segunda-feira, dezembro 06, 2010

Dub Kirtan

Ando confinada em casa pra terminar o trabalho da faculdade. Sinto falta de um cineminha, de um jantar, de socializar. Então ontem resolvi tirar uma folga e fui na nossa hoop jam (encontro mensal de bambolê). De lá fui num evento em Santa Monica numa "igreja", que não sei se era um templo budista ou algo do gênero  numa igreja metodista. Imagina eu num evento em igreja? Quase uma piada. A minha intenção, assim como a maioria do pessoal que estava lá, era ouvir Freq Nasty e David Starfire, os DJs mais famosos de dubstep em Los Angeles. O que muita gente não se ligou é que na verdade eram palestras relacionadas a yoga, vibrações, música e no final uma jam session dos DJs com os músicos de kirtan. Kirtan é a uma parte da yoga relacionada a meditação e cânticos, explicando de uma forma mais simplista. Antes de começar o canto, eles nos deram as orações e explicaram que todos deviam cantar juntos. Sei.
Freq Nasty falou que o motivo de unir o kirtan e o dub é que a frequência baixa e forte do "bass" faz com que a pista de dança se assemelhe muitas vezes a um transe, em que muita gente entra num estado de meditação, de focar somente no momento do agora. Pra mim é a mais pura verdade. Curto muitos estilos de música mas o dubstep (e o bambolê) realmente me deixa em transe como se nada mais no mundo existisse. É como entrar num estado de sublimação melhor do que qualquer outra coisa que já experimentei.
Quando a jam começou, todo mundo ficou se olhando, meio perdido, sem saber ao certo como agir.  Afinal era uma igreja mas aos poucos cada um foi se levantando e depois de 5 minutos todos estavam dançando. Cantar que é bom nada mas que rolou sublimação, rolou.
Vários palestrantes contaram que aquele bando de gente cantando junto, ou melhor, o kirtan não parece nada interessante mas que depois eles perceberam o valor de todos estarem emitindo e recebendo a mesma vibração. Eu ainda continuo na fase do desconfortável. Não sei se é pra mim.

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