo trabalho e torrando todas as minhas economias, esse ano preciso correr atrás do prejuízo. Estou focada em conseguir qualquer trabalho, antes que eu tenha que me mudar pra sala da minha mãe por não conseguir mais pagar o aluguel e conta médica.
Eu sempre me virei desde os 15 anos. Acredito que esse ano eu encontro uma saída.
Estou aceitando tudo e avisando pros amigos: promoção, cuidar de cachorro, trabalho em bar, motorista...enfim qualquer bico. Nos EUA você aprende a deixar o orgulho da classe média brasileira e aceitar que qualquer trabalho é trabalho.

Hoje de manhã, um pensamento que vai e vem ao longo dos anos ressurgiu: estudar nutrição. Sempre fui apaixonada por isso desde os 15 anos. Hora de estudar a possibilidade.

quarta-feira, fevereiro 01, 2017

Coração Partido

Esses dias alguém me perguntou se eu já parti muitos corações. Nunca tinha pensado nisso mas cheguei a conclusão de que nunca fiz isso, a não ser um amor platônico.
Nas histórias breves, eles que caíram fora. Em duas longas fui eu mas foi tudo aos poucos e a gente manteve a amizade, provavelmente porque eu levo anos até entrar em outra relação.
Taí uma coisa pra ter orgulho: não machucar os outros.