segunda-feira, setembro 21, 2009

Symbiosis

Fim de semana passado participei de um dos melhores festivais até hoje, se é possível ainda classificá-los depois de tantos que já fui. Eu quase desisti porque deixei tudo de última hora e acabei dirigindo sozinha, 7 horas pra ir e 7 pra voltar.
O Symbiosis Gathering aconteceu ao lado do Yosemite, o parque mais lindo da Califórnia. A localização não poderia ser melhor, cheio de árvores e na beira de um lago.
O festival contou com 6 mil pessoas e acredito que foi a maior concentração de hippies que eu já vi. Não no estilo roupas multi-coloridas dos anos 60 mas sim os hippies do século XXI, com um estilo moderno e tribal e mais limpinhos. :) Hippies no sentido da espiritualidade e da não-aceitação dos padrões da sociedade, de pessoas não conformadas e que fazem tudo pra conquistar seus ideais, de acreditarem no amor, na paz e na positividade.
Quando cheguei lá na sexta a noite, fiquei imaginando como eu encontraria meus amigos com quem eu ia acampar, sem recepção de celular e com aquele mundaréu de gente no escuro. E não é que eles foram as primeiras pessoas que eu vejo assim que atravesso o portão? Simbiose.
Eu, como sempre, trabalhei um pouquinho mas foi trabalho prazeroso: fotografar a apresentação do grupo Wandering Marionettes. Por isso, perdi quase todo o show dos Mutantes.
Este evento é muito parecido com o Lightning in a Bottle, o festival que eu ajudo na organização mas a diferença é que dessa vez não trabalhei como uma louca.
A música foi a melhor concentração do que eu adoro: Bassnectar, Glitch Mob, Yard Dogs Road Show, Adam Freeland, Les Claypol e muito mais. Dancei tanto que hoje pensei que tinha ferrado com um músculo da perna. Dança definitivamente é a minha religião. Me leva pra uma outra dimensão. As oficinas e palestras eram todas voltadas a cultura alternativa e new age. O Brasil representado por aulas de capoeira, samba, Os Mutantes, o DJ Pedro Gomide e açaí da Sambazon. Havia muitas instalações de arte, sala de chá, vários altares e comida orgânica a venda.
Além disso, algumas conversas bem profundas sobre ecologia, espiritualidade, alga como combustível e coisas do gênero. Ah! e ainda conheci a Brecken, uma das novas estrelas do hoop dance.
A cabeça não se desligou dos problemas a não ser nos momentos em que eu estava dançando mas eu estava precisando muito deste fim de semana.

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