segunda-feira, junho 19, 2017
Catalina Island e outras ilhas
Depois de 16 anos em Los Angeles, posso dizer que conheço essa cidade muito bem mas sempre é possível explorar mais.
Na sexta passei o dia em Avalon em Santa Catalina Island. Sempre achei curioso o fato de que a 20 milhas da costa de Los Angeles há uma ilha com quase o mesmo nome do lugar que nasci, a Ilha de Santa Catarina.
A ilha tem 35km de extensão mas há somente uma pequena vila de 3.500 habitantes, provavelmente porque água potável é bem limitada. O que mais me encantou foi a transparência da água. Andei de caiaque e pude ver vários peixes.
Eu sempre fui fascinada por estes pedaços de terra cercados de água por todos os lados e me vejo sempre visitando um canto assim. Algumas ilhas onde já botei os pés:
- Floripa
- Ilha do Mel
- Tinharé (Morro de São Paulo)
- Hawaii
- Cuba
- República Dominicana
Qual será a próxima? E você, qual sua ilha favorita?
quinta-feira, junho 15, 2017
Recado para os YouTubers
Hoje termino outro projeto do YouTube.
Minha maior dificuldade de trabalhar com os vídeos brasileiros são:
- são super repetitivos (tipo colégio) em que muita gente cria vídeos idênticos.
- vídeos extremamente longos.
Gente, se vocês querem exposição dos vídeos e eventualmente fazer dinheiro com isso, não adianta fazer vídeos de mais de 10 minutos. As pessoas não tem tempo nem paciência, principalmente se for alguém falando pra câmera sem nada mais. O ideal é que sejam vídeos curtos de 3 a 5 minutos.
Fica a dica!
Minha maior dificuldade de trabalhar com os vídeos brasileiros são:
- são super repetitivos (tipo colégio) em que muita gente cria vídeos idênticos.
- vídeos extremamente longos.
Gente, se vocês querem exposição dos vídeos e eventualmente fazer dinheiro com isso, não adianta fazer vídeos de mais de 10 minutos. As pessoas não tem tempo nem paciência, principalmente se for alguém falando pra câmera sem nada mais. O ideal é que sejam vídeos curtos de 3 a 5 minutos.
Fica a dica!
terça-feira, junho 06, 2017
Xô Stress
Um dos meus maiores desafios é o controle do stress. Preciso aprender a manter a calma em situações difíceis. Às vezes parece que estou aprendendo a evitar o dito cujo e de repente percebo que regredi.
Durante o festival rolaram várias tensões entre a minha equipe (nem sempre em relação a mim). Eu não me dou bem em ambiente em que as pessoas ficam falando por trás. Só que ao invés de me manter calma e ficar na minha, eu fico tensa. Quero falar abertamente sobre a situação mas as pessoas odeiam encarar conflitos de frente ou na verdade sou eu que preciso me comunicar melhor. Quero fazer um bom trabalho e acabo me estressando por coisas desnecessárias.
Pra piorar, um dos atendentes do festival me esculachou numa lista online. Fiquei arrasada.
Eu adoro estar envolvida nisso e fico triste de dizer adeus mas é hora de encerrar esse ciclo. É preciso reconhecer que não me faz bem.
Durante o festival rolaram várias tensões entre a minha equipe (nem sempre em relação a mim). Eu não me dou bem em ambiente em que as pessoas ficam falando por trás. Só que ao invés de me manter calma e ficar na minha, eu fico tensa. Quero falar abertamente sobre a situação mas as pessoas odeiam encarar conflitos de frente ou na verdade sou eu que preciso me comunicar melhor. Quero fazer um bom trabalho e acabo me estressando por coisas desnecessárias.
Pra piorar, um dos atendentes do festival me esculachou numa lista online. Fiquei arrasada.
Eu adoro estar envolvida nisso e fico triste de dizer adeus mas é hora de encerrar esse ciclo. É preciso reconhecer que não me faz bem.
terça-feira, maio 30, 2017
LIB 2017
De volta do LIB. Eu não festei, não dancei e até dormi bastante mas acho que estou desidratada porque estou completamente exausta. Mal consigo ficar acordada hoje.
Eu acho que este foi meu último ano de trabalho em festival. Não é mais pra mim. Vejamos no ano que vem mas realmente deve ser minha aposentadoria.
Este ano cuidei do family camp, que foi bem tranquilo. Meus melhores momentos esse ano foram:
- ao lado da nossa área tinha um ninho de uma águia careca. Eu nunca tinha visto uma. Esse animal é o símbolo do país e ameaçado de extinção. A área em volta da árvore estava protegida pela lei federal com pessoas monitorando o nível de decibeis no local. Inclusive o festival terá que monitorar o ninho que tem filhotes durante 5 anos, com risco de receber uma multa salgada.
- no primeiro dia tive um sonho que encontrei um amigo que eu não via há 4 anos. Dois dias depois descubro que ele estava acampando bem perto de mim. Conversamos por 2 horas. Foi a primeira vez que tivemos "quality time".
Eu acho que este foi meu último ano de trabalho em festival. Não é mais pra mim. Vejamos no ano que vem mas realmente deve ser minha aposentadoria.

- ao lado da nossa área tinha um ninho de uma águia careca. Eu nunca tinha visto uma. Esse animal é o símbolo do país e ameaçado de extinção. A área em volta da árvore estava protegida pela lei federal com pessoas monitorando o nível de decibeis no local. Inclusive o festival terá que monitorar o ninho que tem filhotes durante 5 anos, com risco de receber uma multa salgada.
- no primeiro dia tive um sonho que encontrei um amigo que eu não via há 4 anos. Dois dias depois descubro que ele estava acampando bem perto de mim. Conversamos por 2 horas. Foi a primeira vez que tivemos "quality time".
terça-feira, maio 23, 2017
Porque eu vou pra festivais
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Photo by Andrew Jorgensen |
1) dar um tempo da internet
2) me exercitar
3) sair da cidade e ficar na natureza
4) convívio em comunidade
5) alimentação
- Eu sei que é necessário dar um tempo de eletrônicos de vez em quando mas é um desafio e tanto considerando que grande parte do meu trabalho é online e toda interação na cidade é feita com alguém grudado em algum aparelho. Esse é o único jeito de eu me afastar um pouco de tecnologia.
- Eu sei que isso não é motivo pras pessoas irem a festivais mas como ainda não encarei uma academia, eu fico animada com a ideia de caminhar milhas por dia e se possível ainda dançar um bocado. Eu preciso de mais exercícios!
- Mesmo com milhares de pessoas em volta é bom não estar na cidade. Depois de uns dias, é bom também voltar à cidade e apreciar o nosso próprio chuveiro e privada e sair daquela poeira toda.
- Eu não tenho mais vontade de morar no mesmo teto com um monte de gente mas continuo com vontade de morar perto de amigos e de gente que divide os mesmos ideais e se envolver em projetos juntos. Enquanto isso não acontece, acordar num festival para trabalhar e se divertir com amigos sem precisar dirigir no trânsito da cidade é o mais próximo desse ideal de estar em comunidade.
- Isso só acontece quando vou a trabalho mas a comida vegetariana que eles preparam pros funcionários é fantástica. Acho que sou a única que engorda nesses festivais.
quarta-feira, maio 17, 2017
Da Série "Me Mordo de Ciúmes"
...ou nesse caso a falta dele.
Ano passado conheci um cara durante um retiro/festival e nos conectamos de cara durante um exercício de conexão e comunicação não-verbal de um workshop. Eu estava num processo de cura de uma depressão profunda e o olhar dele, por incrível que pareça, me deu força. Não foi nada sexual, só energia boa mesmo. Acontece que ele é casado e diga-se de passagem com uma das mulheres mais lindas que já conheci. Também gostei muito dela e ficamos amigas. Em geral mantenho minha distância por causa da minha herança cultural do ciúmes brasileiro.
Na última festa de aniversário que os encontrei, passei um tempo conversando com os dois e depois que ela saiu, eu e ele continuamos conversando por um tempão sobre a viagem que eles fizeram e afins. No final quando me despedi dela, ela disse:
- O Andrew te adora. Toda vez que ele te vê, ele gosta de conversar contigo.
Eu já sabia que essa turma tinha um grande nível de maturidade mas ainda assim fiquei surpresa. Cadê o chilique e a baixaria me chamando de piranha pra baixo? NAO TEM! Minha admiração por essa mulher tão segura aumentou ainda mais e que tranquilidade saber que posso continuar amiga do meu amigo.
Talvez esse seja um dos principais motivos de eu gostar de morar aqui. Paz de espírito sem desconfianças e neuroses.
Ano passado conheci um cara durante um retiro/festival e nos conectamos de cara durante um exercício de conexão e comunicação não-verbal de um workshop. Eu estava num processo de cura de uma depressão profunda e o olhar dele, por incrível que pareça, me deu força. Não foi nada sexual, só energia boa mesmo. Acontece que ele é casado e diga-se de passagem com uma das mulheres mais lindas que já conheci. Também gostei muito dela e ficamos amigas. Em geral mantenho minha distância por causa da minha herança cultural do ciúmes brasileiro.
Na última festa de aniversário que os encontrei, passei um tempo conversando com os dois e depois que ela saiu, eu e ele continuamos conversando por um tempão sobre a viagem que eles fizeram e afins. No final quando me despedi dela, ela disse:
- O Andrew te adora. Toda vez que ele te vê, ele gosta de conversar contigo.
Eu já sabia que essa turma tinha um grande nível de maturidade mas ainda assim fiquei surpresa. Cadê o chilique e a baixaria me chamando de piranha pra baixo? NAO TEM! Minha admiração por essa mulher tão segura aumentou ainda mais e que tranquilidade saber que posso continuar amiga do meu amigo.
Talvez esse seja um dos principais motivos de eu gostar de morar aqui. Paz de espírito sem desconfianças e neuroses.
segunda-feira, maio 15, 2017
Tubarão!

A primeira notícia surgiu em Dana Point quando o helicóptero avisou para as pessoas que estavam com paddleboard saírem calmamente do mar pois havia 15 tubarões em volta deles. Imagina o apavoro?
Especialistas explicam que agora há uma abundância de comida nessa área para eles como o linguado e a arraia.
Vídeo AQUI
quarta-feira, maio 10, 2017
Santa Marta e Tayrona (2)
Já faz mais de um mês que voltei da viagem e ainda não arranjei tempo pra escrever sobre tudo.
Os planos até chegar em Santa Marta era passar um ou dois dias acampada dentro do Parque Natural Tayrona mas tudo mudou quando chegamos no resort e bateu o apavoro de carregar um mochilão numa trilha de 2 horas. E diga-se de passagem, trilha que sobe, desce e caminha na areia da praia. Eu teria morrido. Chegando no acampamento do parque, percebemos que foi uma decisão certíssima. Com a umidade na frente da praia, os colchões dentro das barracas não são dos melhores. Deu pra sentir bem aquele cheirinho de mofo.
Então só passamos um dia lá mas valeu muito. Adorei a trilha que é grande parte pela floresta e o restante final pelas praias. As praias são lindas, a água não tão quente quanto eu imaginava mas super gostosa, clara e limpa. A praia mais famosa e turística é Cabo San Juan que tem um mar mais calmo mas eu fiquei um pouco incomodada com a quantidade de lixo que os turistas deixam.
Eu preferi La Piscina que tem coral e arrecifes que servem quase como uma muralha.
No dia seguinte nos mandamos para a última noite em Santa Marta. O centro tem vários barzinhos, lugares para dançar e um por do sol maravilhoso na praia. Bem gracinha a praça principal.
sábado, abril 29, 2017
Santa Marta e Tayrona (1)
A última parte da viagem consistiu em realizar um antigo sonho: conhecer o Parque Nacional Tayrona, que fica a 5 horas de Cartagena. A primeira vez que ouvi falar desse lugar foi em 1999 e tenho certeza que era um lugar bem menos explorado mas vamos lá.
Pegamos um ônibus até Santa Marta e foram 4 horas de viagem. Chegando lá, o ônibus nos deixou no meio da rua e dividimos um táxi (leva quase uma hora) com um casal holandês até Tayrona. O taxista foi o primeiro colombiano rabugento que conheci e foi uma surpresa pros amigos gringos quando o cara parou numas quebradas pra comprar gasolina na casa de alguém ao invés do posto de gasolina. Enquanto isso, a esposa ligando o tempo todo pra ele perguntando que horas ele ia voltar.
Enfim, ele nos deixou num hotel próximo ao parque graças a uma dicas que pegamos em Cartagena. Ficamos num resort pós-apocalíptico, ou seja, era um resort grande com praia particular mas completamente abandonado. Clima de fim de mundo com poucos sobreviventes. Acho que tinha 10 pessoas hospedadas no lugar e uns 6 prédios vazios e várias partes fechadas. Sem problema pois a piscina era ótima, o quarto grande com varanda pra praia. Já imaginei festivais, festas de casamento e muita vontade de comprar o lugar pra construir uma comunidade com espaços pra retiros de yoga e coisas do gênero. Verão o ano todo? Tô pronta! Se eu encontrasse um grupo pra fazer isso, eu faria. De qualquer forma, eu recomendo o lugar pois é super em conta e aliás me deu vontade de visitar resorts pós-apocalípticos pelo mundo pagando baratinho.
Mendihuaca Resort
Mendihuaca2 from Lighthouse Creative Studio on Vimeo.
Ônibus Cartagena - Santa Marta
Sol y Mar - COP$40 mil
Berlinas - COP$36 mil
Pegamos um ônibus até Santa Marta e foram 4 horas de viagem. Chegando lá, o ônibus nos deixou no meio da rua e dividimos um táxi (leva quase uma hora) com um casal holandês até Tayrona. O taxista foi o primeiro colombiano rabugento que conheci e foi uma surpresa pros amigos gringos quando o cara parou numas quebradas pra comprar gasolina na casa de alguém ao invés do posto de gasolina. Enquanto isso, a esposa ligando o tempo todo pra ele perguntando que horas ele ia voltar.
Enfim, ele nos deixou num hotel próximo ao parque graças a uma dicas que pegamos em Cartagena. Ficamos num resort pós-apocalíptico, ou seja, era um resort grande com praia particular mas completamente abandonado. Clima de fim de mundo com poucos sobreviventes. Acho que tinha 10 pessoas hospedadas no lugar e uns 6 prédios vazios e várias partes fechadas. Sem problema pois a piscina era ótima, o quarto grande com varanda pra praia. Já imaginei festivais, festas de casamento e muita vontade de comprar o lugar pra construir uma comunidade com espaços pra retiros de yoga e coisas do gênero. Verão o ano todo? Tô pronta! Se eu encontrasse um grupo pra fazer isso, eu faria. De qualquer forma, eu recomendo o lugar pois é super em conta e aliás me deu vontade de visitar resorts pós-apocalípticos pelo mundo pagando baratinho.
Mendihuaca Resort
Mendihuaca2 from Lighthouse Creative Studio on Vimeo.
Ônibus Cartagena - Santa Marta
Sol y Mar - COP$40 mil
Berlinas - COP$36 mil
domingo, abril 23, 2017
Playa Blanca - Baru
Antes da viagem, pesquisamos que praias visitar na região pois afinal Caribe, né? Cada website falava uma coisa diferente sobre ilhas disso, ilhas daquilo e vários comentários como excesso de turistas, água cristalina ou muito caro.
Depois de uma recomendação de um casal argentino em Cartagena, resolvemos passar uma noite em Playa Blanca que é a praia mais famosa da região. A maioria dos turistas geralmente pega uma lancha rápida e passa o dia na praia entre 10hs e 3:30. Resolvemos fazer diferente. Pegamos o ônibus e passamos a noite lá. As acomodações são as mais rústicas que fiquei na minha vida. São cabanas super precárias, teto de palha, banho de caneca e privada de balde.
O bom de ter feito isso é que entre 4 e 6 da tarde e bem cedinho, a praia estava praticamente vazia.
A água realmente tem uma cor linda, aquela coisa de foto de mar caribenho.
No entanto eu não voltaria lá. O problema não é nem os turistas, é a quantidade de vendedores em cima de você e os jet-skis juntamente com o cheiro de óleo. Pra se ter uma ideia, assim que saímos do ônibus, um moleque já fica te seguindo puxando assunto pra se hospedar na pousada dele e o moleque fica no pé. Uma outra mulher me seguiu a praia toda na tentativa dela fazer massagem em mim.
Ai não, quero paz.
De qualquer forma, o nascer e o por do sol foram maravilhosos sem vendedores, nem cheiro de óleo e nem barulho de jet ski.
Hospedagem - média de COP$60 mil
O lugar que pareceu melhorzinho era o Parador Playa Blanca mas a diária era de $150mil.
Transporte - lancha demora 30 minutos e ônibus 50 minutos. Tem um que sai do Hostel Mamallena ou El Viajero (ida e volta COP$50 mil)
Depois de uma recomendação de um casal argentino em Cartagena, resolvemos passar uma noite em Playa Blanca que é a praia mais famosa da região. A maioria dos turistas geralmente pega uma lancha rápida e passa o dia na praia entre 10hs e 3:30. Resolvemos fazer diferente. Pegamos o ônibus e passamos a noite lá. As acomodações são as mais rústicas que fiquei na minha vida. São cabanas super precárias, teto de palha, banho de caneca e privada de balde.
O bom de ter feito isso é que entre 4 e 6 da tarde e bem cedinho, a praia estava praticamente vazia.
A água realmente tem uma cor linda, aquela coisa de foto de mar caribenho.
No entanto eu não voltaria lá. O problema não é nem os turistas, é a quantidade de vendedores em cima de você e os jet-skis juntamente com o cheiro de óleo. Pra se ter uma ideia, assim que saímos do ônibus, um moleque já fica te seguindo puxando assunto pra se hospedar na pousada dele e o moleque fica no pé. Uma outra mulher me seguiu a praia toda na tentativa dela fazer massagem em mim.
Ai não, quero paz.
De qualquer forma, o nascer e o por do sol foram maravilhosos sem vendedores, nem cheiro de óleo e nem barulho de jet ski.
Hospedagem - média de COP$60 mil
O lugar que pareceu melhorzinho era o Parador Playa Blanca mas a diária era de $150mil.
Transporte - lancha demora 30 minutos e ônibus 50 minutos. Tem um que sai do Hostel Mamallena ou El Viajero (ida e volta COP$50 mil)
segunda-feira, abril 17, 2017
Bogotá e Cartagena
Bogotá
Na ida e na volta tivemos um layover em Bogotá de 7 horas e como o aeroporto fica a 12km do Centro, pegamos um táxi e fomos dar uma volta no bairro da Candelaria (centro). O motorista de táxi explicou que Bogotá é uma cidade voltada muito pro trabalho, tipo São Paulo. Mesmo exausta, não pude deixar de dançar um pouquinho no único bar mais animado. Parece que todos os bares fecham às 3 da manhã. Foi uma boa reintrodução a América do Sul. Anos atrás eu não suportava música latina mas agora dependendo do ritmo, adoro o remelexo. Os policiais e o motorista de táxi ficaram super preocupados com o fato de a gente caminhar 3 quadras sozinhos no meio da noite mas eu achei super tranquilo. Sei lá, quem viveu 7 anos no Rio raramente encontra outro lugar que dê mais medo.
O que eu não tinha me ligado antes era o fato da cidade ficar a 2600m de altitude. Frio de 13ºC e eu nada preparada pra inverno, tive que dar uma de alemã e usar meia com sandália e congelar mesmo. Eu não queria trazer roupas de inverno e sapato só pra algumas horas de frio. Eles disseram que raramente a temperatura passa de 21ºC. Estranho ver uma cidade tão perto do Caribe ser tão fria.
Cartagena
A cidade tem uma história rica de invasões, piratas e exploração. Sempre teve um porto importante que nos tempos de colônia servia para escoar o tesouro tomado pelos espanhóis. Na época das caravelas, Cartagena foi atacada por franceses e ingleses e por isso um muro foi construído em volta da cidade para protegê-la.
Passamos 3 dias num AirBnb na Cidade Murada. Caminhamos bastante por tudo. Eu não estava preocupada em encontrar muita coisa pra fazer além de curtir os restaurantes, a arquitetura colonial, o por do sol e algumas apresentações de música e dança na rua.
Sim, é uma área bem turística principalmente porque ficamos lá durante o fim de semana mas não achei muito exagerado. Os vendedores ficam um pouquinho em cima mas nada comparado com a República Dominicana.
O Parque Fernandez de Madrid (que é uma praça) é um local interessante. Tem o bar KGB, com decoração russa (e o mais caro que fomos). No outro lado da rua, um bar cubano. Deve ser a esquina socialista. Num lado da praça sempre música ao vivo rolando e no outro lado, ótimos restaurantes. Também tem artesãos e uma loja & museu de chocolate (amo!).
Vida Noturna - Pra sair à noite naquela área, uma boa opção é a rua principal de Getsemaní com vários bares e boates. Uns são de graça, outros na média de COP$10mil. A outra opção é na Cidade Murada entre a Plaza de los Coches e a Plaza de la Aduana.
No domingo à noite estávamos caminhando em Getsemaní e vimos um amontoado de gente na frente de uma igreja na Plaza de la Santísima Trinidad. Curiosidade bateu forte e chegamos lá e estava rolando uma aula de zumba com dezenas de pessoas participando. Adoro esse clima tropical de atividades na rua e os locais e turistas se divertindo juntos.
Uma coisa que eu adoro na cultura latina é que nem tudo envolve fazer muito dinheiro.
Uma atração na cidade é o Castillo San Felipe de Barajas que na verdade é o maior forte construído pelos espanhóis em suas colônias. A construção começou em 1536 e passou por várias mudanças, inclusive diversos túneis que é possível visitar. A entrada custa 25 mil pesos colombianos e vale ir na hora do almoço pois todos os grupos de excursão chegaram depois das 15h. Tem uma vista da cidade toda.
Na ida e na volta tivemos um layover em Bogotá de 7 horas e como o aeroporto fica a 12km do Centro, pegamos um táxi e fomos dar uma volta no bairro da Candelaria (centro). O motorista de táxi explicou que Bogotá é uma cidade voltada muito pro trabalho, tipo São Paulo. Mesmo exausta, não pude deixar de dançar um pouquinho no único bar mais animado. Parece que todos os bares fecham às 3 da manhã. Foi uma boa reintrodução a América do Sul. Anos atrás eu não suportava música latina mas agora dependendo do ritmo, adoro o remelexo. Os policiais e o motorista de táxi ficaram super preocupados com o fato de a gente caminhar 3 quadras sozinhos no meio da noite mas eu achei super tranquilo. Sei lá, quem viveu 7 anos no Rio raramente encontra outro lugar que dê mais medo.
O que eu não tinha me ligado antes era o fato da cidade ficar a 2600m de altitude. Frio de 13ºC e eu nada preparada pra inverno, tive que dar uma de alemã e usar meia com sandália e congelar mesmo. Eu não queria trazer roupas de inverno e sapato só pra algumas horas de frio. Eles disseram que raramente a temperatura passa de 21ºC. Estranho ver uma cidade tão perto do Caribe ser tão fria.
Cartagena

Passamos 3 dias num AirBnb na Cidade Murada. Caminhamos bastante por tudo. Eu não estava preocupada em encontrar muita coisa pra fazer além de curtir os restaurantes, a arquitetura colonial, o por do sol e algumas apresentações de música e dança na rua.
Sim, é uma área bem turística principalmente porque ficamos lá durante o fim de semana mas não achei muito exagerado. Os vendedores ficam um pouquinho em cima mas nada comparado com a República Dominicana.
O Parque Fernandez de Madrid (que é uma praça) é um local interessante. Tem o bar KGB, com decoração russa (e o mais caro que fomos). No outro lado da rua, um bar cubano. Deve ser a esquina socialista. Num lado da praça sempre música ao vivo rolando e no outro lado, ótimos restaurantes. Também tem artesãos e uma loja & museu de chocolate (amo!).

No domingo à noite estávamos caminhando em Getsemaní e vimos um amontoado de gente na frente de uma igreja na Plaza de la Santísima Trinidad. Curiosidade bateu forte e chegamos lá e estava rolando uma aula de zumba com dezenas de pessoas participando. Adoro esse clima tropical de atividades na rua e os locais e turistas se divertindo juntos.
Uma coisa que eu adoro na cultura latina é que nem tudo envolve fazer muito dinheiro.
Uma atração na cidade é o Castillo San Felipe de Barajas que na verdade é o maior forte construído pelos espanhóis em suas colônias. A construção começou em 1536 e passou por várias mudanças, inclusive diversos túneis que é possível visitar. A entrada custa 25 mil pesos colombianos e vale ir na hora do almoço pois todos os grupos de excursão chegaram depois das 15h. Tem uma vista da cidade toda.
terça-feira, abril 04, 2017
Colômbia
Ano passado fui pra Cuba e não tive energia pra escrever sobre o assunto por causa da visita da minha mãe mas vamos ver se dessa vez vai.
Fazia muitos anos que eu tinha vontade de ir a Cartagena. Primeiro porque adoro a obra do escritor colombiano Gabriel Garcia Marquez, principalmente O Amor nos Tempos do Cólera. Segundo porque assim que um viajante italiano me contou sobre o Parque Tayrona em 1999, eu quis muito conhecer aquele lugar. Já tinha convidado muita gente pra viajar comigo mas nunca tinha dado certo. E viva 2017! Dessa vez deu e nem fui eu que botei pilha.
Depois de 24 horas viajando entre Los Angeles - Dallas (troca de aeroporto) - Bogotá, finalmente a chegada em Cartagena num clima pra lá de úmido e calor de 31ºC. Delícia. Ai ai, vida tropical e férias têm tudo a ver.
Primeiras Impressões

Desde um Encontro Latinoamericano que participei em 1996 na Venezuela, eu sempre tive uma ótima impressão dos colombianos. São simpáticos, atenciosos e super gente boa. Inclusive tenho uns bons amigos de Bogotá em LA. Foi naquela época que começou a minha vontade de conhecer o país mas os comentários sobre a segurança não eram nada animadores.
Encontrei vários brasileiros pelas ruas, muitos visitando a cidade por causa de um cruzeiro de 7 dias que sai de lá. Fico feliz por isso pois eu sei que nós brasileiros sempre viramos as costas para os nossos vizinhos.
Cada vez que viajo pra um país latino, vejo várias similaridades com a terrinha em termos de comida, tempero, costumes, até detalhes bobos como o lixo do banheiro com sacola de supermercado, coisa que eu não vejo aqui. Também percebo que nós latinos viajamos com uma mentalidade mais "o quanto posso economizar" ao invés de "o quanto posso gastar" como os americanos com quem viajei.
Ainda bem que consigo me virar no espanhol pois não encontrei muita gente que falasse inglês e até ajudei umas brasileiras em algumas negociações na praia.
Ninguém me ofereceu cocaína nas ruas. Sei lá, eu sei que é um baita estereótipo mas pensei que isso ia acontecer em algum bar como aconteceu em Amsterdam ou Floripa.
Segurança
A parte turística de Cartagena, assim como Santa Marta são super seguras. Em momento algum senti que estava correndo perigo. A área conta com mais de 2 mil policiais de turismo, algo inédito pra mim (alô Rio de Janeiro, polícia de turismo!). Aliás, vi muitos policiais em todos os cantos, nas estradas, ruas, praças, blitz. Provavelmente porque além do turismo, a área tem também os portos que levam as drogas pra outros lugares.
Comida
Comida caribenha é tudo de bom. A comida típica naquela região é arroz de coco, patacones (tipo um "cookie" de banana frita nem doce nem salgado) e carne acompanhado de uma salada de repolho e sopa. Me esbaldei de peixe fresco e camarão. O suco famoso da região é a limonada de coco. Amei! Preços dos pratos em média de COP$20 mil a COP$40mil. Recomendo o restaurante La Mulata e pra quem é vegetariano, o restaurante Girasoles que é super em conta, ambos na Cidade Murada. Um pouco menos em conta mas bem cotado em vários sites e no Lonely Planet é o Agua de Mar que serve tapas e bons drinks. Outro restaurante muito bom é o Plaza Majagua, ideal pra um jantar mais tarde e os pratos são bem servidos. E eu como amo crepe e sorvete, recomendo o Crepes & Waffles que é uma cadeia de restaurantes na América Latina. O ponto do centro histórico é super despojado.
La Mulata - Calle Quero 9 58
Girasoles - Calle de los Puntales No. 37-01
Agua de Mar - Calle del Santísimo #8-15
Plaza Majagua - Calle de la Tablada 7-12
Crepes & Waffles - Calle del Baloco, Edificio Piñeres, local 1
Fazia muitos anos que eu tinha vontade de ir a Cartagena. Primeiro porque adoro a obra do escritor colombiano Gabriel Garcia Marquez, principalmente O Amor nos Tempos do Cólera. Segundo porque assim que um viajante italiano me contou sobre o Parque Tayrona em 1999, eu quis muito conhecer aquele lugar. Já tinha convidado muita gente pra viajar comigo mas nunca tinha dado certo. E viva 2017! Dessa vez deu e nem fui eu que botei pilha.
Depois de 24 horas viajando entre Los Angeles - Dallas (troca de aeroporto) - Bogotá, finalmente a chegada em Cartagena num clima pra lá de úmido e calor de 31ºC. Delícia. Ai ai, vida tropical e férias têm tudo a ver.
Primeiras Impressões

Desde um Encontro Latinoamericano que participei em 1996 na Venezuela, eu sempre tive uma ótima impressão dos colombianos. São simpáticos, atenciosos e super gente boa. Inclusive tenho uns bons amigos de Bogotá em LA. Foi naquela época que começou a minha vontade de conhecer o país mas os comentários sobre a segurança não eram nada animadores.
Encontrei vários brasileiros pelas ruas, muitos visitando a cidade por causa de um cruzeiro de 7 dias que sai de lá. Fico feliz por isso pois eu sei que nós brasileiros sempre viramos as costas para os nossos vizinhos.
Cada vez que viajo pra um país latino, vejo várias similaridades com a terrinha em termos de comida, tempero, costumes, até detalhes bobos como o lixo do banheiro com sacola de supermercado, coisa que eu não vejo aqui. Também percebo que nós latinos viajamos com uma mentalidade mais "o quanto posso economizar" ao invés de "o quanto posso gastar" como os americanos com quem viajei.
Ainda bem que consigo me virar no espanhol pois não encontrei muita gente que falasse inglês e até ajudei umas brasileiras em algumas negociações na praia.
Ninguém me ofereceu cocaína nas ruas. Sei lá, eu sei que é um baita estereótipo mas pensei que isso ia acontecer em algum bar como aconteceu em Amsterdam ou Floripa.
Segurança
A parte turística de Cartagena, assim como Santa Marta são super seguras. Em momento algum senti que estava correndo perigo. A área conta com mais de 2 mil policiais de turismo, algo inédito pra mim (alô Rio de Janeiro, polícia de turismo!). Aliás, vi muitos policiais em todos os cantos, nas estradas, ruas, praças, blitz. Provavelmente porque além do turismo, a área tem também os portos que levam as drogas pra outros lugares.
Comida

La Mulata - Calle Quero 9 58
Girasoles - Calle de los Puntales No. 37-01
Agua de Mar - Calle del Santísimo #8-15
Plaza Majagua - Calle de la Tablada 7-12
Crepes & Waffles - Calle del Baloco, Edificio Piñeres, local 1
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