quarta-feira, março 31, 2010

Diversão é solução sim

Apesar de estar desempregada, a vida anda bem interessante. Estou dando aula 6 dias na semana. Hoje fiz uma demonstração de bambolê numa escola e as crianças enlouqueceram. No sábado vou me apresentar num clube. Além disso, estou organizando um grupo na tentativa de unir os hoopers em LA. E hoje fui convidada pra trabalhar no Coachella, um dos maiores festivais de música no país, que começa em 2 semanas. O que? Receber dinheiro, casa e comida pra trabalhar lá? Com certeza. ah, também estou tentando me envolver na organização do Festival de Cinema Brasileiro em Los Angeles. Life is pretty sweet.

sábado, março 27, 2010

Subo nesse palco...

Ontem me apresentei em Holywood com o grupo Improv Dance Company, como o nome diz, improvisamos uma rotina de dança. Na hora sempre fico apavorada imaginando o que estou fazendo lá mas no final é divertido.

Na minha cabeça, já tinha me aposentado da minha breve vida no palco. Acabei de achar uma definição pra mim: bicho do mato artístico. Por um lado, tenho pavor de ser assistida, de câmeras, de enfrentar público. Acho que não levo jeito nenhum. Como era improviso, não tinha como errar tudo e afinal dançar, eu danço bem mas vencer o medo é que são elas. Queria ter visto a minha cara na hora.

Apesar do bloqueio, quando a oportunidade vem, eu resolvo encarar novamente porque eu adoro esse lance da arte chacoalhar, chocar e entreter ao mesmo tempo. E onde eu tiver oportunidade de mexer com isso, eu topo. Por isso, já me meti com cinema, fotografia, dança, radioteatro, teatro e pintura.

quinta-feira, março 25, 2010

O que eu gosto em LA?

Dia 1º de Julho completo 10 anos de EUA. Quem diria eu toda militante, metida a socialista, iria gostar de morar na meca capitalista.
Por que a Califórnia conquistou meu coração?
  • RESPEITO
  • honestidade
  • cordialidade
  • organização
  • segurança
  • conveniência
  • cosmopolismo
  • deserto, montanhas, praias, canyons, shows, vinícolas - tudo num estado só
  • um círculo de centenas de amigos que pensam muito parecido comigo: liberal, artístico, não-religioso, não possessivo/ciumento, ecológico, preocupados com várias questões no mundo, equilíbrio do lado masculino e feminino, super ativos
  • festivais de arte/música que nunca vi igual
  • comidas e bebidas de tudo quanto é canto
  • chás maravilhosos - tomo chá o dia todo, consumo chás indianos, ingleses, chineses, africanos e vários outros.
  • aprendi muito sobre alimentação mais regrada - valor nutritivo, refeição balanceada, menos frituras, menos açúcar, etc.
  • BURNING MAN
  • o clima em Los Angeles é perfeito! Às vezes muito seco mas em geral muito bom. E a primavera então...flores por todos os cantos, um calorzinho agradável.
  • menos machismo
  • eu que estou chegando na idade mais pra lá do que pra cá, adoro ver como os idosos são super ativos por aqui. Praticam esportes, saem, dançam, põem muita gente nova no chinelo.
  • até hoje me chama a atenção ver homens sozinhos tomando conta de crianças pequenas (alô Frank, Dauro, eu sei que vcs também fazem isso). E eles estão por toda a parte. Vejo muitos no supermercado fazendo compras, carregando carrinhos sem a companhia da mãe. Eu não via muito esta imagem na terrinha. Sempre me deixa feliz.
  • sushi - como o sushi dessa terra é bom! Estou evitando ultimamente mas de vez em quando me esbaldo.
  • ah, os meus amigos americanos só se cumprimentam através de abraços. Perfeito para uma "hugging machine" (máquina de abraçar) como eu.

quarta-feira, março 24, 2010

Boatos de Golpe Militar

Conversar com alguém com idéias completamente opostas à sua pode ser bem difícil. Muitas vezes um não está disposto a ouvir o outro, só a expor suas próprias idéias ou mostrar que está certo a qualquer custo. O marido da minha aluna é uma dessas pessoas em que nossas idéias não batem nem um pouquinho. Discordamos de praticamente tudo porque ele faz a linha bem conservadora e eu não. 

A última surpresa foi de boatos sobre um novo Golpe Militar. Ele estudou num colégio militar no Brasil e os participantes de uma lista de ex-alunos estão discutindo sobre uma possível intervenção das Forças Armadas. Ele acha uma boa idéia porque segundo ele, na época da ditadura havia menos corrupção e mais crescimento industrial. Só com o militarismo, o Brasil conseguiu crescer.

Será que o Brasil corre risco de golpe militar?

Resolvi só ouvir desta vez e não expor meus pensamentos porque ele não é o tipo de pessoa que dá o braço a torcer. Então o melhor a fazer foi ficar quieta e ouví-lo pois eu ainda não tinha conhecido alguém que achava que a ditadura tinha sido boa para o Brasil. Fiquei curiosa.

Isso me lembra uma discussão que tive nos anos 90 num Congresso da UNE em Brasília sobre toda a diretoria ter direito de voz no jornal. Os representantes do PC do B, líderes naquela gestão, eram contra a proposta. Depois de 40 minutos debatendo com um deles, ele acabou concordando comigo mas disse que ainda votaria contra a proposta porque não podia votar contra o partido. É isto, como profissional de comunicação e arte, não concordo com sistemas que calam a sua voz.

domingo, março 21, 2010

Mais Human Translation

Noite passada fomos a uma festa beneficente da Human Translation. Já havia explicado sobre esta organização em postagens anteriores mas agora há um vídeo mostrando o que está sendo feito. 

Human Translation - Reservoir Project from Thomas Stockwell on Vimeo.

sexta-feira, março 19, 2010

Gostosa!

Certa vez, quando minha mãe morava na Alemanha, ela disse que até sentia falta dos assobios e os gritos de gostosa na rua. Nesse ponto não somos nada parecidas. Taí uma coisa que jamais senti falta. Ao contrário, hoje em dia acho uma delícia não ter que lidar com isso diariamente. É um tremendo saco ter que ouvir essas coisas calada como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Hoje fui passear com os cachorros. Fizemos uma longa caminhada. Passamos por um grupo de jardineiros latinos e lá vai provocações. Depois passamos por um grupo de jovens armênios e lá veio mais gracinha. O melhor a fazer é ignorar mas ouvi muita gente dizer que faz bem pro ego. Sério mesmo? Diz aí, tenho curiosidade. Você gosta de ser chamada de gostosa por um estranho na rua? Te faz sentir bem, é indiferente ou te incomoda?
E quanto aos homens que fazem isso frequentemente? Será que é costume? Ou eles acham divertido? Com certeza, não é com intenção de sair com a mulher pois nunca vi funcionar.

segunda-feira, março 15, 2010

Desafio superado

Eu sempre fui tomboy, ou seja, nunca fiz muito o tipo mulherzinha. Sempre fui mais moleque, de aventuras, de acampar. Até onde lembro, mesmo com 6 anos de idade eu já andava mais com meninos do que meninas. E assim foi aos 10, aos 16, aos 25... Nunca fui chegada em maquiagem, nem andar na moda, nem falar de compras/roupas/cirurgia plástica, nunca fiz dieta. Nunca liguei excessivamente pra aparência, nunca fui muito vaidosa. As palavras lipoaspiração e silicone são as menos utilizadas no meu vocabulário. Entendo mais de computador e consertos do que costura ou cozinha. Sempre foi mais difícil ser honesta com mulher porque fico "cheia de dedos", elas se magoam facilmente. Sempre fiquei agoniada com a imagem de mulher submissa.
Os tempos mudam. Nos últimos 4 anos tenho explorado mais o lado mulherzinha. Fui a uma manicure pela primeira vez na vida uns 2 anos atrás. Comprei maquiagem mas ainda não sei usar direito. Tudo foi acontecendo naturalmente e na minha turma conheci mulheres incríveis, fortes e independentes. Lembro que há uns 3 anos na organização de um festival, eles chamaram alguém pra me ajudar a martelar umas placas. Eis que chega uma modelo finlandesa maravilhosa mandando ver nas marretadas. Não tem divisão de sexo. Trabalhamos igualmente nas mesmas atividades. Homem costura, mulher usa ferramentas e vice-versa. São opinativas, se viram, não aceitam regras impostas. Agora admiro grande parte delas e tenho ótimas amigas. Pela primeira vez em minha vida arrisco dizer que tenho mais amigas do que amigos.
Este fim de semana foi o teste final. Passei as últimas 90 horas com 7 mulheres para comemorar o aniversário de 4 piscianas. Não planejamos um encontro estritamente feminino, foi tudo por acaso. Somente 2 delas eram solteiras mas alguns maridos estavam viajando, outros ocupados e lá fomos nós. Conversamos sobre meio-ambiente, responsabilidade social, relações humanas, cinema, educação, projetos, sexo, música, diferenças culturais, política, alimentação, enfim imagina a quantidade de assuntos com 8 mulheres juntas. Assuntos tipicamente femininos como unhas, cabelos, celulite e relacionamentos também entraram em pauta mas muito superficialmente. E pasmem, ninguém reclamou de estar gorda. Fizemos caminhadas, fomos ao Joshua Tree, assistimos vários filmes, curtimos muita jacuzzi e comemos o dia todo. Estava tão bom que bateu preguiça de sair pra dançar. Todas nos demos super bem, mesmo na hora de discordâncias e partimos hoje do deserto com a sensação de ter passado os últimos 3 dias num resort. Coisa boa.
Hoje em dia posso dizer que mulher também é um bicho legal.
obs: Eu também tenho amigas maravilhosas no Brasil. Lembrando de leve vários nomes vem a cabeça: Anacris, Gisiela, Laura Tuyama, Dani, Fe Black, Malu, Joice...

sexta-feira, março 12, 2010

Bambolette

Creio que chegou a hora de transferir os assuntos bambolísticos para um outro espaço. Estava resistindo criar uma outra página pois no final posso acabar me perdendo em tanta atualização. Só que este é o momento de levar essa paixão um pouquinho mais a sério. Correção. A paixão sempre foi levada a sério mas o marketing jamais.

Lembro em 2003 quando voltei de avião do Burning Man com 2 bambolês e a atendente no aeroporto, ficou me olhando meio espantada e perguntou pra que era isso?
Hello? Isso é pra bambolear (duh!).
Hoje já não nos olham tão espantadas. A comunidade do documentário Hooping Life já conta com 1500 adeptos e hoopers viajam constantemente pra lá e pra cá. Também temos 4 grandes encontros exclusivos de bambolê. O de maio na Carolina do Norte já está lotado desde janeiro.

Então é isso, os assuntos bambolísticos passam para o Bambolette que está sendo trabalhado aos poucos.

quinta-feira, março 11, 2010

Eliane Brum

Dauro passou esse texto da jornalista Eliane Brum publicado na Revista Época. Me identifiquei muito com as idéias dela. Inspirador.

Marisa Tomei vira bambolete

O New York Times traz uma matéria hoje sobre o lançamento de um vídeo de exercícios de bambolê com a atriz Marisa Tomei. Será que desta vez hooping vai ser a nova onda do país como foi a yoga e o pilates?

quarta-feira, março 10, 2010

Ecomalthusiana

Depois dos documentários que eu assisti, tenho pensado muito na (ir)responsabilidade da procriação. Eu sei que todo mundo que tem filho diz é a coisa mais maravilhosa do mundo, que sua vida muda e tal. Eu acredito. O amor incondicional realmente é lindo.
Eu já passei por várias fases sobre querer ser mãe ou não. Disse que jamais teria filho até os 28. Depois disse que adotaria. Daí fiquei louca pra ser mãe, tanto a ponto de quase propor a um amigo pra fazermos um. E então comecei a namorar e fui deixando pra lá porque o namorado não queria.

Agora tenho pensado muito no impacto que nossa espécie está deixando no planeta. Não é questão de educar bem, de ser ecologicamente correto, etc. Com a expectativa de vida aumentando a cada geração, o planeta não tem estrutura pra suportar um crescimento populacional tão grande. Estima-se que seremos 12,5 bilhões em 2050. A água potável já é uma preocupação. Nossa superpopulação precisa de mais comida e consequentemente mais terra pra gado e plantações, mais terra para construção de cidades, mais recursos usados para o nosso bem-estar. Nisso vamos tirando o espaço de outras espécies tanto vegetais quanto animais. Quantos animais estão sendo extintos por destruirmos o habitat deles? O planeta não tem capacidade de suportar tanta gente.

Eu sei que é viagem minha e quase impossível de acontecer mas a única solução que eu vejo, seria limitar o número para um filho em cada família, como já foi feito na China. É necessário uma redução da população mundial. Acho que só com o controle demográfico aliado a educação ambiental poderemos ter mais qualidade.

Fui pesquisar sobre o assunto e acabei de descobrir que esta é uma idéia ecomalthusiana.

terça-feira, março 09, 2010

Documentários e outros filmes

Foi uma surpresa ter visto um dos meus alunos segurando a estatueta do Oscar. Ele é produtor do documentário The Cove, sobre a matança de golfinhos e baleias no Japão. Engraçado é que 2 anos atrás fomos juntos pro Burning Man.

Pena que um outro conhecido meu não levou. O Lawrence Lerew foi o editor de outro filme concorrendo a melhor documentário The Most Dangerous Man in America: Daniel Ellsberg and the Pentagon Papers. Larry mora em São Francisco e diz que a produção de documentários tem crescido muito por lá.

Eu que sou maluca por ecossistema, tenho assistido a vários documentários, a maioria sobre alimentação.

1) Espírito de Porco - de Chico Faganello e Dauro Veras. Ótimo filme sobre a indústria suína em Santa Catarina. Do jeitinho do Dauro que é um jornalista impecável, cobre o assunto sem parecer muito militante aterrorizando a população.

2) Food Fight - Fala sobre o restaurante que influenciou muitos outros através da idéia de se comprar orgânico e local e de como é importante comprar produtos frescos em feiras locais. Um detalhe importante de como o gasto com saúde aumentou proporcional à industrialização dos alimentos. Também gostei da linguagem deste filme, bem menos dramático que Food Inc.

3) Food Inc. - Esse é um filme que rodou o grande circuito e causou muita reflexão. Por isso, merece crédito. Também fala da indústria alimentícia, dos problemas que tem causado e da companhia Monsanto que possui a patente dos produtos modificados geneticamente e já destruiu a vida de muito agricultor.

4) Life After People - série do History Channel sobre como ficaria a Terra se os humanos desaparecessem do planeta. Tenho refletido muito sobre isso e necessita uma outra postagem amanhã.

Além destes tem mais 2 filmes que vale mencionar.
The Invention of Lying - um filme que ninguém comentou muito mas que eu gostei. Como seria o mundo se as pessoas não mentissem. Tem uma sacada sobre o "papai do céu" que eu achei ótima.
Alice in Wonderland in 3D - eu esperei ansiosamente por este filme do Tim Burton, tanto que assisti na estréia mas pretendo nunca mais fazer isto pois ficamos mais de 90 minutos na fila. O engraçado é que tinha muita gente fantasiada como os personagens. O cinema El Capitan, onde frequentemente são mostrados os filmes deste diretor, estava todo decorado e um pianista tocando toda a trilha sonora antes de começar a sessão. Adorei o trabalho dos atores mas a história e a cinematografia não me impressionou tanto quanto eu esperava. O visual de Avatar foi bem mais marcante.

terça-feira, março 02, 2010

Bambolês a venda para o Brasil



Momento propaganda.

Desse jeito vou ter que mandar os bambolês num container para o Brasil. Não é que tenho recebido diversos e-mails pedindo bambolês? Muito legal que o pessoal aí está entrando na onda também. Até agora, enviei poucos mas chegaram lá numa boa.

Então pra explicar um pouquinho. Os bambolês são todos feitos a mão, são maiores e mais pesados para ficar mais estável na cintura. No começo você estranha mas são bem mais fáceis de bambolear do que os infantis. Custam entre 30 a 45 dólares dependendo da quantidade e tipo de fita usada. Tenho fitas de várias cores. Também uso fitas mais porosas/aderentes para escorregar menos. O preço de envio até agora foi em média 18 dólares.

Vendo mais barato que a maioria das empresas de bambolê para adultos e sob medida. O custo se deve ao fato de que estas fitas são caras e demora um tempo pra decorar todo bonitinho.

Dica: jamais deixe exposto ao sol por muito tempo como no carro, por exemplo.

Qualquer coisa é só escrever.

segunda-feira, março 01, 2010