Esta manhã um garoto de 17 anos carregado com um rifle e armas desapareceu em La Verne, oeste de Los Angeles. Coincidentemente hoje faz 8 anos que aconteceu o primeiro tiroteio de estudantes em escolas americanas, a famosa história da Columbine High School no Colorado onde 15 pessoas morreram.
Por precaução os pais do garoto avisaram à polícia e as aulas da escola que ele estuda foram suspensas.
E a tendência é o ser humano se esconder cada vez mais dentro de casa, evitando ao máximo o contato com outras pessoas. Mesmo agora as pessoas, se quiserem, mal precisam sair de casa porque a gente pode conseguir tudo pelo computador ou telefone.
sexta-feira, abril 20, 2007
quinta-feira, abril 19, 2007
Filmes da semana
Minha preferência são os filmes que tenham uma história bem contada, filmes mais psicológicos do que visuais, que chacoalhe o cérebro um pouco e principalmente que saia daquela fórmula de mocinha paranóica que precisa ser salva, mocinho galã tentando afirmar a masculinidade e bandido malvado que vai se ferrar no final.
Dois filmes que eu recomendo:
Half Nelson - filme independente de um diretor novo em Hollywood assim como o ator Ryan Gosling que ganhou indicação para o Oscar por causa deste trabalho. Outro roteiro muito bem contado, cheio de histórias "nas entrelinhas" sobre um professor de História viciado em crack e a amizade com uma aluna. Outra coisa que eu gostei é que trata da questão racial com muito mais naturalidade. A gente espera que eles vão começar a falar de preconceito e não falam.
Virginia Tech

Esse foi meu comentário no blog Sonho Meu:
Graças a um professor, acho muito relativo essa coisa de atribuir atitudes violentas a loucura. Pode ser que o cara fosse louco. No entanto, culpar a loucura é uma forma mais fácil de justificar um ato violento tirando a responsabilidade da sociedade. Porque, afinal, ninguém quer ouvir que a forma que vivemos está errada, não é mesmo? O fato de alguém ter um comportamento sinistro ou depressivo não significa necessariamente que essa pessoa vá sair por aí assassinando os outros.
O problema é bem mais complexo. Além da questão do armamento, existem vários outros aspectos que andei pensando desde que assisti Bowling for Columbine:
- O uso cada vez maior de video-games cria um mundo imaginário distante da realidade. Matar no mundo imaginário é muito comum.
- Crianças americanas crescem cada vez mais sem conexão com família. É uma instituição que está se desintegrando nesta sociedade. Os pais, que trabalham cada vez mais e passam pouquíssimo tempo com as crianças, quase não dão carinho para os filhos e essas crianças perdem um pouco (ou muito) da noção do amar e ser amado.
- o individualismo total
- e claro, a questão da violência. Os EUA condenam qualquer imagem erótica/sexual mas mostram armas e agressividade sem nenhum problema, tanto no cinema quanto na TV e nos desenhos animados, etc. Há tanta banalização da violência que faz parecer quase legal, sem contar no destaque que a imprensa dá.
No blog Stuck in Sac, achei esse artigo do jornal The Independent muito interessante sobre o caso.
sábado, abril 14, 2007
Vento ventania

Blogs
Por falar em clima, o blog da Lucia é completamente ecológico e trata de várias questões ambientais.
Qual a sua opinião sobre aquecimento global?
Ontem finalmente terminei de assistir Inconvenient Truth do Al Gore.
Me diz aí, sem julgamentos sem nada:
- Você pensa sobre o assunto e já começou a mudar sua rotina.
- Você pensa sobre o assunto mas por enquanto não tomou nenhuma iniciativa.
- Você não pensa sobre o assunto.
- Você acha toda essa história de aquecimento global um saco e tem mais o que fazer.
- Nem acha que é tão grave assim.
O que fazer para melhorar?
Caso você não saiba o que fazer, aqui estão algumas sugestões.
O que eu faço?
- Tenho um carro econômico. Resolvo várias coisas num dia só pra ter que dirigir menos.
- Levo sacola (pano ou plástico) pro supermercado. Aprendi a fazer isto na Alemanha, desperdício lá é praticamente crime. As sacolas plásticas são difíceis de reciclar .
- Reciclo tudo há 15 anos.
- Ajudo no controle demográfico :) : não tenho filhos e não pretendo ter vários. Com a expectativa de vida aumentando, a população está quadruplicando e a necessidade do uso de todos os recursos naturais também. Portanto mais devastação.
domingo, abril 01, 2007
Qual a eficácia de uma assinatura?
Esses dias estava lendo sobre um grupo de atores globais que criou uma ONG para ajudar a proteção da Amazônia. Eles estão fazendo um abaixo-assinado para entregar ao presidente Lula. Não consegui achar mais detalhes sobre o assunto mas essa notícia me fez pensar sobre uma coisa.
Sei que a intenção dos atores é boa como também de qualquer um que cria um abaixo-assinado em prol de uma boa causa. Mas a convivência com os americanos está me ensinando uma coisa: a praticidade.
Sinceramente não acho que abaixo-assinado seja a forma mais eficaz de conseguir que uma idéia se transforme em ação. Posso estar errada mas parece que toda vez que há um problema no Brasil, a saída é reclamar para o Governo esperando que eles tomem uma atitude. Hoje em dia, acho que os cidadãos têm um papel tão importante quanto os políticos e que a gente pode mudar muito mais do que se imagina. Essa coisa de culpar/responsabilizar o Governo ou Deus por todos os problemas ou soluções infelizmente não traz muitos resultados e o que a gente vê é uma chuva de lamentações e todo mundo sonhando que o futuro, quem sabe, seja diferente.
Manifestações à parte, o que o indivíduo pode fazer de uma forma prática? Alguns exemplos que eu vejo hoje em dia:
- Angelina Jolie. Sim, ela é rica e famosa. E daí? Vai para vários países pobres, convive com eles, escuta, traz soluções, faz doações, levanta questões e também claro, pressiona o Governo.
- O Tobias passa a maior parte do ano na Tailândia e Camboja. É um cara que tinha acabado de se formar na universidade. Ele poderia lamentar, reclamar do Governo mas ao invés disso, criou uma ONG sozinho, arrecadou dinheiro e está mudando a vida de muita gente naquela região. Mais sobre o Human Translations neste post.
- a ONG que eu faço parte - Global Inheritance - cria várias atividades em grandes eventos para atingir os jovens para mostrar a importância da reciclagem, meios alternativos de energia, uso de transporte público entre outras coisas.
- Várias vezes que alguém na nossa comunidade passa por um problema, o pessoal se organiza, faz uma festa, um leilão ou o que for pra arrecadar dinheiro como um amigo que aos 33 anos descobriu que estava com câncer e junto veio uma conta de hospital de alguns milhares de dólares.
Enfim, acho que essa prática de fazer acontecer muito interessante. Percebo que as pessoas aqui são muito competentes quando se responsabilizam por algo, é quase algo obssessivo mas o mundo está precisando disto mesmo.
No caso dos atores, que bom que eles estão se mobilizando, afinal, quem sou eu para reclamar de boa ação? Mas acredito que eles têm um poder de transformar muito maior, como por exemplo, através de um programa de conscientização local (porque as pessoas tendem a escutar/respeitar pessoas famosas). Com a mobilização da comunidade, fica mais fácil receber denúncias e preservar mais. Claro, que pressionar os políticos é necessário também mas está na hora de esperarmos menos pelos outros.
Sei que a intenção dos atores é boa como também de qualquer um que cria um abaixo-assinado em prol de uma boa causa. Mas a convivência com os americanos está me ensinando uma coisa: a praticidade.
Sinceramente não acho que abaixo-assinado seja a forma mais eficaz de conseguir que uma idéia se transforme em ação. Posso estar errada mas parece que toda vez que há um problema no Brasil, a saída é reclamar para o Governo esperando que eles tomem uma atitude. Hoje em dia, acho que os cidadãos têm um papel tão importante quanto os políticos e que a gente pode mudar muito mais do que se imagina. Essa coisa de culpar/responsabilizar o Governo ou Deus por todos os problemas ou soluções infelizmente não traz muitos resultados e o que a gente vê é uma chuva de lamentações e todo mundo sonhando que o futuro, quem sabe, seja diferente.
Manifestações à parte, o que o indivíduo pode fazer de uma forma prática? Alguns exemplos que eu vejo hoje em dia:
- Angelina Jolie. Sim, ela é rica e famosa. E daí? Vai para vários países pobres, convive com eles, escuta, traz soluções, faz doações, levanta questões e também claro, pressiona o Governo.

- a ONG que eu faço parte - Global Inheritance - cria várias atividades em grandes eventos para atingir os jovens para mostrar a importância da reciclagem, meios alternativos de energia, uso de transporte público entre outras coisas.

Enfim, acho que essa prática de fazer acontecer muito interessante. Percebo que as pessoas aqui são muito competentes quando se responsabilizam por algo, é quase algo obssessivo mas o mundo está precisando disto mesmo.
No caso dos atores, que bom que eles estão se mobilizando, afinal, quem sou eu para reclamar de boa ação? Mas acredito que eles têm um poder de transformar muito maior, como por exemplo, através de um programa de conscientização local (porque as pessoas tendem a escutar/respeitar pessoas famosas). Com a mobilização da comunidade, fica mais fácil receber denúncias e preservar mais. Claro, que pressionar os políticos é necessário também mas está na hora de esperarmos menos pelos outros.
Casa na praia? não, obrigada
Foi-se o tempo que uma casa na beira da praia numa ilha paradisíaca era o sonho de todos nós. Hoje aconteceu mais um tsunami na Ásia, dessa vez próximo às ilhas Salomão. O estrago não foi como o de 2 anos atrás mas até agora 8 pessoas morreram e 2000 estão desabrigadas.
domingo, março 25, 2007
sexta-feira, março 23, 2007
pelas Américas
Serginho, meu amigo de faculdade há 15 anos, partiu esta semana para mais uma aventura. Está indo de carro sozinho de Floripa a Ushuaia e de lá para o Alaska!!! Ai, que vontade de ir junto. Adoro esses meus amigos aventureiros. Espero que ele dê uma parada por aqui.
As histórias seguem no blog dele: Caminho das Américas
E eu que andava atacada, a vontade aumentou ainda mais. Faz uns meses que estou sentindo a mesma ansiedade de quando saí do Brasil. Uma necessidade enorme de aventura, de sair pelo mundo. Não adianta, meu sangue é de cigano. A sensação vai aumentando, aumentando, até começar a ficar estressada. Pensei que 3 dias no México iam me aliviar mas só me enlouqueceu ainda mais. Vamos ver onde isso vai dar.
As histórias seguem no blog dele: Caminho das Américas
E eu que andava atacada, a vontade aumentou ainda mais. Faz uns meses que estou sentindo a mesma ansiedade de quando saí do Brasil. Uma necessidade enorme de aventura, de sair pelo mundo. Não adianta, meu sangue é de cigano. A sensação vai aumentando, aumentando, até começar a ficar estressada. Pensei que 3 dias no México iam me aliviar mas só me enlouqueceu ainda mais. Vamos ver onde isso vai dar.
segunda-feira, março 19, 2007
Etnia e Trabalho
Los Angeles, apesar de ser cosmopolita, é dividida em vários bairros étnicos: negros, japoneses, armênios, indianos, coreanos e por aí vai. Isso de certa forma é natural pois com a barreira da língua, a tendência é de se unir pra enfrentar as diferenças culturais. No entanto, o curioso é como em certas profissões há uma predominância de determinadas nacionalidades. Por exemplo, grande parte dos brasileiros nesta cidade trabalham em restaurantes, principalmente em entrega ou de manobrista.
E segue a lista:
- Indianos - lojas de conveniência 7Eleven
- Coreanos - lavanderia/dry cleaning
- Armenos - taxistas
- Salvadorenhos – jardinagem
- Mexicano – cimento
- Italianos – pintura e mármore
- Negros – telhados
sexta-feira, março 09, 2007
Roadtrip

sábado, março 03, 2007
Clothing Swap
Acabei de voltar de um "clothing swap" na casa de uma amiga. Todo mundo leva as roupas que não usa há mais de um ano ou que nunca usou, junta tudo e cada um pega o que quer.
Não é uma idéia genial?
Aquela roupa que a gente não liga mais pode virar a mais usada no guarda-roupa de alguém. Apareceram umas 10 ou 15 mulheres e todo mundo saiu com alguma coisa. Eu, como sou baixinha, achei que não teria nada pra mim mas não é que tinha coisa pra caramba? Pois é, roupa encolhe. Achei super divertido, as vezes bem melhor do que sair comprando coisa por aí. Imagina a economia?
Sobraram quase 10 sacos enormes de roupas e eu quero ver se consigo doar para o Brasil.
Não é uma idéia genial?
Aquela roupa que a gente não liga mais pode virar a mais usada no guarda-roupa de alguém. Apareceram umas 10 ou 15 mulheres e todo mundo saiu com alguma coisa. Eu, como sou baixinha, achei que não teria nada pra mim mas não é que tinha coisa pra caramba? Pois é, roupa encolhe. Achei super divertido, as vezes bem melhor do que sair comprando coisa por aí. Imagina a economia?
Sobraram quase 10 sacos enormes de roupas e eu quero ver se consigo doar para o Brasil.
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