Uma coisa que eu aprendi nessa vida é que ninguém sobrevive só de boas intenções, discursos, pensamentos e orações. Na hora do sufoco o que conta mesmo são as ações e atitudes de chegar e fazer. Será a “empatia prática”? E contar com gente assim é impagável. Nesse momento difícil algumas pessoas queridas tomaram as rédeas e não sei o que seria sem elas, tanto amigas da minha mãe quanto amigas minhas. Isso sempre toca meu coração. Como é bom poder contar com apoio, amor, compaixão e atitude. Aquela doação sem esperar nada em troca e puro amor ao próximo. Sou grata pelo resto da minha vida.
Demonstrações de amor contam muito mais que orações a divindades religiosas.
Os resultados de um mundo melhor com mais amor vem das nossas ações, não das nossas intenções. Eu vejo muita gente que prega muita coisa mas na hora do "vamos ver" não age de acordo. Acho que isso serve para a maioria de nós. Apareceram amigos que não vejo há 10 anos oferecendo ajuda todos os dias seja com uma palavra de conforto, uma refeição, qualquer coisa. Obrigada por haver pessoas assim pois não contar com ninguém nessas horas seria muito mais difícil do que já é. As intenções e orações não ajudam a me dar um descanso pra ficar mais forte no processo de estar ao lado da minha mãe.
Descobri que a lei do direito de morte (eutanásia) foi aprovada no ano passado na Califórnia. Ainda bem. Nunca mais quero ver um ser humano sofrendo desse jeito. Os gritos de dor que escutei no corredor do hospital são aterrorizantes.
Já não estou sentindo tanta falta de casa porque meu pensamento está concentrado na minha mãe. Comentei com os amigos de lá sobre a ideia de ficar aqui um tempo e eles: "não! queremos você aqui onde você pertence". Que bonitinho! O que seria dessa vida sem amigos?
sábado, fevereiro 17, 2018
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