sábado, agosto 15, 2009

Jack Johnson

Mesmo morando em Los Angeles e conhecendo algumas pessoas famosas aqui e ali, eu evito falar disso no blog. Mas como estou em casa em pleno sábado a noite, ouvindo Jack Johnson, resolvi finalmente contar esta história.

Assim que cheguei na Califórnia em 2000, um amigo me convidou pra assistir o show de um amigão dele. Disse que esse cara ainda seria famoso porque a música dele era muito boa. Como não tinha nada a perder, lá fui eu de Laguna Beach a Santa Bárbara, umas 3 horas de viagem, para assistir o show num barzinho pequeninho. O show foi bom mas eu recém chegada e muito cansada não prestei muita atenção. No dia seguinte fomos pra casa dele. Ele tinha recém se casado e formado em cinema na UCSB e ficou mostrando uns filmes que ele tinha feito. Eu fiquei vendo as fotos do casamento dele e da Kim partindo na carroceira de um caminhão. Elogiei a música e disse que se ele precisasse de ajuda pra divulgar o trabalho no Brasil, eu poderia falar com os amigos. Eu mal sabia que ele estava acabando as gravações no estúdio e o álbum produzido pelo Ben Harper.

Lá fomos nós surfar em Ventura: eu, Gill, Jack Johnson e mais um cara. Quer dizer, eu fiquei na praia lagarteando.

Naquele mesmo dia, um artigo sobre ele estava sendo publicado na revista Surfing e um CD de brinde com 4 músicas que eu tenho até hoje.

Fast forward, 2 meses depois em Oahu, Hawaii.
Jack Johnson estava passeando em Pipeline, me vê e cumprimenta: Oi, Gisele! Naquele mesmo mês o primeiro álbum dele, Brushfire Fairytales, estava sendo lançado mundialmente e como dizem aqui: rest is history. Definitivamente ele não precisava da minha ajuda pra divulgar a música.

Sou fã da história de como ele conseguiu alcançar os objetivos, sendo simples, humilde, não passando por cima de ninguém. Ele nunca almejou a riqueza e a fama. Se dedicou à música, cinema e surf ao mesmo tempo e se deu bem em todas as áreas. No surf, foi patrocinado pela Quicksilver e um dos profissionais mais novos a correr o clássico Pipeline Masters, o campeonato mais importante do circuito. No cinema, seu primeiro trabalho Thicker Than Water ganhou prêmios de melhor filme de surf do ano. Negou um contrato milionário de uma gravadora no início da carreira porque ia fazer uma filmagem na Ásia com os amigos. O diretor do estúdio não acreditava na resposta e perguntou se ele tinha noção de quantas pessoas sonhavam em sentar naquela mesma cadeira assinando um contrato. E Jack respondeu boa sorte para eles. Isso não impediu que os discos dele fossem vendidos pelo mundo inteiro e que fizesse shows em tudo quanto é lugar. Hoje em dia, ele se dedica também a várias causas ecológicas.

Também sou fã da música do Jack. Muita gente diz que as canções dele soam sempre iguais e pode até ser verdade mas algo na voz dele traz todos os sentimentos em mim e me deixa feliz, emotiva e melancólica ao mesmo tempo.

3 comentários:

  1. Que bela história, Megui! Também sou fã dele. Tenho escutado muito a versão que ele e Ben Harper gravaram praquela música de Bob Marley (High tide, Low Tide, se não me engano no título). Ficou linda! Ouso dizer que até melhor que o original. Fala de amizade incondicional, um valor que acho precioso.

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  2. Também gostei da história. Fui "apresentado" ao Jack Johnson pra valer pelo meu filho. De cara, qdo ele começou a tocar violão pra valer no ano passado, já saiu tirando as músicas do Jack Johnson, uma atrás da outra (e me ensinou a tocar algumas tb; eu tento acompanhar). A preferida dele é "Taylor". E eu sigo a opinião do "especialista" em Jack Johnson aqui de casa. :)

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  3. Muito legal essa historia. Eu gosto muuuuuito do Jack Johnson. Que sorte a sua de conhece-lo pessoalmente. A voz dele e linda e ele parece ser bem na dele, bem relax..

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