Sushi
Eu ando na maior onda de comer sushi, atrasada comparado aos amigos. Mas só pra informar. Quem come muito sushi corre mais riscos de ter câncer no estômago. Os médicos têm pesquisado muito sobre isso e o mais assustador é a quantidade de produtos tóxicos como mercúrio que a gente ingere através de peixe cru.
Os Desafios de LA
Olha, eu jamais recomendo Los Angeles pra qualquer brasileiro. Melhor Miami ou San Diego. É difícil se adaptar nesta cidade principalmente se você vem direto do Brasil. A cidade é a mais extensa do mundo, é feia e tem muita gente fútil só em busca da fama. Se você não é ágil então, nem cogite a possibilidade, muito menos se você é ligado nas raízes. A maioria aqui não é da cidade mas só brasileiro é apegado à família. Nada de mal nisso, apenas diferente. São raros os brasileiros que eu conheço que realmente gostam daqui principalmente porque ficam tanto em função de trabalho que mal fazem amigos e nem se divertem.
Eu, por exemplo, passei um ano odiando LA, ainda mais vindo do North Shore de Oahu. Só fiquei por causa da oportunidade de trabalho que eu tive. No meu primeiro ano eu só andava com brasileiro. Na verdade eu tenho vontade de qualquer dia me mudar ou pra NY, ou pra Santa Bárbara ou pra San Francisco. Aliás, noite passada sonhei que decidi ir a Floripa de repente e comecei a trabalhar no Diário e eu estava super arrependida e triste. O Ewaldo não queria trabalhar comigo e o Thomas dizendo que a empresa que eu trabalhei nos EUA era uma merda.
Ei, não é que eu não goste de brasileiro. ADORO amigos como a Anacris, PC, Mauricinho, Nico, Vicente, Pati, Paty Cagno, Keila, Lila, Chico, Malu enfim muita gente. Mas aqui, não sei por que, me dou muito melhor com americano do que brasileiro.
Esse post foi inspirado no flog do Marco Túlio que não conseguiu encontrar muitos motivos pra estar aqui. Então também faço uma lista.
O que sinto falta no Brasil:
- pais e parte da família
- mousse de chocolate da mamãe
- Guarda do Embaú
- Lagoa
- Anacris e outros amigos
- Pureza
- frutas, legumes e verduras barato
- férias de 30 dias
- dentista (não que eu goste mas são melhores)
- forró
- meus CDs, roupas e sapatos
- ter companhia pra ir à praia (brasileiros trabalham no findi, americanos não curtem)
- às vezes o jeitinho brasileiro
Características no brasileiro que eu admiro:
- solidário
- passional
- feliz
- otimista
- mais energia (aqui o pessoal não consegue fazer muitas coisas no mesmo dia, mesmo porque passa a maior parte do tempo trabalhando)
- mais limpos (a maioria das casas... argh... que nojo!)
- menos racista apesar do preconceito social na terrinha ser tão ruim quanto.
"Coisas" que me mantém aqui:
- Dan, Pimpy e amigos. A comunidade que me acolheu nessa cidade. Putz, não tenho nem palavras. São amigos pro que der e vier.
- RESPEITO. No trabalho, em casa, na casa dos outros, no relacionamento. Essa coisa do brasileiro ser escalão, de fazer barulho sem se importar com os outros, de ser cleptomaníaco, de pegar coisas sem pedir, de ser infiel, machista, do ciúmes doentio... nunca me agradou. Onde já se viu não poder sair porque o namorado não quer? Só o que me faltava.
- MENOS (MUITO MENOS) JULGAMENTOS. Isso é algo que eu adoro aqui. Você se veste de qualquer jeito e ninguém está nem aí. Brasileiros sempre reparam como os outros se vestem e a partir daí geram preconceitos.
- até sub-emprego pode ser mais prazeroso aqui do que um bom emprego lá pelo tratamento que o empregado recebe. Definitivamente brasileiros necessitam de cursos de gerenciamento. Estou lendo um livro pra educar meu cachorro (é, eu sei, ridículo mas funciona) e fazer a coisa certa se consegue apreciando os acertos e não condenando os erros.
- JUVENTUDE dura mais/ MENOS SOLIDAO. O fato é que com apenas 25 anos eu me sentia muuuuuito solitária em Floripa porque nessa idade todo mundo já está casado ou namorando e/ou com filhos. Os amigos vivem em função dos relacionamentos. Sai na balada e só rola cassação e/ou só tem molecada. Passou dos 30 e mal consegue emprego. Quais as opções pra alguém de 30 anos e solteiro?
tá na hora de trabalhar, depois eu volto
quarta-feira, julho 14, 2004
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