sábado, abril 23, 2016

Viajar

Uma coisa que as pessoas perguntam muito umas às outras é what are you passionated about it? ou seja, qual a sua paixão?

Provavelmente a minha paixão sempre foi viajar. Sair da rotina, ter contato com outras culturas, ver novos ângulos, novas formas de comunicação, perambular por aí e descobrir novas coisas... sou fascinada por tudo isso. Quando alguém me convida pra viajar, é muitíssimo difícil dizer não. Sempre fico com vontade de largar tudo e cair na estrada.

Pra ver uma coisa, meus 3 longos relacionamentos começaram em viagens. Creio que me abro mais pra novas experiências quando saio da rotina. Na época da faculdade, eu sempre voltava apaixonada dos congressos. Chegava em Floripa e ficava no meu cantinho de novo. Só fui namorar alguém da minha própria cidade depois de sair de lá. Freud explica?

Uma vez com 16 anos, 3 amigos vieram pedir pra eu ir com eles pro interior de Santa Catarina pra Festa do Vinho. Minha mãe liberou, peguei apenas minha escova de dente e fui.
E assim foi crescendo meu gosto por aventuras.

Aliás, da forma que eu gosto de viajar, eu não entendo como até hoje tenho tanta dificuldade em fazer as malas (e às vezes até deixo de ir, como nesse fim de semana). Fico numa pilha só.

Entre 1998 e 2000 eu passei por um período super difícil em Floripa e a solução que encontrei pra melhorar foi uma viagem. Vim pra cá com a intenção de passar alguns meses e aprender inglês e sem dúvida, a mudança de ambiente me ajudou demais. Recomeçar do zero me fez bem.

Agora, pensei em recomeçar do zero novamente e comecei a enviar currículos para algumas empresas em San Francisco e Seattle. Deixar o passado pra trás poderia me ajudar de novo. Eu ando louca pra ficar mais perto da natureza. Cheguei até a fazer um teste pra uma empresa em Seattle. Depois me dei conta que com os exames médicos que são obrigatórios a presença de outra pessoa pra me levar, não seria uma boa ideia me mudar pra um lugar onde não conheça ninguém. Creio também que fazer amizades nos 20 é bem mais fácil do que nos 40.

Então, apesar de não sentir LA mais como a minha casa, eu acho que a única solução viável é ficar por aqui. O Dan e minha mãe sempre dizem que devo voltar pro Brasil. Quem sabe daqui a alguns anos quando o coração sarar?

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