Olhando para trás

Ontem estava vendo foto de velhas amigas no Orkut, amigos de infância e tal...e vendo como nossas vidas tomaram caminhos tão diferentes.

Não focalizo em uma só carreira. Vivo na instabilidade. Continuo solteira e sem filhos, ao contrário de praticamente todos os amigos de outrora. O ambiente de vida mudou muito mas o estilo de vida permanece.
No entanto, olhando pra trás, não me arrependo de absolutamente nada. Me sinto mais segura e feliz. Vivo num lugar onde a mulher é mais respeitada e compete de igual pra igual no mercado. Encontrei uma comunidade maravilhosa. Já conheci pessoas do mundo inteiro, viajei para vários lugares, aprendi tanto, me diverti tanto enfim, gosto deste estilo.
Não estou comparando entre melhor ou pior, nem em relação à mudança de país. Mas é que maioria das mulheres brasileiras na minha idade já estão casadas, algumas das amigas com 3 filhos e eu BEM longe disso. Às vezes nem tenho certeza se quero esse tipo de vida. Não sonho em casar, muito menos de branco na igreja (se eu fizer isso um dia, por favor, me interne). Aqui não sinto pressão da felicidade estar condicionada ao casamento. Pode ser que aconteça um dia mas enquanto isso há tantas coisas para se fazer...

obs: Na foto esquerda a namorada do meu primo, eu e Roberta em Floripa/1999.
À direita, foto tirada 2 semanas atrás.

Thinking Blogger

Elena, do blog Sonho Meu, me indicou pra receber o selinho de Blog Award. Por essa eu não esperava mesmo afinal, de popular esse blog não tem nada.
Obrigada, Elena!

Smart in 2008

Se você lê este blog, provavelmente já sabe como sou louca pelo Smart Car. Finalmente chegou o fim das especulações porque o carro será realmente lançado no ano que vem. No site do Smart, já é possível fazer uma reserva do carro por $99.
Não tenho a menor idéia de como será aqui em Los Angeles por causa da alta velocidade nas freeways mas definitivamente o carro perfeito para cidades como NY, San Francisco ou Seattle.

Memorial Day

(atualização pra família)

Pleno feriadão em que não tenho que trabalhar nem uma horinha sequer. Impressionante!!
Eu estava louca pra ir a San Francisco mas não me animei de dirigir sozinha.
Não tenho tido energia pra blogar, ou ler blogs, nada. Estou tendo uns probleminhas de saúde e acho que é stress. Mas eu estava bem assustada com isso considerado a história de câncer na família.

Faz 3 meses que estou morando sozinha e é uma delícia. Nesses 3 meses tenho pensado muito sobre o que fazer. Se me mudo pra outra cidade, se dou um tempo e saio viajando, se procuro outro lugar pra morar ou se coloco alguém pra dividir comigo. No momento o aluguel está muito caro e por isso estou trabalhando que nem louca. Não quero continuar nesse ritmo.

Vilão do filme

Sábado trabalhei (trabalho que é mais diversão) numa festa na nova casa do Chris Payne, diretor do Who Killed the Electric Car? Ironia foi ter visto tanto convidado chegando de SUV (humpf!).
Uma das conversas interessantes que eu tive foi com um senhor que queria comprar um bambolê e trabalhou muitos anos na indústria automobilística. Ele estava contando que no início do século passado, Los Angeles tinha um bom transporte público com o trolley bus que ia do centro até a praia de Santa Monica. Nos anos 30, A Firestone e a General Motors compraram, por uma exorbitância de dinheiro, partes da linha. Depois decidiram que ninguém podia usar aquelas partes, ou seja, o ônibus elétrico não podia mais passar por lá. E assim começou a dependência de Los Angeles pelo carro. Nos anos 60, os trilhos foram retirados da estrada, resta uma pequena parte no centro e o transporte público no lado oeste da cidade é pior agora do que 100 anos atrás.
Pareceu plano maquiavélico de vilão em filme de super-herói, só que dessa vez não apareceu nenhum homem-aranha ou super-homem para salvar.
Mais sobre o assunto aqui.

De cama

Semana passada eu estava pensando: uau! de onde tiro tanta energia pra me envolver em tantas coisas ao mesmo tempo? Tenho trabalhado de segunda à sexta das 8 da manhã às 10 da noite e ainda envolvida na organização de um evento, trabalhando umas fotografias, de voluntária pra outro e vários outros projetinhos.
Bem, hoje meu organismo deu a resposta. Estou de cama desde ontem, não consigo nem andar. Sintomas de princípio de gripe mas mais parece que as vitaminas do meu corpo acabaram.
Cadê a mamãe pra cozinhar umas coisas gostosas pra mim?

Tá quente

Não só por causa do calor mas eu moro no pé do morro - Hollywood Hills - e hoje começou o terceiro grande incêndio nesta região em 2 meses. Desta vez no Griffith Park, onde fica o Griffith Observatory e o zoológico da cidade. Duas mil pessoas estão sem luz e várias precisaram evacuar das casas.
Em Los Angeles quem sofre com desastres são os ricos, já que são eles que ocuparam os morros. Ou é chuva que derruba casa ou o fogo que queima as mansões.

calor

30C às 9 da manhã. É, verão demorou mas chegou.

Infidelidade

Uma das primeiras coisas que me chamou atenção no primeiro ano que estava aqui foi a infidelidade feminina. Vindo de um país tão machista, achava muito estranho ver tanto casamento acabar pela mulher trair o marido.

E pelo jeito, não foi só impressão. Hoje no rádio ouvi uma pesquisa que aponta que as mulheres americanas traem mais do que os homens.

Vida frenética

Estou de volta àquele frenetismo de se envolver em muita coisa ao mesmo tempo.
Tô até estranhando que estou mais ou menos descansando hoje de manhã. Só ajeitando a casa um pouco.

• Vários alunos ressurgiram e eu não consigo arranjar tempo pra todos. Já estou louca pra largar esse período integral pra me dedicar mais às aulas.

• Semana passada passei 3 dias no maior festival de música dos EUA, o Coachella. Trabalhei como voluntária do Global Inheritance mostrando o Energy Factory, atividades que envolviam fontes alternativas de energia. Eu já não sou tão chegada em festivais comerciais tão grande mas valeu, principalmente porque quase todos os meus amigos estavam trabalhando lá também. Não assisti muita coisa. Só Bjork, CSS, Red Hot Chilli Peppers, Tiesto, Lemonheads e Rage Against the Machine. Já tá de bom tamanho.
  

• Mais propostas de trabalho. Eu sei que meu chefe no trabalho gosta do que faço e em pouco tempo me tornei responsável por várias coisas no escritório. Sempre tem alguém pedindo ajuda. No entanto, depois de 3 anos trabalhando de freelance, esse negócio de passar 40 horas trancada no escritório não é comigo. Eu preciso de algo mais dinâmico e menos rotineiro. Mesmo que seja num escritório mas um que tenha mais recursos e benefícios.

• Essa semana também fui convidada para coordenar os artistas visuais de um evento semana que vem. Isto me surpreendeu. Durante o evento, os artistas vão pintar 14 murais que serão leiloados. O dinheiro vai ser doado pra uma Ong que promove o estudo de música e artes plásticas em Santa Bárbara.
  

Enfim, esse é o estilo de vida que eu adoro: me sentindo muito útil e promovendo arte e questões ambientais.