terça-feira, fevereiro 28, 2006

Sessao ativista

é o nome do documentário que Cris Paine - conhecido meu - dirigiu e produziu. O filme foi destaque no Sundance e o diretor passou anos captando imagens e fazendo entrevistas que mostram como o governo americano dificulta a produção de carros elétricos e como a GM acabou com um modelo de carro que era considerado ideal pro consumo - o EV1 - mas nada ideal pra indústria automobilística.
Anos mais tarde, o governo resolve subsidiar pesquisa de meios alternativos de energia. Santa hipocrisia!
Ainda não consegui assistir mas não vejo a hora.

updating

Eu sei. Eu sei. Meus inúmeros leitores (5? hehehe) andam reclamando do meu sumiço. Não, não é por causa de carnaval. Eu não dou a mínima pra carnaval. Eu ando trabalhando freneticamente por causa da viagem. Geralmente fico 12 horas fora de casa e quando chego em casa, não tenho ânimo nenhum pra escrever. Ando meio ranzinza ultimamente por causa do stress e da bagunça em casa, afinal são 3 pessoas (ou melhor, DOIS homens) e dois cachorros num apartamento de um quarto. Estou falhando na tentativa de viver em comunidade. Mas é só lembrar que em 2 meses estarei na estrada, ou melhor, no mar.
Hoje pela primeira vez conheci uma menina de Floripa. As brasileiras que eu conheço que namoram ou são casadas com americanos estão bem de vida. Mas alguém tem que ficar com os pobres, né? eu. Não importa de que país, eu sempre pego os mais pé-rapados a ponto de eu estar melhor de vida que eles. Mas não importa porque eu sempre gosto dos maluquinhos e maluquinhos não sabem lidar com a vida financeira.

sábado, fevereiro 25, 2006

Extra! Extra!

O Diário do Litoral de Itajaí-SC, mais conhecido como Diarinho, é um jornal sensacionalista e escrachado no qual o dono já foi preso várias vezes. Eles usam uma linguagem bem popular, várias gírias e "botam a boca no trombone". São sensacionalistas mas pelo menos não são vendidos.

Olha o que saiu essa semana:

"Bono Vox é processado no Balneário"

Líder da banda e Larry Mullen receberam intimação no aeroporto de Guarulhos, e agora vão responder a processo movido na terrinha

Os integrantes da banda irlandesa U2, que se apresentou em São Paulo na última segunda e terça-feira, não são tão bonzinhos quanto demonstram. É o que garante o advogado Francisco Marcelo da Rocha Walter de Assis, de Balneário Camboriú. Ele cuida de um processo indenizatório por danos morais movido contra o U2 na comarca da Maravilha do Atlântico Sul.

O processo surgiu depois da banda vir ao Brasil pela primeira vez, em 1998. O autor da ação movida em 2003, Franco Bruni, havia contratado o U2 para tocar no país, e de acordo com Assis, o cachê foi pago direitinho. Mas o Bono Vox (cujo nome verdadeiro é Paul Hewson), líder da banda, depois desembestou a dizer, sabe-se lá o motivo, que não havia recebido a grana.

Assis contou à reportagem do DIARINHO, via e-mail, que quando a banda chegou no aeroporto de Guarulhos, por volta das 5h30 do último domingo (19 de fevereiro), um oficial de justiça, com auxílio da Polícia Federal (PF), foi enviado pra notificá-los, por conta da ação judicial. Bono Vox então teria proibido que as portas fossem abertas, e ordenado que a aeronave fosse abastecida, para eles deixarem o país.

"A Polícia Federal prontamente reprimiu o desacato, informando à tripulação que estava em solo brasileiro e sujeita às leis brasileiras, e que, evitando medidas mais drásticas, as portas da aeronave deveriam ser abertas para que a ordem legal fosse cumprida", conta Assis no e-mail.

Abertas às portas, Bono Vox e Larry Mullen, outro integrante da banda, foram notificados. Mullen teria rabiscado palavras sem nexos na sua via, enquanto Vox, apesar de todos os protestos, assinou a parada. Depois de toda a confusão, o U2 deixou o aeroporto, mas o caso acabou sendo abafado pela "grande" mídia. Aí, Assis resolveu contar a história ao DIARINHO, pois sabia que a gente é um jornal cocudo, que não teria medo de publicar a história.

E se os fãs da banda acharem que tudo não passa de invenção, por inveja do U2, pode conferir que o processo existe mesmo. É só pesquisar no site do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (www.tj.sc.gov.br). O número do processo é 005.03.000544-7, e rola na 3ª vara cível do Balneário Camboriú. É movido pelo Franco Cecchini Bruni Neto contra o Paul Hewson (que é o Bono Vox, povo).

Como dependia do roqueiro famoso ser intimado, o que aconteceu em Sampa, agora é que o bicho começa a pegar. Pra não dizer que o DIARINHO não segue todos os princípios do jornalismo, a reportagem não conseguiu descobrir o telefone do rock-star, pra ouvir a versão dele. Se bem que não ia adiantar muita coisa mesmo, nosso repórter não entende porra nenhuma de inglês. O que importa é que numa dessas, o Bono Vox dará um pulinho no fórum de Balneário. Quem sabe, ele poderia até dar uma esticadinha em Itajaí, e provar uma empada de camarão na lanchonete do Zico, ali na galeria do Sodegaura Center, ou cortar o cabelão medonho no Stephano Beauty Hair, na mesma galeria de lojas. Legal, né?

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

divagando

Divagar é uma das minhas principais atividades. Semana passada eu e o Dan conversamos sobre a possibilidade de terminar nossa relação. É uma história longa, não vou me reter nela. Não é nada certo, só estamos vendo se há chances de resolver nossas diferenças.
Mas falando ontem com uma amiga, ela disse que se isso acontecesse com ela, ela voltaria pro Brasil. E eu? O que eu faria? Continuaria em LA? Botaria os pés na estrada novamente? Me mudaria pra San Francisco? Noite passada sonhei o tempo todo com o Hawaii. Não sei. Provavelmente precisaria de uma grande mudança. Sei lá. Mudanças ajudam a desviar o pensamento do passado pro futuro. Mas ao mesmo tempo recomeçar do zero requer muita força de vontade.

E por falar em sonho, tive um sonho muito louco. Mas pra resumir, Mel Gibson estava num evento no Whole Foods cheio de seguranças e quando dei de cara com ele - pasmem! - ele era uma planta! O rosto dele era até meio verdinho. Ele tinha o corpo mas no lugar das pernas, era um vaso. Às vezes ele tomava um pílula que fazia ele ter pernas de novo. Como é que eu tenho sonhos assim?

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Happy Valentine's

Como eu não queria lidar com reservas de restaurante e tudo o mais, resolvi comemorar o Valentine's ontem. Comemos num restaurante chamado Stinking Rose, ou seja, Rosa Fedida porque a especialidade da casa é alho. A comida é deliciosa e tudo vem com muito mas muito alho.
Um detalhe que eu tinha esquecido é que alho é muito gostoso na hora mas depois...Definitivamente não seria o lugar pra levar um amor recente.
Depois de 24 horas, minha boca ainda está com gosto de alho. Não aguento mais. Ontem não dava pra chegar perto de ninguém. Peraí, pensando bem é um bom lugar pra levar o namorado porque se os dois estão fedidos a alho, só os dois se aturam e ficam longe de todo mundo.
Comer lá de novo só daqui a uns aninhos.

UPDATE

Faz um tempo que não sou mais chegada nessas comemorações comerciais mas como nossos fusos-horários (tá certo esse plural?) são opostos, aproveito essas datas pra poder fazer algo legal. Como anda o maior calor em pleno inverno por aqui, hoje a noite pegamos um cobertor, o Pimpy e a Nina e fomos pra praia de Malibu namorar um pouquinho. Que delícia! Fazia tempo que não ia pra praia de noite.

domingo, fevereiro 12, 2006

Atualizando...

Andei sumida por causa de uns problemas pessoais e perdi a animação de escrever. Mas pros amigos no Brasil que ainda aparecem, aqui vão as novidades:
- Marco Túlio, meu amigo de faculdade, está morando há um mês com a gente e vai ficar por um tempo.
- Ele, por acaso, já fez questão de colocar antena parabólica e a Globo. A prova que agora deixei de ser jornalista é que às vezes me bate uma tristeza danada quando assisto ao Jornal Nacional. Vocabulário que não falta é golpe, trapaça, trambique, cambalacho, quadrilha, maracutaia...
- Semana passada pela primeira vez me apresentei oficialmente com um grupo, o Phoenix Project. Foi apenas uma participação pequena na comemoração do Ano Novo Chinês mas gostei.

- Nesse último sábado, pra sair do baixo astral da última semana, resolvi ir numa festa chamada Lucent L'amour que meus amigos promoveram. O local: uma igreja que estava fechada há 20 anos por causa dos estragos de um terremoto. O DJ comandava o culto à dança no altar. Casais se amavam nos confessionários. Mulheres semi-nuas e fantasias tribais por todos os lados.

Thumbs up


Hoje assisti Me and You and Everyone we know. Escrito, dirigido e estrelado por Miranda July, esse foi o primeiro filme dela. História de um vendedor de sapato que está se separando da mulher e conhece uma motorista de táxi para idosos. No meio desse enredo, várias histórias paralelas sobre amor, sexo, solidão, desilusão. Estou encantada até agora, é um filme meio "arte" e meio poético. Tudo original: diálogos, música e história. O filme tem um toque de surrealismo mas mesmo assim com personagens muito bem estruturados e um roteiro que entretém e te faz refletir. Além do mais não é um filme pretencioso. Foi um dos melhores diálogos que eu já vi num filme e o elenco não fica por baixo. Como uma pessoa consegue fazer um primeiro filme tão genial mesmo sem ter experiência?
Amei!!!

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

The governator in Brazil

Vídeo gravado no início dos anos 80 sobre o Schwarzenegger visitando o Rio. É uma das coisas mais bregas que eu já vi.

domingo, fevereiro 05, 2006

Coincidencias da vida

Grandes coincidências que me faz acreditarem em como o mundo é tão pequeninho.

1) 1994
Morei no Rio até 1989 quando eu tinha 14 anos.
Cinco anos depois. Certo dia no Enecom (Encontro Nacional dos Estudantes de Comunicação Social) em Brasília, estava caminhando pela universidade com a galera do Rio - eu sempre acabava andando com os cariocas - e um cara chega pra mim:
- Eu te conheço.
- É mesmo? Puxa!
- Sério. Você mora no Rio?
- Morei. Muitos anos atrás.
- Rua Vitório da Costa?

Aí eu me assustei. Quem é esse cara que sabe a rua onde eu morava quando era criança? E ele continua:

- Número 12?
- PERAI! QUEM EH VOCE?
- Eu sou o Juninho, primo do Alexandre que era teu vizinho.

Putz grila, eu devia ter uns 11 anos e acho que vi o Juninho umas 3 vezes. A diferença como ele disse é que eu não mudei nada e ele tinha virado um homão. Surpresa minha um cara do nada em Brasília te reconhecer assim.

2) 1996
Voltando de um congresso na Venezuela, entro no avião e sentado atrás de mim está um ex-chefe. O que um fotógrafo de surf está fazendo na Venezuela?? Não tem onda lá. Conversamos durante horas.

3) 1999
Entrando num posto telefônico em Santarém, PA, dou de cara com o "Galo", que estudou comigo no 2o. grau. Ele estava morando lá. Taí outro lugar que parecia tão improvável conhecer alguém, ainda mais vindo do tradicional Colégio Catarinense.

4) Provavelmente a maior de todas. 1998/2001/2003
Em 98, conheci um fotógrafo americano (que mora no Rio) nas minhas férias em Jericoacara, CE. Passamos um dia fazendo vários passeios porque ele estava fazendo uma matéria e como o jornal estava pagando por tudo, eu aproveitei. E foi isso.

2001. Assistindo um campeonato de surf no North Shore de Oahu, olho pro lado e lá estava o John.
- Você é o John?
- caramba! Te conheci uns anos atrás no Ceará.
- ei!
Conversinha breve e cada um foi prum lado.

2003. Burning Man. Eu, Blue e Danette estávamos caminhando e resolvi tentar uma carona em algum art car. Finalmente um "carro alegórico" com 2 homens pára e a gente começa aquela conversinha de sempre:
- De onde você é?
E o cara da frente: - Eu moro no Brasil.
E as minhas amigas: - A Gisele é brasileira.
Eu olho pra ele: - Eu não acredito. JOHN?

Terceira vez. Cada uma num lugar super remoto. Vale lembrar que o Burning Man é um evento com 35 MIL pessoas e o John me aparece assim do nada. Dessa vez a gente ficou espantado com olhos arregalados um pro outro. Onde será o próximo encontro? Tailândia? Ilha de Páscoa?

Homem X Mulher

Ando sem energia nenhuma pra escrever porque ando trabalhando sem parar. Faz umas 3 semanas que não tenho folga. Então vai mais um desenho.