sábado, fevereiro 25, 2006

Extra! Extra!

O Diário do Litoral de Itajaí-SC, mais conhecido como Diarinho, é um jornal sensacionalista e escrachado no qual o dono já foi preso várias vezes. Eles usam uma linguagem bem popular, várias gírias e "botam a boca no trombone". São sensacionalistas mas pelo menos não são vendidos.

Olha o que saiu essa semana:

"Bono Vox é processado no Balneário"

Líder da banda e Larry Mullen receberam intimação no aeroporto de Guarulhos, e agora vão responder a processo movido na terrinha

Os integrantes da banda irlandesa U2, que se apresentou em São Paulo na última segunda e terça-feira, não são tão bonzinhos quanto demonstram. É o que garante o advogado Francisco Marcelo da Rocha Walter de Assis, de Balneário Camboriú. Ele cuida de um processo indenizatório por danos morais movido contra o U2 na comarca da Maravilha do Atlântico Sul.

O processo surgiu depois da banda vir ao Brasil pela primeira vez, em 1998. O autor da ação movida em 2003, Franco Bruni, havia contratado o U2 para tocar no país, e de acordo com Assis, o cachê foi pago direitinho. Mas o Bono Vox (cujo nome verdadeiro é Paul Hewson), líder da banda, depois desembestou a dizer, sabe-se lá o motivo, que não havia recebido a grana.

Assis contou à reportagem do DIARINHO, via e-mail, que quando a banda chegou no aeroporto de Guarulhos, por volta das 5h30 do último domingo (19 de fevereiro), um oficial de justiça, com auxílio da Polícia Federal (PF), foi enviado pra notificá-los, por conta da ação judicial. Bono Vox então teria proibido que as portas fossem abertas, e ordenado que a aeronave fosse abastecida, para eles deixarem o país.

"A Polícia Federal prontamente reprimiu o desacato, informando à tripulação que estava em solo brasileiro e sujeita às leis brasileiras, e que, evitando medidas mais drásticas, as portas da aeronave deveriam ser abertas para que a ordem legal fosse cumprida", conta Assis no e-mail.

Abertas às portas, Bono Vox e Larry Mullen, outro integrante da banda, foram notificados. Mullen teria rabiscado palavras sem nexos na sua via, enquanto Vox, apesar de todos os protestos, assinou a parada. Depois de toda a confusão, o U2 deixou o aeroporto, mas o caso acabou sendo abafado pela "grande" mídia. Aí, Assis resolveu contar a história ao DIARINHO, pois sabia que a gente é um jornal cocudo, que não teria medo de publicar a história.

E se os fãs da banda acharem que tudo não passa de invenção, por inveja do U2, pode conferir que o processo existe mesmo. É só pesquisar no site do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (www.tj.sc.gov.br). O número do processo é 005.03.000544-7, e rola na 3ª vara cível do Balneário Camboriú. É movido pelo Franco Cecchini Bruni Neto contra o Paul Hewson (que é o Bono Vox, povo).

Como dependia do roqueiro famoso ser intimado, o que aconteceu em Sampa, agora é que o bicho começa a pegar. Pra não dizer que o DIARINHO não segue todos os princípios do jornalismo, a reportagem não conseguiu descobrir o telefone do rock-star, pra ouvir a versão dele. Se bem que não ia adiantar muita coisa mesmo, nosso repórter não entende porra nenhuma de inglês. O que importa é que numa dessas, o Bono Vox dará um pulinho no fórum de Balneário. Quem sabe, ele poderia até dar uma esticadinha em Itajaí, e provar uma empada de camarão na lanchonete do Zico, ali na galeria do Sodegaura Center, ou cortar o cabelão medonho no Stephano Beauty Hair, na mesma galeria de lojas. Legal, né?

Um comentário:

  1. O que faz o Diarinho interessante eh justamente o fato de ser sensacionalista, eles nao escondem que o sao, eh divertido. Adoro adjetivos como "cocudo" para qualificar a linha editorial ou outros como "A Maravilha do Atlantico Sul" - para identificar Balneario Camboriu, certamente um deboche. E no mesmo texto, com alguma informacao jornalistica, tambem entra o jaba no ultimo paragrafo. Essa texto eh uma perola!

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