Diários de um Bambolê

Os dois primeiros dias foram de adaptação, ainda meio anti-social carregando aquela carga pesada de "Hollyweird". Mesmo estando lá antes, as condições climáticas e humanísticas são completamente diferentes. Aos poucos nosso acampamento foi se ajeitando e eu fui me sentindo à vontade, me integrando com as pessoas. Reencontrei amigos do ano passado e adorei ter encontrado a turma de Eugene, OR (Charlie, Libby e Ben). Andamos grudados no ano passado mas dessa vez nos vimos por apenas algumas horas. Que sensação boa encontra-los no meio de 23 mil pessoas!
Andei muito de bike. Vejo pessoas felizes andando, observando, cada um para uma diferente direção. Chego ao outro lado da playa e encontro o Camp Antarctica, um "caminhão-freezer" que era uma pista de dança. Perfeito pra um dia ensolarado.
Sinto que minha experiência deste ano foi mais calma. A primeira vez foi aquela afobação de ver tudo, conhecer tudo, registrar tudo. Não dancei horas sem parar no meu segundo Burning Man, não conheci milhares de pessoas mas fortaleci minhas amizades, desestressei e fiz poucos mas bons amigos. As pessoas sacaram mais o tema deste ano e toda a arte esteve conectada com o "Mundo Flutuante". As pessoas que passaram e ficaram: Judith, Jessie, Hugh, Ron e Iain.