quarta-feira, abril 30, 2003

Cidadão da Gringolândia
No blog do Eddy tinha um post sobre oportunidades de trabalho na terra do Tio Sam. E a galera sempre vem com essa história de trabalho digno. Que aqui paga as contas melhor que um bom emprego no Brasil. Não deixa de ser verdade mas e aí? Pagar as contas é uma questão de planejamento. Seja ganhando muito ou pouco (o que eu conheço de gente ganhando bem e endividada...). O ponto que eu quero chegar não é dignidade mas realização profissional. Tesão em fazer alguma coisa. Pra mim pelo menos, sinto mais realizada trabalhando em algo que eu gosto do que ganhando bem mas todo dia ser um sacríficio pra sair de casa.
Como eu escrevi lá, no começo é normal a gente trabalhar em restaurantes (que aliás não é só trabalho de imigrante). O problema é que a galera se acomoda e fica nessa a vida toda. Aí eu não concordo. Vive só em função de dinheiro. Mal ajuda as pessoas. Neguinho faz dinheiro mas trabalha que nem cão também. Meu roommate trabalha 7 dias na semana. Você faria isso no Brasil? Você dividiria teu quarto com alguém no Brasil? Aqui os brazucas vivem em penca...para juntar e juntar verdinhas. Xingam o capitalismo mas vivem como tais.
Seja viajante ou imigrante, acredito que temos o dever de nos integrar com o lugar em que vivemos. Conhecer e respeitar a cultura, aprender a língua e contribuir como cidadão ao invés de se excluir e assistir tudo à distância. Participar da comunidade é melhorar o mundo inteiro, não importa onde. Os EUA têm vários problemas, como qualquer outro lugar, como todos os impérios na história da humanidade mas se você escolheu morar aqui, mesmo que temporariamente, seria legal buscar uma integração. Senão vive num limbo onde se sente excluso daqui e vive de recordações da terra brasilis.
Enfim muitas conclusões. Quem sabe agora eu faça uma série das minhas impressões deste país.

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